terça-feira, março 30, 2010

Mood of The Day!

Moby - Mistake

Vanity Chat.


Ano passado eu participei de um programa da Fashion TV Brasil, muito bacana.

O programa se chama Lado H e trata do mundo masculino. Eles convidaram a mim e o consagrado escritor Xico Sá para discutir a vaidade masculina. Tudo isso mediado pelo gente boníssima Daniel Daibem.

Pois bem, descobri que eles disponibilizaram o programa online. Acho que ficou divertido, vejam por seu próprio risco. Elogios e xingamentos são aceitos.

Clique aqui para assistir.

segunda-feira, março 29, 2010

Cérebro S/A.

Racional X Emocional, Física X Jurídica, Id X Superego, o Anjo e o Demônio. Sabemos bem que vivemos em guerra. Dentro de nós existe o constante conflito entre o que queremos e o que devemos. A mente pode ser prudente ou demente (créditos a Marcelo Mello), mas a disputa de forças sempre existe. Sendo prático, paro pra pensar o que verdadeiramente acontece conosco.

Poderia citar milhares de exemplos diários, mas é mais fácil dizer que em toda escolha que fazemos, desde as mais simples até as mais complicadas, devemos decidir a quem daremos ouvidos. Lógica, razão, raciocínio se apresentam de um lado, com seus argumentos, dados e jurisprudências. Do outro estão a intuição, o desejo, o tesão. Armados de hormônios, reflexos e esperança. Quem é mais forte?

Como não estamos em Volcano, tenho certeza que o lado irracional na maioria das vezes vence. A razão, por incrível que pareça acaba tendo que se apoiar em medos e inseguranças para ter suas maiores vitórias. Sem dúvida, muitas vezes, diante da seriedade da decisão nos orienta ao que está amparado por coisas concretas. Mas muitas vezes, só optamos pela razão pelo simples medo de arriscar, de bancar um instinto. Algo que não tem como se explicar.

Seja lá como for, as coisas não são fáceis para os humanos. Animais irracionais seguem instintos e pronto. Nós não. Temos que conviver com a culpa das escolhas. E a culpa é de quem? Obviamente de nosso cérebro. Essa grande empresa que vive dentro do seu crânio.

Quem teve algum contato com o ambiente corporativo de grandes empresas vai me entender. Nesses ambientes, ainda que o objetivo principal seja aparentemente o mesmo, cada departamento faz o que é melhor para si mesmo. Cada setor puxa a sardinha para o seu lado. Esses interesses podem ser conflitantes, mas o presidente/CEO/Diretor tem que dar um jeito de alcançar o objetivo. Seja silenciando um dos departamentos, seja se esforçando para alcançar a tal sinergia.

Nosso cérebro é igualzinho. Você conhece uma pessoa, seu cérebro começa a trabalhar. Novo job. O departamento de instintos fala “paaatcha gostosa”, o departamento de memória diz “olha só, ela é igualzinha àquela mulher que quebrou seu coração”. Está estabelecido o conflito. E quem vai ter que botar ordem na casa? O próprio cérebro. O responsável pelas duas percepções conflitantes.

Basicamente, nosso cérebro, esse órgão magnífico, complica as coisas para ele mesmo resolver. Como as grandes corporações. Seja a Intel ou a Pixar, o conflito é inevitável. Mas sempre resolvido.

No meu caso, posso dizer que o lado da razão serve para muita coisa. Não é nulo, nem fica quieto. De maneira alguma. O lado da razão sempre está presente, me dizendo: “Eu avisei”.

Mas o irracional sempre completa com: “Mas valeu a pena”.

PS: Sem imagem ilustrativa hoje por culpa do Blogger. Humpf.

quarta-feira, março 24, 2010

10 coisas que homens podem aprender com Bond, James Bond.


- Brand yourself.

