sexta-feira, outubro 31, 2008

Sou ou estou?


Toda mudança brusca no seu estilo de vida te transforma. Fique mais feliz, triste, eufórico, desanimado de alguma maneira seu comportamento muda. Seja no trabalho, no visual ou num relacionamento, você altera sua rotina, parâmetros e perspectivas. Isso gera um efeito cascata em que, não raro, quem está a seu lado vai achar que você é outra pessoa.

Pois bem, quando isso acontece, como se difere o que você é e sempre foi do que você está por causa da mudança por qual passou? O que em você é genuíno, de sua personalidade e o que é sintoma temporário. E mais, esses sintomas podem deixar de ser temporários e tornarem-se parte definitiva?

Falo isso porque desde a última grande mudança da minha vida, tenho me visto diferente. Estou muito mais receptivo, simpático e easy-going. Muitos podem dizer, é claro, você agora está solteiro, quer mais é putanhar. Ou então, agora você está sozinho e não sabe lidar com isso, portanto, aceita qualquer programa que aparece pela frente.

Não, não é isso. Não nego que uma parcela se deva a isso. Todos temos posturas diferentes quando solteiros e compromissados. Mas me vejo constantemente fazendo coisas que sempre tive vontade de fazer , mas não podia. Minto, podia, mas optava por não fazer. Sou a favor de fazer concessões quando namoro, assim como as demando. Há tempos venho tendo vontade de aprender a comer comida japonesa, mas minha ex-namorada não tinha muita. Até tentamos algumas vezes juntos, mas eu me sentia mal por ela estar desconfortável com aquilo. Então desencanava, se fosse tão importante pra mim eu insistiria. O contrário era igual, quando minha ex queria fazer algo que eu não queria, eu ia, mas não sei se ela se sentia a vontade com isso. Acho mesmo é que ficava preocupada e não aproveitava do jeito que deveria.

O fato é que agora, eu faço de tudo. Vou a churrascos que não iria, vou comer comida japonesa, vou a festas em lugares que nunca me imaginaria. O primeiro pensamento foi culpar o namoro é claro. Não fazia coisas que não a agradavam. Mas é mentira. Enquanto estava namorando era feliz em conceder, e realmente não fazia nada contra minha vontade. Se fosse pra fazer “de cara feia” não ia. E não tinha tantas limitações assim.

Então me pergunto, esse cara, que faz de tudo agora, que experimenta, que não tem preconceitos, que é mais sociável, sou eu ou “estou eu”? Minha primeira impressão é a de que estou assim. Por ter me privado (conscientemente e de livre vontade) de muita coisa nos últimos anos, estou “tirando o atraso”. Quero fazer tudo que não fiz. Estou inebriado pela sensação de que posso tudo, estou me embriagando de liberdade.

Ao mesmo tempo, lembro de mim anos atrás, de como agia, como encarava certas coisas. Em algumas era muito pior, e minhas duas ex-namoradas foram grandes professoras na minha formação. Em outros pontos, vejo que sou igual, que não ligo para aglomeração de gente se for por um bom programa, que prefiro baladas a barzinhos, que ainda me dou bem com velhos amigos, mesmo que de uma maneira completamente diferente.

Por tudo isso, não consegui chegar a uma resposta, talvez o tempo dirá que sou só um babaca agindo por impulso pós mudança, ou se resgatei velhos hábitos e vontades. Se passar, sem problemas, mas se não, preciso trabalhar muito para não perder tudo isso na próxima vez que estiver com alguém. Pois tenho certeza que isso faria eu ter uma relação mais completa ainda, comigo e com qualquer outra pessoa.

quinta-feira, outubro 30, 2008

Eye Candy!


A tenista sérvia, Anna Ivanovic, foi considerada a atleta com corpo mais bonito da atualidade. Nem sei quem são as outras competidoras, mas aprovo a Anninha.

“Feelings, nothing more than feelings”


Desde que comecei a questionar as coisas uma pergunta me apurrinha a cabeça. De onde viemos? Seja a solução religiosa ou científica, não explica. Se foi Deus, quem criou Deus? Se foi uma mega explosão da colisão de partículas, de onde vieram as partículas. Quando vou um pouco a fundo no assunto acabo achando respostas como: Deus é, e sempre foi. Ou antes das partículas tinha o nada. Vão se catar. Se não sabe, não inventa besteira. O fato é que as origens podemos nunca saber, mas temos que lidar com os efeitos e conseqüências de um universo em expansão.

Esse papo todo foi só para ilustrar o que tenho sentido e visto em relação a sensações e sentimentos. Qualquer coisa estranha deve ser explicada, algo inesperado tem que ser decifrado. Difícil não se pegar matutando, tentando explicar algo que, em nenhum momento, racionalizamos conscientemente. Algo que entrou em nossa cabeça pela porta de trás e de repente surge, chutando a porta do corredor e ficando toda exposta no meio da sala.

Depois de criarmos diversas teorias (todas furadas) para o sentimento intruso, percebemos que mais importante do que entender aquilo, é lidar. Ele está ali, não parece estar de saída e alguma coisa você vai ter que fazer. Já que não consegue ignorar (até tentou, mas não deu certo), tem que achar uma maneira de conviver com o estranho. Pode servir um chá, puxar a cadeira, falar oi, gritar pra ver se o assusta, chuta-lo pela porta da frente ou tentar empurrá-lo para o lugar de onde veio. Seja lá o que for tem que tomar uma decisão.

Decidir como lidar com os sentimentos que brotam assim, é muito mais complicado do que aqueles que avisam que estão chegando. Não se tem histórico, contexto, algo em que seu lado racional possa se apegar para saber o que fazer. Para variar, acabamos contando com nossos instintos, esses danados que vem sei lá da onde e influenciados por praticamente qualquer coisa. O que me leva a crer que não tem jeito certo ou errado para se lidar com esse tipo de sentimento.

Lembro o dia que fiquei sabendo que não usávamos a nossa capacidade cerebral completa. Que usávamos 10% ou coisa parecida. Ainda que eu ache que isso seja mito, preferi acreditar. A partir do momento que soube disso, achei a resposta que eu queria. Nunca entenderíamos a origem do universo, ou dos sentimentos, porque só usamos 10% de nosso cérebro. Pronto, resolvido, não preciso mais me perguntar isso.

E assim vou me enganando...

DJKast #022 - Babes and Beats


Tem coisa melhor do que ver uma mulher dançando ao som de uma boa batida? Não. Como diria um amigo meu, felicidade é ver mulheres dançando. Portanto, nada melhor que um programa que junta mulheres e batidas. O primeiro bloco conta com as divas e o segundo com as batidas. Pessoalmente, acho que esse é um dos programas que mais gostei. Espero que agrade a maioria. Abraços.

Rolaram:

T.I - Living Your Life (Feat. Rihanna)
Duffy - Mercy
Amy Winehouse - You Know I'm No Good
Bonde do Rolê - Marina Gasolina
N*E*R*D* - Spaz
Outkast - B.O.B.
TH Express - I'm On Your Side


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Como sempre, se tiver qualquer dúvida, ou quiser pedir alguma música, basta me mandar um e-mail.

quarta-feira, outubro 29, 2008

A gente vira adulto, mas se diverte.


Estou com 29 anos, e o horizonte é negro quando se trata de crises existenciais. A maioria dos meus amigos também está nessa faixa de idade, portanto, não raro estamos conversando como idosos, enaltecendo os velhos tempos e como eles eram divertidos.

Ok, eram mesmo. ALL PLAY e NO WORK. A falta de responsabilidades ajuda muito, as férias escolares, o bando de novidades e a ingenuidade para lidar com tudo isso. Muito pouco compromisso com pessoas e muito mais com eventos.

Não acredito que tudo isso seja muito discutível, talvez alguns tiveram adolescências melhores e outros piores, mas de um jeito ou de outro, todos nos lembramos como um tempo bom que não volta nunca mais. Mas uma coisa que é discutível é o agora. E agora que somos adultos, que estamos chegando a idade em que muitos de nossos pais já tinham família construída e patrimônio estabelecido. A quantas anda nossa diversão?

Diferente.

Toda quinta me encontro com 5 amigos. Toda quinta reclamamos de Deus e o mundo. Toda quinta damos um jeitinho de falar como somos miseráveis. Toda quinta nos divertimos muito. Se existe isso eu não sei, mas acredito que a diversão amadurece. Ou ao menos a nossa percepção dela.

