terça-feira, outubro 30, 2007

Tim Experience



A foto aí em cima não eh das melhores, mas fazer o que se foi nela que posso provar que estava no Tim Festival. Afinal, se não tivesse o escrito ali atrás poderia colocar qualquer foto em que estivesse em uma grande aglomeração de gente. Ou até chamar um povo na rua pra servir de figurante.

Bem, essa foto aí foi tirada por volta da 1 hora da manhã do domingo para a segunda. 28 pra 29 de outubro. Era a hora que os Killers deveriam estar entrando no palco. Entraram, mas foi 3 horas depois disso. Como diria meu amigo Rafa que também estava lá: Ô Luta!

Esse aí na foto é meu brother Fabio. Ele é meu amigo, já foi sócio, cunhado e até já fomos no motel juntos. Ok, não deveria ter falado isso, é que, estávamos...tinham duas...é...bem...deixa pra lá. Bem, por isso tudo ele tinha o perfil perfeito para ir nesse show. O detalhe é que ele conhecia de todas as bandas juntas no máximo ums 5 músicas. Além de ser menos acostumado do que eu a shows.

Chegamos ás 21:30 com o intuito de encontrar o show da Bjork já no fim. Não contava com o atraso, que nos custou ouvir aquela maluca cantando no palco. Me desculpe quem gostou, mas Bjork é um som para ouvir em casa no escuro, ou sobre o efeito de drogas pesadas. Não dá pra falar que aquele bando de barulho (ok, pode ser diferente, original, revolucionário, mas é um bando de barulho) agita uma pista com 20.000 pessoas. Muita gente concordava comigo, até demais pois a fila pra pegar pizza estava insuportável.

Sobrevivemos, mais uma pausa enorme e a primeira ida ao banheiro. Ahhhh, banheiros quimícos. Acho que para os homens uma árvore seria mais higiênica do aquelas caixinhas. Coitadas das mulheres, nem imagino como elas se viram naquilo.

Começou o show da Juliette and The Licks. Musicalmente mal conhecia a moça, mas acho que foi uma das melhores atries/cantoras que vi. Bem doidinha, mas num nivel normal. Até que agitou.

Mais uma pausa, mais cervejas, mais fila, mais banheiro. Dessa vez teve um plus. Uma japonesinha de um metro e vinte me pediu ajuda para achar sua amiga. Lilian. Gritei mas ela não apareceu, acho que não estava lá.

Chegram os Arctic Monkeys, eu quase tinha ido embora, se náo fosse por um canto com umas mesas para sentar e acesso a internet não conseguiria. Ainda bem que consegui. O show foi muito bom, acho que foi o que mais me animei. Som muito bom, já gostava e comecei a gostar mais ainda. Ao ponto de ouvir o dia inteiro.

Última pausa. Mais cerveja (blé), sem pizza, mais banheiro (dessa vez decidi, chegando em casa ia botar fogo na barra da minha calça e no meu tênis, impossível ficarem limpos de novo), mais japonesa, me pediu ajuda como se nunca tivesse me visto. Gritei de novo, só por desencargo, realmente a amiga não estava lá no show. Gritei alto.

Finalmente, 4 hrs da manhã e os "Matadores"entraram. Sam's Town! É nesse momento que vc esquece a pizza gordurenta, a cerveja quente, a perda de sentidos momentanea duas horas antes e a barra da calça. Sem saber como me pus a pular com uma empolgação de 4 da tarde. Muito bom, show eletrico, ouvi Mr. Brightside e corri para fugir do transito do estacionamento.

De longe escutei For Reasons Unknow. Era o que ia apelar por faltar no trabalho na segunda.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Arigatô Acelga!


Meus hábitos alimentares são estranhos a muitas pessoas. Já definido muito sabiamente por alguém como Menu Kids. Isso mesmo. Tenho o paladar de uma criança e não tenho vergonha disso. Porém não é por opção, queria fazer esses pratos bonitos e coloridos e que as nutricionistas indicam. Só que não desce.

Quando era pequeno era pior. Não gostava de nada. Mesmo. Tomava Sopa de Legumes da minha mãe por obrigação, entupida de queijo ralado é claro. Fora isso o máximo que eu chegava do "natural"era batata e mandioca. Fritas é claro.