Bond, James Bond. Quem não conhece o jargão? Desde o primeiro filme até o penúltimo, o agente 007 se apresentou ao menos uma vez assim. A repetição e consistência deram o peso que o nome tem hoje. Não a imagem, o nome. Não que você deva sair falando “Batista, Josué Batista” por aí. Isso é ridículo e só deve ser usado como piada. Mesmo assim, com parcimônia, já está gasta. Mas você pode sim dar peso a seu nome. O Brasileiro não é acostumado a usar o próprio sobrenome, acho uma pena, nossas famílias trazem nosso legados e nos dá identidade. Escolha a maneira que preferir, mas dê peso a seu nome. Seja um apelido, seja priorizar um dos sobrenomes. Seja como for, escolha como se apresentar, e repita. Bond levou 21 filmes, tenha paciência.

- Seja um cafajeste de caráter.

Sendo um dos maiores mulherengos da história do cinema, você poderia pensar que o agente secreto de Sua Majestade é odiado pelas mulheres. Mas não. Ele emenda um caso atrás de outro e por algum motivo, acaba deixando saudades a suas amantes. (Se elas não morrerem, é claro). Qual é seu segredo? Honestidade. Bond nunca ilude suas mulheres, nunca promete algo que não pode dar. Ele as seduz da maneira que é, sem compromisso, sem dia seguinte. Quando elas aceitam, sabem o que vão receber. Não a toa, o britânico tem uma tendência/preferência a se envolver com mulheres casadas.

- Poucos e bons.

Pelo dinheiro que o governo britânico dispõe, 007 até que não esbanja. Ele prefere ter poucas coisas de alta qualidade. Um bom relógio (Omega), um ótimo carro (Aston Martin), uns 3 ternos (Tom Ford). Quando tratamos de consumo, James segue o mesmo padrão, tendo suas marcas preferidas, que já se tornaram ícones. Seu drink preferido é o Martini (batido, não mexido), sua champagne, Bollinger, seu caviar, Beluga. Sabendo o que é bom, nunca erra em seus pedidos, sem precisar se esforçar. Obviamente, para maioria de nós, as marcas citadas acima não fazem parte da realidade. Mas isso não é desculpa. Troque seus seis relógios meia-boca por um razoável, conheça ao menos dois vinhos bons que caibam no seu bolso para a hora que chegar ao restaurante, e assim que possível, faça um terno sob medida.

- Prepare e conquiste

Ao querer conquistar uma mulher, seja pela primeira ou centésima vez, se prepare para tal. Bond sempre está passos a frente. Geralmente conhece o gerente, reservou o quarto e se vacilar até comprou um vestido para a pretendida. Isso diminui as partes burocráticas de um programa, fazendo com que tudo aconteça como mágica. E quem não se encanta com mágica? As reservas são fáceis, mas tente conhecer sua pretendida. Que tipo de comida ela gosta, qual seu tamanho, é fumante? Preste atenção nos detalhes, toda mulher gosta de saber que você está prestando atenção.

- Não se renda a modas.

Não importa se tenha defeitos, não importa se existam mais novas, James nunca se separa de sua pistola Walther PPK. É sua preferida e ponto final. Se você sempre gostou de botas de caubói, use-as, estando na moda ou não. Obviamente com bom senso, nada de sair por aí de bermudas e botas. Mas se esse é seu estilo, banque-o, e todos respeitarão.

- Fale inglês (e todas outras línguas que puder)

Claro, ele fala inglês porque é inglês. Bem, pense assim, você já saiu na frente, fala português que é muito mais difícil de aprender. Bond não é preguiçoso, fala inúmeras línguas, e isso só o faz conhecer mais. Línguas. O bônus com as mulheres é muito bem-vindo, mas não é só para isso que ele as usa. Falar russo, alemão, francês etc, já ajudou o agente em diversas missões. No nosso caso, trabalho. Se um dia cruzar com um potencial cliente da França e souber o idioma, é certo que você sai na frente.