Num papo com o Laganaro, conversávamos como hoje em dia nos sentimos muito mais livres para nos divertir do que antes. Quando se é mais novo, a diversão acontece aos jarros, desmedida, como se saísse de um cano rompido. Não tínhamos controle disso, e nem queríamos. Já mais velhos, ponderamos onde e quando podemos nos divertir. Não como uma coisa regrada e chata, muito pelo contrário, como senso de oportunidade.

Não é novidade pra ninguém, que quando jovens, mulheres e homens condicionam muito mais sua diversão ao contato físico com o outro sexo (ás vezes o mesmo, mas vocês me entenderam). O negocio é, os homens tem que pegar mulher e as meninas tem que ser xavecadas. Isso na minha época é claro, hoje todo mundo tem que se pegar.

Mesmo quando se estava namorando sério, havia a pressão para fazermos o que namorados devem fazer. Em dias comemorativos, tinha que ter algo especial, onde especial era: jantar romântico, luz de velas, restaurante bacana ou alguma variação disso.

Quando saímos com a galera, para encontrar com meninas, ou mesmo para uma balada, o papo era sempre “pegar alguém”. Nem que você soubesse que não ia conseguir ninguém, esse era o papo. Essa era a pressão. Se saísse com alguém, tinha que pegar, se não era uma noite fracassada e triste. Assim como imagino como devia ser para as meninas que estavam com amigas que eram xavecadas e “pegadas” por alguém e elas mesmo ficassem no zero. A pressão inevitavelmente mexia com nossa estima que inibia a diversão.

Hoje não. Hoje me sinto livre pra me divertir, seja lá como for, comendo um hambúrguer em noite de balada ou beijando uma moça numa madrugada qualquer. Hoje não sinto pressão, me divirto sem condicionais, fico em casa e danço no meio da sala, me encontro com amigos das antigas, comemoro aniversário de namoro assistindo Smallville, vou no cinema com amigas e obviamente seduzo e sou seduzido. Mas independente de tudo, me divirto.

PS: Como tudo nesse blog, essa é meramente minha opinião, colocar todo mundo no mesmo balaio é mania, ás vezes sou só eu que estou aprendendo a me divertir melhor com o passar dos anos.

terça-feira, outubro 28, 2008

Efeito “The Week”


Ok, já estou escolado, me expor aqui no blog me transforma em alvo fácil. Qualquer um que entra aqui tem uma visão boa de quem sou e o que vivo. Na maioria das vezes as pessoas filtram o que acham interessante e guardam para elas, formando conceitos sobre mim. Mas de vez em quando, devido a meu desprendimento, acabo levantando a bola para cortarem.

Meu post sobre o cara que colou em mim, gerou uma seqüência enorme de piadinhas, e como adoro rir de mim mesmo, vou colocar algumas delas aqui. Enjoy.


1

Posto no twitter que não posso ouvir Michael Jackson quando estou andando que tenho vontade de fazer aquela dancinha dele. Com a mão no estilo Billie Jean.

Uma amiga no msn: “Olha, você não pode confessar esse tipo de coisa no twitter.”
Eu: “Porquê não?”
Ela: “Assim os caras não vão parar de colar em você.”

2

Estou numa festa dançando com o pessoal quando vejo de longe a namorada de um amigo dançando sozinha. Cavalheiro que sou vou até ela pra acompanha-la e chego todo animado para anima-la também.

Ela: “Nossa, nunca vi um cara dançar essa música com tanta naturalidade”

A música, que eu nem tinha prestado atenção, era “Girls just wannna have fun”.

3

Indo para a mesma festa. Eu com uma camisa de futebol e meu amigo com uma camisa vintage apertada.

Eu: Aê, hoje sua roupa ta mais gay que a minha.
Ele: É, mas pelo menos nenhum cara colou em mim.

4

Meu amigo me liga e diz:

Ele: Ow, balada dia X.
Eu: Ah é? Que rola?
Ele: Aniversário de uma amiga. Diz a lenda que vai ter muita mulher.
Eu: Boa.
Ele: Mas muito gay também, então cuidado com o que você veste.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Free-lance


No embalo da minha fotografia literal, onde falei sobre minha necessidade em aprender a ser sozinho, esse final de semana me deu muito material para lidar com isso. Discussões, opiniões, sinais e insights.

Tanto sexta-feira (que fui assistir Fuerza Bruta, que recomendo muito), quanto sábado que fui a um churrasco e outras cositas más a serem explicadas adiante. Conversei com aqueles que estavam comigo em diversas situações sobre o assunto.

No Fuerza Bruta fui com uma amiga de longa data, mas que não conversava sério (e sóbrio) há anos, e foi ótimo. Ela tem uma cabeça completamente diferente da minha, o que hoje em dia acho interessantíssimo. Ela está pra sair de casa e ficar sozinha de verdade pela primeira vez , mas já fez algo que eu nunca tive coragem, viajar sozinha. Sem excursão, curso, ou coisa parecida. O papo foi extenso e diverso, mas ambos concordamos que o problema não é ficar sozinho, e sim ficar o tempo todo com você mesmo. Lidar consigo mesmo não é fácil, é preciso muita coragem e insistência, afinal, tudo que você costumava descontar nos outros, acaba afetando a si próprio.

No sábado fui a um churrasco com amigos mais antigos ainda. Não a toa a tarde foi recheada de saudosismo e escárnio a quem não estava presente. Prova de que estamos velhos. O fato é que, contando com alguns recém-separados como eu, uma hora a conversa ficou séria, e embalada por algumas cervejas, começamos a sessão de terapia em grupo. Uns mais acanhados, outros mais falantes. Mais uma vez, a noção geral era de que ficar consigo mesmo não é fácil. Acordar numa manhã de Domingo, olhar pra parede e se perguntar: “E aí?” O papo foi daqueles sem conclusão, mas que dão um conforto desgraçado em saber que outros passam pelo mesmo que você. Brothers in arms.

Saí do churrasco e fui pra casa. Pensando que não tinha idéia do que faria, e não estava com mínima vontade de ficar em casa. Sabia que estava comigo mesmo, e teria que me contentar com essa companhia. Pensei em ligar para diversas pessoas, mas cada uma tinha um impedimento, me senti um dependente em crise de abstinência. Dependência de pessoas. Mas engoli seco e rumei pra casa, esperando o inesperado.

Quando chego em casa, do céu, também conhecido como twitter, aparece uma oportunidade. Inesperada, inusitada, instigante. Fazer algo que nunca havia feito em toda vida, sair com 4 pessoas que nunca tinha visto, sem saber se gostaria delas, se gostariam de mim, se meus maus hábitos incomodariam ou se o papo delas me incluiriam. Como Deus tem sido um cara muito legal comigo, confiei, e aceitei seu sinal.

O resultado dessa saída é muito maior do que as boas amigas que fiz, de ter dançado que nem adolescente, do que ter recebido um dos elogios mais legais que já recebi na vida. Nessa noite percebi que viver sozinho é como trabalhar free-lance. Ë não ter certeza de que o dinheiro vai entrar, é se arriscar a viver no tédio por meses, é pensar de vez em quando em como era boa a época em que você tinha um emprego fixo.

Trabalhar como free-lance pode te remunerar muito bem num mês, e não te pagar nada no próximo. Mas independentemente de valores, prazos, contratos, alguma coisa sempre vai aparecer, e você não vai morrer de fome por falta de trabalho. Quando precisar de verdade, se for um bom profissional, algo vai aparecer, seja lá de onde for ou como for.

To tentando me acostumar com essa vida de free-lance, por enquanto está fácil, vamos ver como serão os próximos meses.

PS: Valeu Fé, Karen, Maíra e Ana. Perfect Strangers!

sexta-feira, outubro 24, 2008

Mood of the Day!

No filme "Como se fosse a primeira vez" (se não assitiu, assista, é divertido) o protagonista Adam Sandler tem que conquistar todo dia a mesma mulher (Drew Barrymore - Lucy).

Todo dia ele parte do zero e faz ela se apaixonar de novo.

Quantas vezes você cobnquistaria uma mulher?


Adam Sandler - Forgetful Lucy

Fotografia Literal



Quem inventou essa história foi o Laganaro lá pela Terra do Mamute e eu resolvi transformar em uma dessas correntes de blog.

