quarta-feira, maio 24, 2006

Caso ou compro uma bicicleta?

Minhas dúvidas na vida ficam cada vez mais esquisitas.

Estou com um dinheiro na mão e não sei se compro um Terno ou um Forno Elétrico.

Tem problema ambas opções me deixarem muito feliz?

sexta-feira, maio 19, 2006

Sim Senhora!

O que, anos atrás, poderia ser considerado heresia, contravenção ou até viadagem em países mais rigorosos, é cada vez mais normal. Sem precisar se travestir na frente dos amigos, como faziam os homens que sempre tinham a ultima palavra em casa (sim senhora), os machos estão cada vez mais botando as asinhas de dentro. Seja na escolha da cidade onde moram ou na balada de sábado os homens decidem muitas vezes suprimir suas vontades no intuito de agradar as amadas. Livres da obrigação de serem os chefes da relação, os homens muitas vezes deixam as mulheres tomarem as rédeas da situação.

Dos submissos podemos destacar dois grupos. O primeiro, mas não mais importante, é o grupo dos maleáveis. Estes, também chamados de “tantufaz” não ligam em ceder as suas vontades já que qualquer paixão os diverte. Sabem que se incomodarão menos do que a parceira em fazer o que não tem vontade. Por isso prontamente se dispõe a abdicar de suas vidas em favor das delas.

O segundo grupo engloba aqueles que não tem opção. São submissos porque é isso que podem ser. São freqüentemente chamados de “frouxos”, o que é uma inverdade visto a situação em que ficam quando acham que a mulher não vai gostar de algo que fizeram.

O ideal, como sempre parece ser inatingível. Nós que temos personalidade para exigir o que queremos temos que manter nosso direito, ao mesmo tempo saber que ir para o bar com os amigos no aniversário de 10 anos de namoro não é das coisas mais agradáveis a se fazer. O equilíbrio dá a relação a dose certa de respeito e individualidade que os dois participantes (ou quarenta e sete se você é um sultão do Oriente Médio) precisam para manterem-se mentalmente saudáveis. Nós temos que saber quando ceder e ao mesmo tempo não nos aproveitar da submissão delas. Tarefa fácil já que temos um histórico longo a despeito de tal posição.

Já as mulheres não conhecem o contrário, tudo isso é muito novo pra elas, historicamente falando. Para elas só deixo um conselho, não faça como o PT, se chegarem com muita sede ao pote derrubarão tudo e a sujeira pode ser difícil de limpar.

sexta-feira, maio 12, 2006

A ferramenta certa

Nada como relembrar nossos ancestrais quando temos um problema e assim superarmos com méritos unicamente próprios os obstáculos que a vida nos traz. O macho pré-histórico não tinha delivery, nem visita do técnico. Quando muito um bichinho morria em frente a sua morada e olhe lá. Mas nada além de um esquilo mal nutrido ou uma tartaruga cascuda. Superficialmente as necessidades obviamente mudaram, mas no fundo o que queremos quando ligamos pra pizzaria é a comida. O homem pré-histórico, não conhecendo o serviço de entrega, ou apenas não sabendo do imã de geladeria promocional, no mundo de hoje teria que sair de casa, ir pulando até o estabelecimento, quebrar a porta de entrada, quebrar alguns ossos dos humanos que estivessem na espera, bater com a clava na cabeça do pizzaiolo e arrastar a redonda até em casa. Nós sabemos que isso é um desperdício de energia. Porém existem circunstâncias em que a situação se inverte. Precisamos nós mesmo fazer o serviço sujo. Como? Fácil! É só ir até uma “mega store de construção”.

Nos serviços de casa estamos muito bem cobertos por tais lojas. Em São Paulo, por exemplo, existem uma porção delas, que vendem os mais diversos aparatos para a resolução de problemas domésticos. Não pense no entanto que são lojas comuns. Falamos de aqui de hangares de material: tampas de privada, sifões, espelhos de tomada, prateleiras e “Tês”. Ou benjamins. Na primeira vez que entrei numa dessas, tive certeza que errei em não dizer “Eu te amo” pra minha namorada na última ligação. Com certeza nunca mais sairia de lá vivo e que uma vez no meio daquelas gôndolas, o celular não teria mais recepção. Porém, para meu alívio, em um lugar coberto de profissionalismo e técnica não poderiam faltar técnicos profissionais. Estes, além conhecer cada pecinha de seu estoque também podem lhe indicar aonde ir e como não se perder. Estão prontos a te atender a hora que for – algumas “mega stores” funcionam 24 horas por dia. Portanto, deu uma dor de barriga durante a noite e não ficou satisfeito com o desempenho do vaso, é só correr pra lá.

Dia desses recorri a essa maravilha. Não ao vaso. Ou melhor, ao vaso também, mas prefiro não falar de tal assunto. Fui até uma dessas lojas. Um dos técnicos me ajudou a achar o setor de prateleiras. Após passar por três navios aparentemente naufragados e todos os personagens de Lost (que não me surprenderam em estarem lá), peguei três prateleiras de madeira, brancas, fixadas por três grossos pinos, de ferro, que por sua vez eram fixados por dois parafusos cada. Fácil.