- Faça o que ama.

Você já viu Bond sair de férias? Claro que não, seria um filme pornográfico. Mas se repararmos, constantemente, “M”, chefe do agente, o manda descansar e o que ele faz? Trabalha. E qual a razão disso? Por que ele ama o que faz. Prazer e trabalho são sinônimos para ele. E assim deve ser para nós também.

- Não se case

Sério, não se case se não tiver certeza absoluta que isso funcionará para você. Bond sabe que nunca poderia ter um relacionamento sério pela natureza de sua profissão. Seu amigo, agente da CIA, Felix Leiter, se casou. O que aconteceu? Mataram sua noiva no dia do casamento. Ainda que não seja seu caso (eu espero), só case se estiver preparado para isso. Nunca por pressão.

- Beba, não fique bêbado.

Ok, essa eu sei que é difícil. Mas comecemos assim então. Não fique bêbado em encontros. Bond é um bon vivant, bebe sempre, mas nunca fica bêbado. Nunca perde a linha. Ficar alegre é ótimo, você perde inibições, fica mais solto. Mas passar do ponto é feio e dolorido (no dia seguinte). Se não é fácil fazer isso com seus amigos, faça quando junto de mulheres. Você pode achar que não, mas elas percebem. Claramente. Agora se ela estiver bêbada, fique a vontade, encha a cara, mas nunca passe do ponto em que você não conseguiria cuidar dela se necessário. É o que diz a etiqueta alcoólatra.

- Entre como se fosse dono do lugar

São inúmeras a características que construíram a imagem elegante de James Bond. Muitas são óbvias, outras nem tanto. Uma delas é a segurança. Bond nunca aparenta insegurança, nunca está perdido. Quando Bond entra em um lugar, entra como se fosse o dono. Não é arrogância, é postura, saber andar. É mostrar que sabe sempre o que está fazendo. Seja a coisa certa ou errada. Foi uma escolha sua.

Antes que alguém diga que é fácil aparentar essa segurança sendo atraente, bem vestido e rico, assista a cena abaixo.



UPDATE: Como foi muito bem apontado pelo meu amigo Leopoldo. Bond se casou no filme "On Her Majesty's Secret Service". Bem, além de eu não contabilizar esse filme por ter sido estrelado pelo sofrível George Lazenby, adivinha o que acontece com sua mulher?

UPDATE 2: A pessoa que me alertou para a cena incluída nesse texto foi o Laganaro. Props para ele.

sexta-feira, março 19, 2010

Guerra dos sexos.


Nenhum homem presta, toda mulher é puta. Mesmo gente? Ainda com esse papo? Tudo bem que a guerra dos sexos existe desde sempre. Elas reclamando que não levantamos a tampa, nós reclamando da mãe delas. Ok. Os problemas existem mesmo, sem dúvida. Mas é tudo por uma boa causa. A mesma diferença que enriquece tanto nossos relacionamentos traz os conflitos. Acho que todo mundo concorda com isso.

Que tal então pararmos de apontar o dedo na cara do outro falando que a culpa de tudo de errado no mundo é responsabilidade do sexo oposto? Relacionamentos são bons exemplos disso. Quando acabam, ambos os envolvidos, muitas vezes saem crucificando o antigo cônjuge, como se toda e absoluta culpa do fim da relação fosse do outro. Alguém acredita, de verdade, que uma pessoa só tem todo esse poder? Se você acredita, tem sérios problemas de percepção da realidade.

Convenhamos pessoal, fomos nós que causamos tudo isso. Talvez não diretamente, mas ambos os sexos. Um reagindo ao outro, chegamos ao momento atual. Banalizamos as relações juntos, nos tornamos menos tolerantes e valorizamos mais nossas individualidades.