E o que é? É o que o nome diz mesmo, com palavras tirar uma foto de sua vida, não é é um tratado, um filme ou documento, uma fotografia, daquelas que transmitem as sensações, cheiros e aflições com apenas um frame. Na versão literal passamos isso por texto, falando num panorama geral, o que achamos da nossa vida nesse momento.

Pra que serve? Basicamente para aproximar seus amigos que ás vezes por te verem todos os dias se esquecem de parar para perguntar o que você tem sentido. Mais do que isso, serve para você poder observar sua evolução através do tempo, assim que começar a colecionar várias Fotografias Literais.

Eu indico pro Volponi, Leopoldo, Marcelo Mello, Camila e Márcia Granja

E aí? Será que você é fotogênico?


Seguindo o exemplo do meu amigo e blogueiro, Ricardo Laganaro, resolvi “tirar” uma fotografia literal da minha vida no atual momento.

A decisão não foi simples, afinal sei que vai ser difícil focalizar a câmera para pegar com relativa clareza, meu momento. É como querer tirar a foto no meio de um backflip de moto, estando em cima da moto.

Mas enfim, a vida resolveu tirar o atraso e fez com que eu tivesse que lidar com tudo que eu evitava e/ou adiava. Depois de aquietar na minha vida profissional, finalmente achando um método de trabalho que funciona, tanto para o lado burocrático quanto prazeroso, era hora de enfrentar meus fantasmas, do passado distante ou recente.

Mas como isso não é um filme do meu ano, e sim uma foto vamos ao presente.

Hoje estou dormindo bem, e como isso melhorou a minha vida. Nunca dormi bem, sempre achei que ter o sono todo errado era natural, e que tinha que sofrer com isso. Mas não. Após chegar ao limite e ver que todo meu pessimismo em relação ao mundo era mais que pessimismo, era depressão de verdade, comecei a me tratar, e olha. Funciona mesmo. Não é que vivo lesado, não é que acho tudo ótimo, mas parece que não levo mais tão ao extremo as coisas ruins e vejo com olhos mais generosos as coisas boas.

Hoje estou sozinho. Nunca estive tão sozinho em minha vida, não no sentido de solidão. Mas sem apoio em tempo integral de alguém. Sempre tive, família, namorada ou amigos que não saíam de casa sem me ligar. Hoje não, ainda tenho família que me ajuda em qualquer segundo que eu necessitar. Tenho mulheres que me elogiam, me enrolam, me atraem, me fazem pensar. Mas cada uma com seu tempo. Tenho amigos, um boa dezena imagino, que são todos meus terapeutas, são eles que mais aturam meu humor, minha soberba, minha preguiça e meu orgulho. Mas cada um está em seu canto. Fora ás quintas-feiras em que 6 deles sempre estão comigo.

Por tudo isso, hoje o que mais quero na vida é me entender comigo mesmo. Ficar confortável sozinho, não acordar no sábado em que não marquei nada e ter que fugir de casa para sentir que estou fazendo alguma coisa. Quero aproveitar minha própria companhia, pra rumar cada vez mais em sentido a felicidade independente. Já achei que não precisava de ninguém para viver. Era muito tolo. Sei que, como diz Alexander Supertramp, felicidade só é plena se compartilhada.

Hoje ando confuso. Apesar de ter certeza das minhas sensações, não sei muito bem o que as provoca. Não sei se é histórico, época da vida ou coincidência mesmo. E no caso específico da coincidência sempre fico na dúvida se ela é um sinal ou minha mente pregando peças em mim.

Hoje estou livre. De vínculos, horários, pressões. E isso é assustador. Não ter no que se apegar é libertador mas se não tomar cuidado o incerto e imprevisível podem dar uma sensação de vazio. De que não se está chegando a lugar algum. Mas como não sei onde exatamente quero chegar me acalmo.

Hoje estou feliz. Mesmo que com saudades, mesmo trabalhando no que não gosto, mesmo sozinho, tenho conseguido dividir momentos de felicidade com praticamente todos a minha volta, e isso é gratificante pra cacete. Coisas que poderia (ou não) estar fazendo há anos faço agora, e parece que ninguém me culpa por isso, assim tenho certeza que esses sempre estarão por perto.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Mood of the Day!

Só se vive uma vez...


The Strokes - You Only Live Once

PS: Essa versão tosca, traduzida em espanhol foi a única que pude incorporar aqui...

Mulher tem que ter pegada.


Hoje em dia, é muito comum ouvir uma mulher dizer que homem tem que ter pegada. Não era assim. Quando eu era pequeno, tudo que eu ouvia era: respeito e carinho. Além dos atributos clássicos como bonito, inteligente e sensível. Mas em relação a postura, a como tratar uma mulher, o homem tinha que ser respeitador, tipo, não podia mão nisso, muito menos naquilo, enquanto ela não desse a ordem. Carinhoso, sempre abrir a porta do carro, ser gentil, abraçar com cuidado, ser tenro.

Agora não, agora elas querem além de tudo um cara com pegada. Um homem que tome as rédeas, que abuse de vez em quando, que seja firme quando tem que ser e doce quando ela desejar. Tem que ter atitude, tem que sentir os momentos certos e fazer aquilo que está dentro da cabeça delas. Ok, já não era complicado o suficiente, mas damos um jeito. Servimos bem para servir sempre.

Mas o fato é que - não sei se falo por todos os homens - gostamos de mulheres que também tenham pegada. Um dia quem sabe, quisemos (ou dissemos que queríamos) mulheres de Atenas, ou princesas intocáveis e frágeis. Mas hoje não. Hoje queremos muito mais, também queremos essa mistura que as moças vem reivindicando há tempos. Queremos a mulher que faz bico e depois nos arraste pela nuca, não podem mais assistir, tem que dividir o papel principal.

Mas a mulher que tem pegada é diferente do homem que tem pegada. Enquanto o homem pode ser assim naturalmente, a verdadeira mulher de pegada tem que ser despertada. Mesmo que seja naturalmente assim, não é qualquer um que as faz assim. Não basta beijá-la e abraçá-la, tem que conquistar de verdade. Tem que achar o caminho para o núcleo nervoso delas, estremecer as bases. Precisamos fazer com que todos os seus sentidos estejam alterados (sim, usar álcool vale), tem que anular sua razão, tem que fazer com que ela não enxergue nada além de você. Enquanto falar tudo isso é fácil, fazer...

Como toda grande tarefa, essa também oferece uma enorme recompensa. Uma vez que se prova, não se quer nada diferente daquilo. Não é como aquelas mulheres desesperadas, que te sufocam, que saem raspando os dentes em seus lábios sem controle. É diferente. A mulher que tem pegada, quando despertada, sempre te beija como a primeira e última vez, ao mesmo tempo. Bagunça seu cabelo, se pendura em seu pescoço, te abraça como se não quisesse que fosse nunca embora. Se enrola em você como se quisesse impregnar em suas roupas, em sua pele. Ficando junta de você por muito mais que uma noite, uma mulher que voc6e leva pros lençóis de sua cama mesmo quando sozinho.

Tenho certeza de que nenhum homem fica impassível a uma mulher como essa, todos querem esse tipo de intimidade, essa temperatura, essa intensidade. Conseguir não é fácil, mas o que de bom nesse mundo é?

DJKast #021


DJKast 21 já tem maioridade completa, e ganhou de presente uma seleção do amigo DJ Escobar Ortiz. Coincidentemente 3 canções latinas de 3 filmes. O segundo bloco tem sabgue azul, composto por 3 reis de gêneros diferentes. Espero que gostem. Até semana que vem.

Rolaram:

Los Lobos & Antonio Banderas - Cancíon del Mariachi
Chingon - Malagueña Salerosa
101 Strings Orchestra - Por Una Cabeza
Elvis Presley - Heartbreak Hotel
Roberto Carlos - As Curvas da Estrada de Santos
James Brown - Sex Machine
Information Society - Lay All Your Love on Me

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quarta-feira, outubro 22, 2008

"Coincidências"...

...não tem limites...

Free Fallin


Já é antiga minha crença de que só se é livre de verdade sozinho. Ainda que eu não ache que para ser completamente feliz, precisa-se ser completamente livre. Abro mão de um pedacinho da minha liberdade para ter uma ótima companhia. Não a toa namorei quase 7 anos seguidos (2 anos e meio + 4 anos e 2 meses), e não me arrependo de um só dia.