Quando comecei a instalação percebi que precisaria de ajuda. Independente de ser um macho moderno que respeita seus ancestrais, reconheço quando não sou capaz de executar um serviço sozinho. Era um pouco mais complicado do que parecia. Tábuas de um metro e meio de largura não são fáceis de se segurar sozinho. Era um trabalho para dois. Um executava e o outro coordenava. “Isso, assim, continua, mais força.”. Gritei bastante. Após 1 hora e meia de trabalho duro e quatro reclamações por barulho incabíveis num domnigo, os nove pinos estavam fixos. O trabalho de encaixar as prateleiras ficou para mim. Três furos, três pinos, é só encaixar.

Infelizmente, não foi assim, o fabricante não especificou que a distância dos pinos tinha que ser exatamente igual a dos buracos, afinal o que são dois centímetros de diferença? Mas tudo bem, vou na loja e resolverei isso como um homem: chamo um técnico profissional e trago ele pra casa. Nem que seja a tapa.

* Texto publicado na Revista Absoluta de Abril 2006

quarta-feira, maio 10, 2006

Brinquedos.

Os lançamentos do ano no mundo dos video-games prometem. As melhorias em gráficos e jogabilidade são certas. Porém os protagonistas da vez são os joysticks.

Tanto o "controle" do Nintendo Wii como o do Playstation 3 trazem uma grande inovação na maneira de se jogar. Ambos possuem sensor de movimento. Este por sua vez faz com que a movimentação por si só do joystick de um lado para o outro, independente do acionamento de botões, possa comandar os movimentos na tela.

Ou seja, até que enfim virar o controle pro lado quando se quer fazer uma curva no jogo de corrida vai servir para alguma coisa. Só faltam agora botões com sensibilidade de pressão.

quinta-feira, maio 04, 2006

Justiceiros.

Na época da criação, Deus, ainda jovem, empreendedor e intuitivo, achou que seria legal criar o homem em duas versões. Um com “didi” e a outra com “dada”. Estas duas versões popularmente conhecidas como macho e fêmea, tem como elo de ligação maior seu encaixe perfeito. O didi entra na dada pra fazer bebê. Ou não. Deus teve a feliz idéia de colocar prazer nessa relação, sem imaginar nos problemas que isso ocasionaria. Foi enfim, inconsequente. Jovens.

Um dos problemas surgiu quando pela primeira vez, Eva disse que estava com dor de cabeça e Adão se viu ali deitado, ou de pé, não se sabe ao certo, as escrituras são confusas. Enfim, não demorou muito para Adão improvisar, e percebendo que daquele mato não sairia cachorro, muito menos periquita, inventou a masturbação. Nome científico para tocar uma bronha, mandar um cinco-contra-um, fazer justiça com as próprias mãos ou simplesmente bater uma.

O legado deixado para os homens solitários do mundo foi imensurável. Poucos feitos na humanidade tiveram tanto valor e importância. Quando digo solitários não digo apenas os que não tem cônjuge. Me refiro sim, a homens momentaneamente sozinhos. Ás vezes por um motivo qualquer, uma lembrança, um programa de TV ou o inquietante e surpreendente grito da vizinha dispara a necessidade do macho se “didivertir”. Basta realmente isso, ainda que as mulheres fiquem indignadas é real. Como é possível se animar tanto com tão pouco. Não sei, mas basta um segundo e já estamos prontos. Ironicamente, esta é uma qualidade a qual não podemos controlar, o que por vezes causa um certo desconforto.

Não tem como negar, homens se masturbam. Sempre. Estejam namorando ou não. Ainda que a freqüência seja ínfima, comparada aos seus 13 anos, a atividade tem extrema importância na vida do Macho Moderno. Seja para se desestressar de um longo dia de trabalho ou para se preparar para uma noite inesquecível. A atividade tem faculdades relaxantes capazes de curar até bico de papagaio, dizem especialistas. O benefício do treinamento é evidente, se efetuado algumas horas antes do ato sexual fará com que a mulher peça mais. E o homem consiga dar.

É bom deixar as coisas claras, transar e se masturbar não ocupam o mesmo lugar, um não substitui o outro, um movimento de mão não é um coito. Apesar de proporcionar sensações similares tem características totalmente diferentes. A transa é como o tênis, os participantes interagem, se esforçando menos, ou mais, dependendo da disposição. Cada partida é diferente da próxima, tem dias bons e ruins. Já a masturbação é como jogar squash sozinho, geralmente se bate a bolinha na parede até a exaustão, ou como se diz comumente, bota-se a língua pra fora.

Então, homens, continuem assim, faz bem e não traz pêlos às mãos, mulheres aceitem, melhora a performance sexual e evita chifres. Esse é um direito dos homens, e temos que lutar por eles, nem que seja com as próprias mãos.

terça-feira, maio 02, 2006

Consistência

Não me aflige o fato da vida endurecer cada vez mais.

O que me preocupa é o ponto de estresse da dita cuja.