Apesar de termos tido a melhor das intenções, erramos em algum momento, e agora temos que consertar. Nada de “as mulheres precisam” ou “os homens tem que”. Todos nós temos que dar um jeito nisso. Mulheres, nem vocês sabem direito o que querem, parem de exigir que nós saibamos. Homens, se vocês acham que nenhuma mulher se dá valor, comece você a mudar isso.

Não vou nem começar a falar sobre a competição de superioridade ou igualdade. Não, mulheres não são superiores a homens e vice-versa. Mulheres são melhores em umas coisas, homens em outras, é por isso que faz tanto sentido ficarmos juntos e não apenas sairmos trepando em qualquer canto, sem ao menos saber nossos nomes. Nós queremos mais que isso. Merecemos mais que isso. Me recuso a acreditar que não tenhamos evoluído ao menos pouquinho dos nossos ancestrais moradores de cavernas. Os instintos, eu concordo, são os mesmos. Mas não gostamos tanto de bater no peito e falar de nossa civilidade? Então, botemos em prática.

Agora pelo amor de Deus. Parem de reclamar e façam alguma coisa. Não encontra o cara ideal, ok, não é fácil, mas pense se não está procurando nos lugares errados. Pense se o ideal é realmente o que você precisa. Analise se relacionamentos precisam fazer esse sentido todo. Se pergunte se não está procurando homem como quem compra um computador. Não são especificações que farão um cara ser bom pra você. Mulher nenhuma presta? Sério? Então você é um lixo que atrai apenas mulheres que não prestam? Acredita mesmo nisso? Não acha que simplesmente não era pra ser? O mundo mudou, elas agem como nós, se elas não prestam, você também não presta.

Enfim galera, estamos juntos nessa e queremos, de verdade, continuar juntos. Um mundo em que só convivemos com o mesmo sexo não é interessante nem pra quem gosta do mesmo sexo. Tá difícil? Pra caramba, mas confio em nós, e conto com vocês para, aos poucos, irmos chegando a um acordo. Mesmo por que, o sexo depois de uma briga é imbatível.

quarta-feira, março 17, 2010

10 coisas que homens podem aprender com as mulheres.


- Não lave o cabelo todos os dias.

Não, não é falta de higiene. Ao contrario de nós homens, nem todas as mulheres lavam os cabelos todos os dias. Algumas para não estragar a escova, outras por que o cabelo demora muito pra secar naturalmente, o que as levaria a ter que usar secador sempre. Mas o fato é que nossos cabelos tem uma oleosidade natural. Veja bem, natural. Assim como a pele, não deve ficar nem muito seco, nem muito oleoso. Lavar os cabelos todos os dias pode deixar a cabeleira seca (por mais contraditório que pareça), assim, caso já seja seu problema, mais seco ainda. Experimente dia sim, dia não. Se seu cabelo não for oleoso demais, é claro.

- Dress for the part

Mulheres, invariavelmente, prestam atenção no que vestem. Não saem por aí de qualquer jeito. Por mais “largada”que seja, ela escolheu sair daquele jeito. Então, mesmo que você não seja das pessoas mais ligadas em moda , escolha a roupa de acordo como quer aparecer. Se tem ambições em ser presidente da empresa, se vista de acordo, e não ouse colocar a culpa na falta de dinheiro. O que conta é a atitude e postura, não a marca.

- Tagarele

Sabe quando estamos com uma mulher e percebemos que ela está contando a história de sua vida para a vendedora da loja? Então, elas são assim, se comunicam. Mesmo as mais reservadas não resistem a um papinho, mesmo que com estranhos. Não é em toda situação, não são todas, mas é de sabedoria universal que as mulheres falam mais que os homens. Então comece a falar também, brinque com a atendente da padaria, dê mais que um bom dia ao porteiro, fale sobre qualquer coisa. Mas fale. As pessoas se lembrarão mais de você e lhe serão simpáticas.