Porém, estar completamente livre é sempre interessante. Quando me encontro nessa situação, minha maior angústia é meu maior prazer: Não saber o que vou fazer. Namorar por muito tempo me deixou acostumado a não ter que pensar no que ia fazer, afinal, sempre faria algo similar. Acordava, ligava pra namorada, ia buscar e decidíamos o que faríamos. Se não tivéssemos nada marcado geralmente comíamos alguma coisa e íamos pra minha casa. Se tivéssemos algo marcado, bem, se tivéssemos, honrávamos nossos compromissos. E tudo estava muito bem.

Quando nos sentíamos muito entediados (sempre existe essa fase) experimentávamos algo novo. Uma balada, uma peça ou uma viagem inusitada. Mas pensando no namoro inteiro essas ocasiões representavam pouco. Claro que isso é sintoma de comodismo. Afinal lembro que no começo dos namoros, a vida é muito mais agitada (mesmo que acompanhada) do que no meio dos relacionamentos.

As razões desse comodismo não são exatas. Acredito que em relacionamentos padrão, exista uma adaptação natural de sua vida de solteiro deixada pra trás. Em vez de cortar o cordão umbilical de vez, vamos nos libertando (ou aprisionando) aos poucos. Vemos que as outras pessoas estão em outra sintonia e que não podemos as acompanhar mais em tudo.

O fato é que, após o fim de um relacionamento, fazemos o caminho contrário. Temos que relembrar como são os antigos procedimentos, as antigas sensações. O estranhamento, naturalmente pode causar a sensação de que se trocou uma vida ótima por uma em que você simplesmente não se encaixa. Mentira.

Estar livre é mais fácil do que o contrário. A falta da necessidade de dar e receber satisfação, rapidamente deixa de ser um “menos” para ser um “mais”. A impressão de o mundo ser todo seu começa a invadir sua vida e de repente, quando você está distraído, está sorrindo como há tempos não sorria. Não é um sorriso melhor ou pior do que os que dava enquanto se relacionava, só diferente mesmo.

Viver livre deixa a vida mais imprevisível do que já é. Transforma suas expectativas em migalhas, sejam estas altas ou baixas. Ser livre é conhecer, encontrar, experimentar, tudo sem planejamento, e numa intensidade incrível.

Na minha recém-liberdade, venho provando o gosto de tudo isso. Ás vezes é amargo, ás vezes salgado, ás vezes entala na garganta e em outras você se empanturra até explodir. Independente do sabor, é muito bom exercitar o paladar.

terça-feira, outubro 21, 2008

Mood of the Day!

Eu me rendo. Depois de ouvir umas 4 vezes nas minhas Genius Playlists, e mais uma no ADD do Maestro Billy acho que essa canção tem que entrar no Mood of the Day!

Mesmo pq tem a ver.

Ok Deus, entendi.

No Doubt - Don't Speak

PS: E sempre é bom ver a Gwen Stefani de vestidinho...

Ciclo da Intimidade


Muitas vezes começa com um intermediário. Um conhecido em comum, alguém neutro, que faz o meio de campo para resolver os interesses mútuos.

Tudo começa com um olhar. Seja num bar, na escola, no trabalho ou mesmo no avatar do msn. Tudo começa com um olhar. Conforme a intimidade vai crescendo, pega-se na mão, raspa-se na coxa, acaricia-se o cabelo. Do cabelo pode-se descer pra nuca e de repente, o beijo na boca ansiosa. Então todo o corpo quer um pouquinho, e vai-se passeando por todos os cantinhos, até não haver um único lugar nunca visitado. Talvez um, dependendo do desprendimento.

Assim fica por um tempo. Acesso total e irrestrito. Tem-se aquela suprema sensação de intimidade, de que se é a única pessoa do mundo a ter credenciais para visitar aquele território restrito. Exclusividade total e privilégio imenso. Basta saber o que fazer com tudo isso. Para descobrir, se experimenta.

De ponta cabeça, na ponta da cama, dentro do carro, no sofá da sala, com chantilly, com leite condensado, com champagne, dentro da água, dentro do chuveiro, na mesa da cozinha, no elevador, com algemas, sem as mãos, sem olhar, quietinho, falando baixarias, de bombeiro, de estudante. Ufa...

Não se sabe quando, nem exatamente por que, mas pouco a pouco tudo isso começa a diminuir, o sofá pode continuar mas as fantasias ficam no armário. Em certo momento o chantilly só aparece no sundae, e os banhos não levam mais de que seu tempo burocrático. E quando se dá por conta, todo aquele terreno que um dia foi tão bem explorado se transformou em cenário de sonho. Daqueles em que você sonha que está na escola mas as coisas não se encaixam completamente. Tem uma piscina na quadra de futebol e as classes são todas marrons.

Daí pra frente é questão de tempo. Primeiro as bocas, que um dia pareciam uma só de tanto que se conheciam, agora se cumprimentam como estranhas. A mão não visita a nuca há muito tempo e os cabelos só são lembrados quando bloqueiam o filme da TV. O espaço no sofá aumenta e numa tarde qualquer de domingo as mãos se descolam, e só acenam um melancólico adeus.

Muitas vezes termina com um intermediário. Um conhecido em comum, alguém neutro, que faz o meio de campo para resolver os interesses comuns.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Catando as migalhas


Essa semana começamos uma série lá no Agridoce, que será interessante. Dentro da nossa sessão “Tempero do Dia”, teremos como assunto semanal os sete pecados capitais, aplicados aos relacionamentos, como sempre. Cada semana um pecado, e o primeiro é a Gula. Quando abri o word para esboçar o que escreveria, nada vinha a mente, como colocaria o pecado no contexto.

Apelei. Contei minha agrura para uma amiga com qual conversava no msn, e rapidamente ela veio com a frase: “Gula tem tudo a ver com ansiedade”. Já achei fantástico. Mesmo assim, não satisfeito, começamos a desenvolver a idéia, depois de muitas lamúrias e risos de desespero, chegamos a um ponto interessante. Tanto somos gulosos, como somos vítimas de gula. Não vou tratar profundamente sobre o assunto aqui, senão quinta-feira não terei nada de novo para colocar lá no Agri. O que me chamou atenção no papo, foi essa história de sermos vítimas da gula dos outros.

Um exemplo a que chegamos foi a posição do “outro”. Não o “outro” sem vergonha, aquele que tem apenas desejo sexual, falamos sobre o “outro” que não tem opção. Ou se contenta com migalhas ou chora sobre elas. O “outro” sem opção não é guloso, prova disso é se contentar com migalhas, só queria, um dia poder comer um pão inteiro. Não precisa ser um sonho ou um bolo de fubá, só o pãozinho mesmo. Se for com manteiga dará pulos de alegria.

Ser o “outro” é viver vítima da gula de seu amante. É dar seu pãozinho inteiro para uma pessoa que já tem outro em casa. Mesmo que o amante diga que não gosta mais daquele tipo de pão, que está embolorado ou que nenhum pão é gostoso como o seu. O fato é que o amante quer é comer os dois pãezinhos, não importa a desculpa, e o “outro” sabe disso. Mesmo que negue.

O interessante dessa história é a consciência. Ainda que completamente irracional, injusto e egoísta, ambos, “outro” e amante, sabem que as coisas são assim e na maioria das vezes nunca mudarão. Podem espernear, chorar, terminar, mas sabem muito bem suas posições.

As razões para se sustentar uma relação destas são várias. A primeira é a esperança da mudança. Acontece o tempo todo. Conheço muita gente que troca de namoradas no esquema “revezamento 4x100”. Nem espera o bastão cair e já está com outra. Outros já sabem que as chances de um final feliz são ínfimas, mas preferem encarar a cama vazia nas noites de sábado para poder ter o sexo selvagem dentro de um carro em lugar incógnito.

Saber se vale a pena é que é difícil. Certo ou errado eu nem cito aqui, não é essa a questão, o que penso é que esse tipo de relacionamento é um labirinto cheio de espinhos. As migalhas estão lá para te levar a saída, mas você não tem idéia da distância, muito menos do que te espera do outro lado.

domingo, outubro 19, 2008

Mood of the Day!


Madeleine Peyroux - Once in a While

From bad luck i'm walking away
I'm not getting stuck
I'm not gonna stay

To good things i'm moving ahead
I'm tired of dying
I'm living instead

Once in a while i wake up
Wondering why we gave up
But once in a while
Comes and it fades away

The sun's up and lighting the sky
I never could see it
It just passed me by

Good things keep moving along
I'm not looking backward
For something that's gone

Once in a while
I'll wake up
Wondering why we gave up
But once and a while
Comes and fades away

I don't what love is
I'm selfish and lazy
And when i get scared i can act like i'm crazy
But when i think of your kisses
I'm still gonna smile
I'm still gonna miss you
Once in a while
Once in a while

Once in a while i'll wake up
Wondering why we gave up
But once in a while
Comes and it fades away

Good things keep moving ahead
I'm tired of dying i'm living instead

sexta-feira, outubro 17, 2008

Marionetes do Destino



Este é um texto-resposta a esse aqui.

Acredito que tudo e todos tem seu propósito. E digo mais, quando penso em propósito não classifico como bom ou ruim. Propósito é propósito, algo que serve para alguma coisa. Se serve para alguma coisa não é inútil, se não é inútil, vai ser absorvido por você de alguma maneira.

Uma pessoa passou como um tornado recentemente na minha vida. Os destroços que deixou pelo caminho eu não vou comentar, mas acredito, segundo minha própria crença, que ela teve seu propósito em minha vida. Foi ela quem primeiro abriu meus olhos para o fato de que somos todos marionetes do destino e não percebemos.

Sempre odiei a idéia de destino, de não ter controle sobre minha própria vida. Por isso nunca acreditei em coincidências, sempre investiguei todas as variáveis, até entender porque o que parecia aleatório, sempre tinha uma razão de ser.

Em muitas vezes estava certo, mas em outras faltava uma peça. Algo que fecharia meu quebra-cabeça maluco. Procurava insistentemente, mas no fim acabava desistindo e aceitando. Deus escreve certo por linhas tortas. Apelo pra fé sempre que não consigo resolver as coisas sozinho. Como todo mundo.

Mas depois de um papo maluco sobre teoria do caos e uma mestre em matemática que acha que nosso sistema numérico está errado (!?!) que tive com outro amigo, me veio uma luz. Esse amigo, que conhece tal mestra, me disse que ela acredita numa variável que não conhecemos/entendemos ainda. A aleatoriedade. Obviamente sabemos o que é aleatoriedade, mas não temos idéia que forças a regem, se ela segue um sistema, ou coisa parecida.

Pensando nisso tentei aplicar a base da idéia da cientista maluca na minha crença sobre destino e coincidências. E se essa variável influi em tudo, claro que está presente em nosso cotidiano, nossas opções, escolhas, mudanças.

Depois de pensar bastante, conversar com diversas pessoas, e principalmente a partir do aquele “tornado” do primeiro parágrafo me disse e causou, cheguei a algumas conclusões.

Algo ou alguém, controla os acontecimentos em direção ao destino. Esses acontecimentos geralmente são coincidências. Essas coincidências (as que não podem ser explicadas) são obras do aleatório.

Agora só faltava descobrir como que o aleatório atua, por que meios. Para isso observei o processo de decisão. Se analisa a situação (seja casar ou comprar uma bicicleta), observam-se prós e contras, dificuldade de execução, viabilidade, entre outras. Mas na hora de bater o martelo, mesmo pensando em tudo isso, muitas vezes jogamos todo o raciocínio pela janela. E por quê? Por simplesmente achamos que X ou Y, eram a coisa certa a se fazer. Seguimos nossos instintos. E aí se encontra o problema.

Não que seguir nossos instintos seja a decisão errada, muito pelo contrário. Mas a partir do momento que largamos uma análise baseada em fatos, para seguir uma sensação, nos rendemos ao aleatório. Só pode ser essa sua ferramenta. Afinal quantas vezes nossos instintos nos levaram a lugares que nunca iríamos? Quantas vezes você freou num sinal aberto e passou um carro? Quantas vezes você foi para uma balada na última hora e conheceu uma pessoa importante em sua vida?

Coincidências acontecem quando se age por instinto, cegos, acreditamos que é simples aleatoriedade, uma probabilidade mínima, que naquele dia sorriu pra você. Quando na verdade, toda vez que seguimos nossos instintos estendemos as cordas, para que o destino nos leve como marionetes. Isso é bom? Ruim? Não sei, mas acredito piamente que tem seu propósito. E se tem propósito....

quinta-feira, outubro 16, 2008

Mood of the Day!

Fiz uma maratona Kill Bill recentemente e nos créditos finais tocou essa música. Adoro.
Hoje lembrei...

"Malaguena salerosa
Besar tus labios quisiera
Besar tus labios quisiera.
Malaguena salerosa
Y decirte nina hermosa."



Chingón Band - Malagueña Salerosa

“Genoma” Particular


“Você é a cara do seu pai”. Sim, eu já tinha percebido. Mas e o resto? Olhando para meu DNA o que é responsabilidade do meu pai, da minha mãe e minha mesmo? Não que se não souber isso vá arrancar os cabelos ou coisa parecida, mas sou curioso. Fazer o que?

Quanto mais envelheço, mais vou reconhecendo o que é de quem. Depois de uma adolescência onde achava que era completamente original, e nem você , nem ninguém, me provaria o contrário, comecei a aceitar que certas características são inegáveis. Boas ou más, estão lá, no seu cotidiano, expondo para o mundo todo que você não é nada mais do que uma mistura aleatória de duas pessoas.

Da minha mãe herdei o desapego material, e que fique bem claro que com isso não quero dizer que somos livres de consumir. Somos consumistas inveterados, dinheiro é feito pra se gastar. Mas não temos nenhum apego a coisas, só às sensações que elas nos passam. Além disso os genes da mama me tornaram de certo modo dependente de pessoas. Ainda que eu tenha saído de casa e curta muito bem meu tempo sozinho, é com outras pessoas que realmente consigo ser feliz.

Meu pai, aparentemente pegou a maior parte do bolo. Alám do nariz grande e as pálpebras caídas, levo comigo uma infinidade de idiossincrasias e modo de raciocínio do velho. As pessoas tem medo de mim quando não me conhecem, quando conhecem tem um pouco menos. Mas ainda tem. Sou paternalista (ok joe, eu assumo), adoro ser idolatrado e reconhecido como diferente. Seguimos padrão para mulheres, ele se casou e namora hoje com mulheres que conheceu no trabalho. Meus dois namoros mais sérios foram com parentes de amigos meus.

Ok, pode ser que tudo isso não seja genética, seja aprendizado, absorção de exemplo, ou coisa parecida. Mas de qualquer maneira, essas são bagagens que devo a eles. Assim como devo outras coisas a professores, amigos, inimigos, escritores.

Muitas vezes me indaguei, o que meus pais me ensinaram. O que poderia apontar e dizer: Isso, eu devo a eles? Não encontrava. Mas há pouco tempo, conversando com o Laganaro, discutíamos casos antigos, histórias de nossa vida. Ao lembrar uma história, ele me apontou o que precisava ver.

A história é a seguinte. No terceiro colegial eu era doido por uma moça da minha classe. Ela era dessas que fazem você perder o rumo, de nunca falar sim ou não. Depois de alguns meses rondando, chegou o aniversário dela, e obviamente, queria dar um presente para impressionar. Como não tinha grana pedi a meu pai, explicando o causo. Ele nunca foi de conversar comigo, mas sempre me incentivou muito em tudo relacionado a mulheres. Deixei sobre o móvel da sala um bilhete, pedindo dinheiro para comprar um livro que a garota queria, e fui dormir.

No dia seguinte quando vou pegar o dinheiro, encontro muito mais dinheiro do que havia pedido, junto disso sua resposta.

“Se quer conquistar uma mulher, compre um jóia, não um livro”.

Segui o conselho, conquistei a mulher. O Laganaro disse que seu pai nunca disse coisa parecida para ele, e que de certo modo isso serve para nosso aprendizado. Então concluí que as lições de nossos pais nem sempre são tão claras.

quarta-feira, outubro 15, 2008

DJKast #020


Mea culpa. Na vigésima semana de DJKast resolvi tirar um sarro com 3 músicas que literalmente me fizeram gargalhar na primeira vez que ouvi. Pra compensar o segundo bloco é todo classudo e perfeito para quem pode dançar abraçadinho nessas noites enluaradas que vem fazendo. Espero que gostem.

Rolaram:

Flight of The Conchords - The Most Beautiful Girl (In The Room)
The Mountain Goats - No Children
Libera o Badaró - Jesus Negão
The Flamingos - I Only Have Eyes For You
Ella Fitzgerald & Louis Armstrong - Let's Call The Whole Thing Off
Madeleine Peyroux - Don't Wait Too Long
DJ AC-DC - Never Ending Story (DDR Power Club Vocal Mix)

Para ouvir no computador clique aqui e para adicionar no iTunes clique aqui.