- Mije sentado

Não, não sempre. Mas assim, se você está num encontro, com uma calça khaki por exemplo, não vai dizer que não fica com medo de deixar resquícios de sua ida ao banheiro na roupa. Acidentes acontecem, afinal, sabemos muito bem que não somos mestres em pontaria. Eu repito, não torne isso um costume, é ridículo, mas em tempos de desespero são necessárias medidas desesperadas.

- Sem gases na frente do sexo oposto

Peidar e arrotar, essas instituições masculinas, podem ser engraçadas e demonstrações de macheza entre os seus, mas nunca os faça na frente do sexo oposto. Afinal, nós sabemos que as mulheres também fazem isso, (do contrário explodiriam) mas nunca na nossa frente. Ao menos não de propósito. E aqui vai uma dica grátis, se estiver na cama acompanhado e isso acontecer por acidente, finja que está dormindo, daí você não tem culpa.

- Seja (na medida do possível) dono de seus impulsos sexuais

Sabemos bem que não decidimos nada. Elas decidem nos beijar, elas decidem transar. Nós só temos que proporcionar as melhores condições possíveis e estarmos prontos pra ação. Pois bem, homens também podem fazer isso. Nesses novos tempos nos deparamos com situações em que a bola vai parar na nossa quadra, e temos a opção de beijar ou transar. Eu sei, é difícil, mas muitas vezes devemos pensar direito no que estamos fazendo. Aquela mulher que está ali, implorando por um beijo seu pode ser a melhor amiga de um caso seu, aquela outra, te convidando para “dar uma” numa quarta a noite, pode ser caso do seu chefe. E você sabem bem que o prazer proporcionado por essas situações é precoce.

- Dê opinião

Mulheres elogiam (muito mais) e criticam os outros. Elas falam como seu cabelo novo ficou bom e deixam claro quando você está ridículo. Ainda que nem sempre possam ser honestas, estão constantemente ajudando os outros a ter uma perspectiva diferente sobre si próprios. Nós homens podemos fazer isso também. Espero que já saiba o quão importante é elogiar uma mulher. Se for criticar, tenha bastante cuidado, elas são frágeis. Aproveite e faça o mesmo com outros homens, larga de ser fresco e elogie a camisa de um, o sapato de outro. Um elogio recebido melhora o dia de qualquer um. Lembre-se, o que faz o cara ser “viado” é gostar de fazer sexo com outros homens. Se você não gosta, pode ficar tranqüilo. Se gosta, não tem problemas em elogiar ninguém.

- Unhas limpas

Não é manicure, não é esmalte, não é pedir demais, mantenha suas unhas limpas.

- Atrase o prazer

Na cama, não vá com tanta sede ao pote. Apesar das coisas serem bem mais simples para nós chegarmos ao orgasmo, não nos limitemos por esse detalhe. Quanto mais tempo demoramos para chegar “lá”, melhor é o grand finale. Larga de ser preguiçoso e pouco atencioso. Chegar “lá” ao mesmo tempo não é fácil, mas é recompensador.

- Assista Sex and the City

Eu sei que é um seriado de “menininha” e tal. Eu sei que as poucas vezes que assistiu, te despertou aquela sensação de “essas mulheres são loucas”. News Flash! Elas não acham. Muitas “loucuras” das protagonistas são exatamente o que as mulheres pensam ou fazem. Por mais que não seja sua praia, fará você entendê-las melhor. Se for difícil, se apegue ao Mr. Big, personagem que é par romântico da protagonista. Ele é o cara.

* Nota: Em minha pesquisa para esse texto, várias mulheres citaram o velho problema do vaso sanitário. Algumas reclamações sobre pontaria, outras sobre não levantar a tampa. Apesar de não ser tecnicamente uma coisa que possamos aprender com elas, achei que valia a nota. Bem, levantar a tampa é o mínimo né povo, nós – ressalto mais uma vez – não somos os mestres da mira. Se com a tampa levantada já erramos de vez em quando, imagina com o buraco menor. A pontaria, bem, tente conhecer seu instrumento, saiba se ele tem uma tendência de desalinhamento, isso o ajudará a corrigir a trajetória. Em casos extremos, já sabe, medidas desesperadas podem ser tomadas.

segunda-feira, março 15, 2010

A mediocridade das relações amorosas.