Caso clicar acima não adicione o feed automaticamente no seu iTunes, para adicionar o feed "na raça", basta abrir o programa, ir na opção "Advanced", daí clicar em Subscribe to Podcast e inserir esse link na caixinha: itpc://web.mac.com/cristianoarruda/DJK/Podcast/rss.xml

Como sempre, se tiver qualquer dúvida, ou quiser pedir alguma música, basta me mandar um e-mail.



PS: As letras para as duas primeiras músicas você pode ver aqui (Flight of the Conchords) e aqui (The Mountain Goat)

Mood of the Day!

If you're the Devil in Disguise...

Elvis Presley - Devil in Disguise

Please allow me to introduce myself...

Rolling Stones - Sympathy for the Devil

terça-feira, outubro 14, 2008

In Treatment


Estava eu na psicóloga apos um ataque de ansiedade e ela pegou um livro. Logo apos eu citar que assisti o documentário “A Ponte” e achei que fazia todo sentido. (Nota: “A Ponte” é um filme que trata sobre suicídio, saiba mais aqui). Voltando. Drª Ilana abriu um livro marrom e grosso que deve ter comprado ainda na faculdade, e começou a me fazer umas perguntas. 9 se não me engano. Das 9, 8 eu disse sim. E foi assim que ela decretou. Você está depressivo.

Não que não desconfiasse, mas minha imagem de gente depressiva, depressiiiiiiva, é daquelas que não conseguem sair da cama. Ainda que alguns dias eu até sentisse isso, em outros estava numa boa. Mas digo uma coisa, ouvir o decreto da psicóloga (que depois foi confirmado pela psiquiatra) me deu um alívio desgraçado. Tive uma sensação estranha, como se enxergasse em preto e branco e finalmente alguém me dissesse que existem cores.

Sempre fui contra remédios. Quaisquer que fossem. Achava que meu corpo tinha que se virar sozinho. Era bom o suficiente para meus ancestrais. Aqueles que tinham expectativa de vida de 25 anos. Mas com o tempo e me relacionando com pessoas que tomavam essas pílulas mágicas chamadas anti-depressivos, cheguei a uma conclusão. Melhor uma vida boa tomando remédio do que uma vida miserável sem remédio.

O assunto é longo, mas o que queria tratar aqui é o porquê das pessoas tratarem depressão como se fosse disfunção erétil. Muita gente tem um medo desgraçado de falar que tem depressão, vergonha talvez. Eu não, trato como uma doença qualquer e ainda faço graça. Afinal, é químico, falta de seretonina no cérebro. Simples assim.

Me expor (como de costume) me trouxe um fato interessante. Tem muita gente depressiva por aí. Pra cada um que falo tem uma história, “minha irmã”, “minha mãe”, “eu”, todo mundo curtindo as droguinhas legais. A conclusão é óbvia, seja por época, sociedade, cultura, tem cada vez mais gente depressiva no mundo.

Então, por favor, se você acha que tem, ou tem depressão, saia do armário, estamos todos no mesmo barco, mesmo que seja cachoeira abaixo, não se envergonhe de falar que tem, e se suspeita que tem vá se tratar, faz um bem desgraçado ver o mundo em cores.

Para ter uma idéia aqui vai uma lista de sintomas de depressão, mas obviamente procure ajuda profissional.

Critérios para diagnóstico de depressão
(Segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição).

· Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo;
· Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
· Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
· Dificuldade de concentração: habilidade freqüentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
· Fadiga ou perda de energia;
· Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
· Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
· Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
· Idéias recorrentes de morte ou suicídio.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Colégio Twitter


Muitos ainda não sabem o que é o twitter, se não sabem dêem uma olhada aqui para saber do que estou falando.

O twitter é um servicinho polêmico, foi odiado por todos assim que criado, pra que raios seria útil um lugar onde você diz o que está fazendo com 140 caracteres? Pra muita pouca coisa mesmo. Mas o tempo passou e os usuários resolveram usufruir da ferramenta para os mais diversos usos, divulgação de propaganda, proliferação de links, msn comunitário, entre outros. De um jeito estranho, o twitter acabou virando uma sala de aula.

Toda sala de aula tem vários grupinhos. Os excluídos, Os específicos, Os populares, Os professores e Os que não são nada.

Os excluídos do twitter são aqueles que entram, escutam e saem calados. Se um dia eles faltam você não dá conta. Eles podem ser excluídos por vontade própria ou não, podem ser loucos para fazer parte da galera ou simplesmente não gostarem de se expor. As pessoas dificilmente falam com os excluídos, visto que eles quase não parecem estar lá, quando falam é por engano ou por esbarrarem no corredor da cantina.

Os específicos são aqueles que são conhecidos por alguma coisa. Ou o cara tem um banda, ou a menina dança balé, ou qualquer coisa específica. Estes são os interesses deles e só. Se você gosta ou tem curiosidade pelo assunto que eles dominam, conversa de vez em quando, divide, aprende. Se não for o caso, estes não passam de excluídos que algum amigo seu conversa de vez em quando.

Os populares todo mundo sabe quem são. Qualquer classe, festa, evento quer a presença deles. Distribuem tendências sendo elas boas ou más, novas ou velhas. Não importa se um específico já sabia que aquela banda era o máximo. É necessário um popular para fazer todos ouvirem. Os populares falam com os populares, só, de vez em nunca com um específico. E quando falam o transformam em popular.

Os professores tentam dar ordem na bagunça. São os que realmente sabem alguma coisa dentro daquela sala de aula, tem simpatia pelos populares mas vêem potencial mesmo é nos específicos. Os professores geralmente não falam com ninguém em especial, falam com a classe, mas estão prontos a atender qualquer dúvida, seja lá de qual for o grupo.

Os que não são nada. Bem, este grupo fica por último porque é o mais difícil de classificar, e também porque me considero parte dele. Estes falam com todo mundo, ainda que nem sempre sejam correspondidos. Tem interesse por tudo e acham que sempre podem aprender algo. O que não são nada, não são as maiores fontes de informação, nem técnicos, nem estão na moda. Mas eles estão lá, geralmente falando uns com os outros, meio que sozinhos, meio que cheio de amigos.

Assim é minha sala de aula do twitter, e poderia classificar cada um da minha lista nas devidas turmas. Será que a sala dos outros é assim também?

PS: Meu twitter é twitter.com/krisarruda , caso queria fazer parte da minha turma...

Mood of the Day!


The National - Lucky You

domingo, outubro 12, 2008

Mudando de nível.


Sair da casa dos pais nunca é fácil. Nunca se está pronto. Mesmo 3 anos depois de ter saído ainda sinto na pele os efeitos colaterais. Mudar em si não afeta tanto, se compra alguns móveis, deixa-se outros para um segundo (terceiro, quarto, quinto...) momento, e de repente lá está você, vivendo uma vida “pior” e pagando por isso.

O primeiro sinal do que está por vir são as primeira “compras do mês”, que no meu caso se tornaram “da semana”, afinal a dispensa é diminuta. Você sai comprando tudo que sempre usou na casa antiga, mas nunca soube quanto custavam. Agora você sabe, e isso dói. As roupas, as refeições fora, as viagens, tudo começa a pesar, e quando você percebe está jantando miojo pra poder comprar umas meias novas.

Foi difícil, mas percebi que não ganho a mesma coisa que meus pais. E seja lá qual classe sócio-econômica eu estava, não estou mais, desci de uma a duas letrinhas. Mas meus referenciais são todos da classe acima, não sei como fazer meu dinheiro durar um mês todo, e isso é no mínimo ridículo. Afinal sei que tem gente qeu se vira muito melhor que eu ganhando menos.

A primeira estratégia foi: Ficar rico como meu pai. Sem me estender muito, declaro que não deu certo. Consegui gastar como ele, já pagar...

A segunda estratégia foi: Definir prioridades. Ok, era simples, bastava eu decidir onde gostaria de continuar vivendo como um principezinho, quais gostos me daria e quais abandonaria. Funcionou por um tempo. Economizava de um lado para gastar do outro e vivia uma vida relativamente igual a antiga. Se não comia fora tantas vezes mais, quando comia era do meu jeito.

O que deu errado? Referenciais. Mantendo os mesmos referenciais não conseguia evitar de me sentir inconformado em não ter o “bom” sempre. Considerava estes mimos ocasiões normais, e não especiais como de fato eram. A balança de valores estava descompensada.

Como resolver? Foi então que comecei a me acostumar com a idéia mais óbvia e simples de todas. Abraçar minha nova classe sócio-econômica com todo carinho possível. Entender que a realidade é outra, e que isso não quer dizer que seja ruim. Cada dia que passa, ainda que não resista a tentação por diversas vezes, vejo que quanto menos tenho, mais feliz eu sou. E não é hipocrisia não. Ter muito, traz muito problema. Mais contas, mais impostos, mais negociações, mais dor de cabeça. Ter menos simplifica a vida, te dá menos opções e te ajuda a aproveitar melhor as decisões tomadas.

Não vou virar hippie ou coisa parecida, impossível, ainda sou um consumista inveterado, mas espero que cada vez mais que foque no que realmente importa, no que me faz feliz de verdade, abrindo cada vez mais minha cabeça para lugares, coisas, situações e sensações. Procurando sentir aquele gostinho de se surpreender com uma felicidade incontrolável proveniente de algo completamente desprovido de valor monetário. Que não precisa de glamour, marca ou vista pra praia. Que te faz feliz só de estar vivo para sentir aquilo.

sexta-feira, outubro 10, 2008

O certo pelo duvidoso


Muitas pessoas titubeiam quando dão de encontro a uma situação onde tenham que trocar o certo pelo duvidoso. Eu também. Afinal, quem em sã consciência, acha natural e livre de medo aceita o câmbio de algo que já conhece, tem gosta por algo que parece ser interessante. É a única qualidade do “duvidoso”afinal, se não fosse interessante não causaria a tal dúvida.

O “certo” é cômodo, conhecido. Teoricamente, não precisamos nos “preocupar” com o “certo”. Sabemos quais seus pontos fracos e fortes, no que podemos confiar ou não, além de poder prever seus atos, suas manias e consequentemente o futuro.

O “duvidoso” é interessante. Seja lá por qual razão, algo lhe chamou atenção. Uma proposta de emprego por exemplo. Onde você trabalha já conhece as pessoas, sabe como lidar com cada uma, conhece os caminhos para chegar o topo e mais do que isso, sabe onde é o topo que pode atingir. No novo emprego você não sabe. Só imagina. As pessoas podem ser mais agradáveis ou não. O topo é desconhecido, muito menos o caminho até ele.

Obviamente isso tudo está ligado ao medo do desconhecido. Ainda que eu tente negar, morro de medo do desconhecido. Quando conquisto o “certo” acredito que é o máximo que posso atingir. Comodismo? Sim, mas não só isso. Também por saber que esse “certo” um dia foi duvidoso, e de certa maneira acertei na mega-sena. Tirei a sorte grande. Mas será questão de sorte?

Meu amigo Marcelo Mello sempre diz que só tem medo do conhecido, nunca do desconhecido. Entendo o conceito. O conhecido, mesmo quando certo, causa comodismo, conformismo, rotina e ás vezes um certo tipo de cegueira. Faz-se coisas que não se imaginava, se molda em algo que não se é, tudo para evitar que um dia chegue a dúvida: O “certo” ou o “duvidoso”?

O desconhecido me amedronta na mesma proporção que me estimula. Sempre brinco que se um OVNI aparecesse na minha frente eu gritaria: “Me leve com vocês”. Não, não tenho taras extraterrestres. Mas como conseguiria viver sem saber o que tinha lá dentro? Como conviveria comigo mesmo sabendo que poderia ter deixado de lado a oportunidade de viver algo completamente diferente do que já vivi?

Ultimamente assisti uma situação de certo e duvidoso. Vi alguém ser corajoso o suficiente para largar tudo que tinha construído por muito tempo para viver a aventura de provar o duvidoso. A pessoa era mais nova e mesmo com a possibilidade do mundo cair em sua cabeça escolheu pelo desconhecido. Tenho certeza que não se arrependeu um segundo. Isso me fez ver que apesar dos anos terem passado, eu também tenho esse poder de escolha, de reação. Me fez ver que tenho muito o que viver, e que se eu tiver muita sorte na vida ainda vou me deparar com muitas situações de “certo”e duvidoso”.

Como vou escolher? Simples. Basta eu ter a certeza da dúvida.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Mood of the Day!

Como me chamaram de bruxo hoje, nada mais apropriado...

Screamin' Jay Hawkins - I Put a Spell on You

PS: Não tem vídeo, mas essa versão é a minha preferida...

DJKast #019


O programa de número 19 do DJKast traz a velha fórmula de dois blocos distintos com músicas similares. É, eu não consigo. O primeiro bloco é pra quem curte pensar na vida, sonhar ou qualquer coisa tipo EMO. O segundo é pra provar que é macho só com rap do bom. Espero que gostem.

Rolaram:

The Magic Numbers - I See You, You See Me
Aqualung - Brighter Than Sunshine
Counting Crows - Round Here (Live)
Beastie Boys - Ch-Check It Out
Jay-Z - 99 Problems
Bone Thugz-N-Harmony - Thug Luv (feat. 2Pac)
New Order - Bizarre Love Triangle
Frente! - Bizarre Love Triangle

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quarta-feira, outubro 08, 2008

Razões e Emoções


Na minha vida sempre emendei as coisas. Não necessariamente iguais porque gosto de mudança, mas nunca fui desses que consegue “deixar a vida me levar”. Gosto de estar frequentemente perguntando e respondendo. O que? Não importa, o que importa é que vejo minha vida como filme e não videoclipe. Preciso sempre estar começando, desenvolvendo ou terminando histórias. Sempre abrindo um novo parágrafo, nada de palavras soltas ou imagens recortadas.

Quando chega a hora de responder essas perguntas é que a coisa fica interessante. Sou uma pessoa contraditória, penso o tempo todo no que devo fazer com meus instintos. Por vezes acabo de supetão decretando respostas completamente racionais, meio que pelo instinto. Hein?

Independente do meu modos operandis, sempre acreditei no equilíbrio dos dois lados. Já que tenho um cérebro inteiro tenho de usar os dois lados dele. Acredito que não se pode viver loucamente, como se não houvesse amanhã, é preciso um pouco de cuidado e responsabilidade. Mas também a vida certinha e exata em que se decide qual o melhor horário para “dar uma” é insanidade.

Mas e aí, quando tem uma questão específica, como saber se deve se guiar pela razão ou emoção. Na hora de tentar, qual o maior risco? Fazer ou não fazer? Devemos nos arrepender do que fizemos ou do que não fizemos?

Dar uma resposta de efeito para isso tudo é fácil, mais fácil ainda para aqueles que conseguiram atingir maiores níveis de desprendimento, que não levam em conta as amarras que sua vida tem a de outras pessoas. Para esse tipo de pessoa basta apertar o cada vez mais popular “botão do foda-se” e fazer o que se tem vontade. As conseqüências? Lida-se com que atinge diretamente e os outros que se virem.

Infelizmente não sou assim, ainda penso nas outras pessoas, e toda vez que faço algo egoísta me sinto mal. Ainda que não veja o egoísmo como uma coisa tão ruim como pintam, sinto culpa e chamo a responsabilidade pra mim quando atender minha vontade impacta negativamente a vida de alguém.

Ainda que eu saiba que vez ou outra isso seja inevitável, como reconhecer quando vivo um caso de “vez ou outra”? Quando vale a pena arriscar um bando de gente, mudar a vida de inúmeras pessoas, por um simples sentimento meu? Que tipo de sentimento me dá a sensação de que o errado é certo?

Só posso concluir que nunca saberei isso. Farei. Acho que para me livrar da responsabilidade, do ônus das conseqüências, para emudecer minha consciência devo ser movido por uma força incontrolável. Daquelas que faz você saltar de pára-quedas, casar depois de namorar 3 meses, trocar de carro sem poder. São esses momentos impensados, que muitas vezes trazem conseqüências gravíssimas, mas também as melhores experiências de vida.

terça-feira, outubro 07, 2008

Mood of the Day!

"I feel fine and I feel good
I'm feeling like I never should
Whenever I get this way, I just don't know what to say
Why can't we be ourselves like we were yesterday
I'm not sure what this could mean
I don't think you're what you seem
I do admit to myself
That if I hurt someone else
Then I'll never see just what we're meant to be"



New Order - Bizarre Love Triangle

Já foi na The Week?