Foto Originalmente daqui.

Medíocre, segundo o dicionário, é tudo aquilo que é “mediano, ordinário, insignificante, vulgar, sem mérito” e por aí vai. Bem, o dicionário falha em precisar a definição. Afinal, no meu entendimento, nem tudo que é mediano é insignificante. Principalmente aplicado às relações pessoais.

Desde que minimamente consciente, todas as relações amorosas que tive na vida foram significantes. Dos grandes desastres (quando a beijo, parece que estou beijando minha irmã) aos grandes sucessos (nossos filhos vão se chamar...) todas tiveram algum impacto em minha vida. Obviamente, os extremos acabam marcando mais nossas vidas. São os picos do que consideramos sucesso ou fracasso em nossos relacionamentos. Porém, se você não é uma daquelas pessoas que só “namora sério”, sabe que ao longo da vida vivemos muito mais relacionamentos medianos que extremos.

Baseados na história de que nunca sabemos aonde um primeiro passo pode nos levar, acabamos fazendo inúmeras “caminhadas” que não chegam rigorosamente a lugar nenhum. São os relacionamentos medianos, ou medíocres, que por uma razão ou outra não funcionam da melhor (nem pior) maneira possível.

A pergunta que tenho me deparado é: Relacionamentos medíocres valem a pena? Se não tem total entrega, cumplicidade e compromisso. Ainda valem a pena ou são apenas perda de tempo? Melhor ficar sozinho? A minha impressão é a de que não. Mas só falo isso porque odeio responder perguntas com “depende”. (Ainda que na grande maioria das vezes, realmente dependa).

Em certos momentos da vida simplesmente cansamos da mediocridade. Cansamos da superficialidade, dos jogos, do “ter sem ter”. É tudo ou nada, branco ou preto. Não enxergamos valor em algo mediano e optamos por nos bastar. Ainda que nunca consigamos nos bastar de verdade. Pode ser impaciência, pode ser o nível alto de exigência ou intolerância. Mas de alguma maneira, a média não é bom o suficiente.

Se estamos num momento desses, não existe argumento que nos faça mudar de idéia. É pura questão de timing. Só o tempo ou a sorte podem mudar a situação. Mas quando estáveis, abertos, crentes, devemos investir numa relação medíocre? Devemos gastar nosso tempo com algo que muito provavelmente não vai te levar aonde planeja chegar? Eu acho que sim.

Sabemos muito bem que o destino de vida planejado muda constantemente. Pelo caminho vamos nos encantando, transformando e de repente nos vimos num lugar completamente diferente de onde queríamos chegar inicialmente. E damos graças a deus por isso.

Esse é o valor do relacionamento medíocre, ele é o desvio, o atalho, a estrada mais longa com vista pro mar. Não serve necessariamente para nenhuma meta traçada, mas não deixa de ter importância na viagem. Tanto podemos sofrer um acidente quanto encontrar uma praia virgem (sem trocadilho). É um risco, claro, mas tem significância sim, e o melhor, podemos mudar de estrada a hora que quisermos. Podemos fazer o retorno, pegar uma saída ou apostar para ver até onde vai.

Whatever works. Esse é o titulo do filme que assisti neste final de semana. Em português seria “Qualquer coisa que funcione”. Na obra de Woody Allen, o protagonista prega o mantra, “qualquer coisa que funcione”. Qualquer coisa que funcione, que te faça feliz e não faça mal aos outros vale. Nesse caos do acaso, aproveitemos qualquer coisa que funcione, pelo tempo que for, e nos bastemos com esses momentos.