Foi assim que um homem de aparentemente 30 e poucos anos, me abordou enquanto eu aguardava o carro, saindo do trabalho.

Só entendi o que ele havia dito após retirar os fones de ouvido. Eles são responsáveis pela sobrevivência lá no Centro. Só o Noise-Cancelling salva. Mas enfim, ele me perguntou da The Week, e eu respondi que já havia ouvido falar, mas nunca havia ido e não sabia onde era. Ele insistiu e disse o nome de outra balada. Blue alguma coisa.

O que estava estranho ficou um pouco mais. Por que raios um estranho me aborda querendo saber se já fui em baladas? Respondi que também nunca tinha ido e não conhecia. Então ele me perguntou porque. Disse ressabiado e ingênuo que nunca tive oportunidade, nunca tive um porquê.

Não contente, ele me perguntou se eu tinha preconceito contra casas GLS e eu disse que não, mas também não fazia questão de construir nenhum conceito. Finalmente ele abriu o jogo e perguntou. Você não gosta de homem? Hein? Enfim entendi o que ele estava dizendo/querendo. Falei que não, não gosto de homem e ele rapidamente pediu desculpas e disse que tinha me confundido com alguém. Seguiu seu rumo rua abaixo.

Ok, após tudo isso comecei a formular teorias para entender o que tinha acontecido. Cheguei a 3 teorias.

Vamos lá:

Primeira opção: Ele realmente me confundiu com alguém.
Problema: Isso pode acontecer mais vezes.
Solução: Postar no blog para o caso de alguém ver um cara parecido comigo com outro cara saber que não sou eu.

Segunda opção: Ele inventou essa história pra saber se eu era o movimento.
Problema: Ele ficou na dúvida se eu era do movimento.
Solução: Coçar mais o saco em público.

Terceira opção: Ele olhou pra mim e achou que eu curtia o movimento.
Problema: Tenho jeito de gay.
Solução: Coçar mais o saco em público, mudar o cabelo, fazer curso de postura e nunca mais usar Jeans skinny preto com biker jacket de couro preta. Ah, e nunca mais usar os termos skinny e biker jacket.

Ser moderno não é fácil...(suspiro)...

segunda-feira, outubro 06, 2008

Eye Candy!

Para compensar o dia frio e chuvoso de São Paulo.

Scarlett Johansson

Mood of the Day!

"Swimming through sick lullabies
Choking on your alibis
But it's just the price I pay
Destiny is calling me
Open up my eager eyes
'Cause I'm Mr Brightside"


The Killers - Mr. Brightside

sábado, outubro 04, 2008

Auto-Censura


Prestes a ir para um show do Fábio Jr.(melhor eu nem tentar explicar isso), me pego com uma vontade incontrolável de escrever. Sobre o que? Um milhão de coisas, mas nos últimos dias tudo que penso ganha auto-censura automática.

E não é que esteja querendo falar de temas polêmicos, tabus, ou coisa parecida. Mas parece que tudo que penso em escrever é proibido.

De volta a solteiricie de fato, após praticamente 7 anos, minha mente e corpo fervilham de novas sensações e sentimentos. Das mais depressivas até as mais eufóricas, e quero escrever sobre tudo. Porém tenho um bloqueio sério. Ainda que acredite que após um fim de um relacionamento acabe "matando" a pessoa com quem estava, tenho (quase sempre) uma necessidade incontrolável de respeitar o "espírito"da pessoa. Não consigo simplesmente fingir que a pessoa não existe e começar a falar aqui tudo que sinto. Tudo que possa ser mal interpretado, ofensivo ou possivelmente desagradável para minha ex.

Não, não acho que ela esteja parada, vendo o mundo passar ou chorando meu luto. Pelo contrário, sei que deixar de me namorar deve dar uma sensação das melhores possíveis. Não por eu ser um pessoa ruim, mas extremamente possessivo e intransigente.

Mesmo assim, não consigo. Penso em escrever e acho que vou soar como um adolescente babaca que tem a necessidade de provar que está melhor numa disputa onde não há prêmio. Por outro lado não quero parecer um ser desolado que não vê esperança nessa nova vida. Na real todos temos dos dois tipos de sentimentos, oscilamos entre a felicidade de novas descobertas e a melancolia de um futuro paralelo que um dia pareceu perfeito.

A vida está acontecendo, não me deixou parar pra respirar, vem como uma correnteza fortíssima de uma corredeira cheia de pedras, daquelas que voc6e tem certeza que vai morrer, mas nem por isso deixa de se jogar.

Em alguns momentos caio do bote, engulo água, corto o peito em uma ponta escondida, mas quando acho que estou me afogando consigo voltar pro bote, a tempo de remar com vigor, rumo a próxima queda, que promete, só promete, ser uma das melhores que já desci.

Acho que é justo, gosto da minha corredeira, e é ela que importa pra mim. As que já passei, foram ótimas, me deram ótimas sensações e dores descomunais, mas delas só trago a lembrança da experiência, como se fosse uma foto, que sintetizasse tudo num único quadro.

A foto fica guardada na gaveta, não olho mais pra ela, tenho o suficiente na minha lembrança. Não faz mais sentido saber da corrderia, nem ela de mim.

quinta-feira, outubro 02, 2008

DJKast #018


Essa semana, em desafio ao meu Transtorno Obsessivo-Compulsivo, resolvi não pegar tema nenhum. Ainda que já sei muito bem os temas que abordarei no próximo DJKast. Mas esse não é o caso, no programa #018 (já pode beber e ser preso), estou variando razoavelmente, começando com um pouco de indie e dance que tenho ouvido muito e passando por Pop puro, afinal, se a proposta é trazer o Pop de todos os gêneros, nada mais natural.
Espero que gostem.

Rolaram:

The Ting Tings - That's Not My Name
The Killers - Shadowplay
September - Cry For You (Spencer & Hill Mix)
EMF - Unbelieveable (Ralph Jezzard Mix)
George Michael - Freedom 90'
Seal - Amazing (Thin White Duke Main Mix)
Rebecca - Solo Amante

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Como sempre, se tiver qualquer dúvida, ou quiser pedir alguma música, basta me mandar um e-mail.


UPDATE: Link para ouvir direto corrigido

quarta-feira, outubro 01, 2008

Relacionamentos...

Estava dando uma olhada no Segure Essa, blog do meu primo Alex, e li esse texto que n tem que ser meu mantra. Melhor eu acordar todos os dias e repetir para mim mesmo.

O texto é atríbuido ao Christian Pior do Pânico, não tenho certeza se é dele ou não, se for meus parabéns. Apesar de eu já ter pensado sobre cada um desses temas, ás vezes acabo me esquecendo, e nada melhor que um post assim, que cai do céu, quando você mais precisa.

Vejam se concordam:


7 Coisas que penso sobre relacionamentos (por Christian Pior)

1-Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:"Ah,terminei o namoro..."
"Nossa,quanto tempo?"
"Cinco anos...Mas não deu certo...acabou"
É não deu...'
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

2-Hoje , no alto dos meus 33 anos e tiozão, não acredito muito que os "opostos se atraem".
Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais. E sempre esta é a parte mais insatisfeita.
Acredito mais em quem tem intereses em comum. Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta, se voce gosta de cultura italiana, melhor alguém que também goste.
Frequentar lugares que você gosta ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus.
A extrovertida e o caretão anti social é complicado e depois, entra naquela questão de" um querer mudar o outro, ui..". Pessoas mudam quando querem. E porque querem. E pronto. E demora!

3-Cama é essencial!
Aliás pele é fundamental. E tem gente que é mais sexual, outras que são mais tranquilas. O garanhão insaciável e donzela sensível, acho meio estranho. Isto causa muitas frustrações e dá-lhe livros de auto ajuda sobre sexo. Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual. Cheiro , fantasias, beijo, manias, quanto mais sintonia, melhor.

4-Não acredito em pessoas que se complementam.
Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ela é carinhosa , mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso , mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

5-Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...
e se o beijo bate...
se joga...
senão bate...
mais um Martini,por favor...
e vá dar uma volta.

6-Se ele ou ela não te quer mais, não forçe a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos.
Mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem , gravidez, dinheiro, pressão de família?
O legal é alguém que está com você por você. E vice versa.
Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

7-Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsivel.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar.
Ou se apaixonar.
Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?


Via: Segure Essa

Mood of the Day!


U2 - The Sweetest Thing