Se me perguntassem se eu gostava de qualquer coisa logo respondia que não. Mas 99% das vezes eu nunca havia experimentado. Mas sabia. Depois de grande essa teoria não colava mais. Dai comecei a experimentar. Não lembro de 5 coisas que tenha experimentado achando que era uma merda que não fosse. Deve ser por causa dessa história de que o olfato representa 60% do paladar. (O que me faz crer que o paladar não um dos cinco sentidos de verdade).

Enfim, não desisti ainda de provar as coisas que acho horriveis. Por isso nos ultimos 4 dias cometi duas grandes afrontas a mim mesmo. Me agredi. Me puni talvez. Comi Salada e Japonês. Antes tivesse comido Chinesa, pelo menos soaria melhor.

Começando pela salada. A oportunidade surgiu por ter ido almoçar com um amigo num restaurante chamado "Moema Natural", sabia que coisa boa não poderia ser. Já se fosse "Moema Conservantes", ou "Moema Acidulantes" saberia que era meu lugar.

Montei meu prato com Salsão com Erva Doce, Agrião (eu acho), Arroz Integral com alguma coisa que eu tinha esperança de ser batata palha (bobinho), cenoura, bolinhos de soja e um pãozinho de linhaça. Tanta coisa diferente deveria aumentar minhas chances de gostar de algo. Nhé. Tudo ruim, no máximo fiz uma escala de menos pior para o horrorível, como diria meu pai. Sendo o Bolinho de soja o menos pior e o Salsão com Erva-Doce o horrorível.

Pulando para o Japonês. Ja havia experimentado uma vez. Sashimi, peixe-prego e salmão. Salmão ruim, peixe-prego "pelo amor de Deus me passem uma Coca-Cola". Mas entendi que Japonês é quem nem maconha. Pra saber os efeitos de verdade tem que experimentar mais de uma vez. Por isso á fui eu provar mais uma vez. Peguei 3 sushis diferentes e novamente um sashimi de salmão. Tinha um peixe branco lá mas preferi não arriscar. Como plano B coloquei umas coxinhas no prato também. Que comidas de palitinho se tornam Coximakis.

Posso dizer que tive uma boa impressão. Todos desceram razoavelmente bem. Acho que dessa vez "bateu". Mas nada fantástico ainda. Só o suficiente para provar uma vez. Pois entre os uramakis e futomakis ainda prefiro o meu coximaki.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Dignidade




Não tinha jeito, um dia ia acontecer. Afinal faz uns cinco anos que vou lá. E esse momento foi chegando aos poucos. Um dia uma velhinha, outra a mãe de alguém, até uma ex-namorada. Um dia uma mulher da minha idade me veria naquela situação. Não, ninguém me viu no Trianon trabalhando de michê. Foi fazendo amaciamento no cabeleireiro mesmo. Lá se foi minha dignidade.

Estava desprevenido, lendo uma revista qualquer de fofoca (as 45 celebridades mais bem vestidas), Johnny circundava a cadeira passando uma pasta nada cheirosa nas madeixas até então exageradamente enroladas. O Avental preto escondia minha gravata, o que poderia muito bem me dar o mínimo de virilidade naquele momento. Mas não. Nada aliviava minha situação. Nenhuma mulher me ligou, nenhum amigo chamando pra jogar bola, nem coçar o saco eu podia.

Ela era uma loira alta, recém chegada do Caribe. Tinha vindo retocar as mexas ao que parecia e aproveitaria para fazer a sobrancelha, digna. Não eu. Nesse dia em especial estava fazendo o amaciamento que faço dois dias por ano. Nos outros apenas corto, como um homem pode ser visto sem problema. Não era essa a situação. As coisas pareciam que não podiam piorar.

Ingênuo. Fui pro lavatório e obviamente sentei do lado dela. Nada de ninguém me ligar. Geralmente quem lava meu cabelo é a nariguda andréa. Nariguda no bom sentido. Mas nesses dias especiais quem lava é o próprio Johnny, ou seu assistente Ary. Johnny, é um cara super legal, como a maioria dos cabelereiros que conheço é gay, e como a maioria dos gays que conheço sabe conversar e é culto. Portanto, sem problemas com ele. Mas isso não faz eu apreciar suas mãos nos meus cabelos. Nunca gostei, acho que sou machista nesse sentido, nunca faria massagens com um homem como os jogadores de futebol fazem por exemplo. Mas cortar o cabelo tudo bem, não tem jeito, eles são especialistas. Que me perdoe meu antigo barbeiro. Valmor.

Voltando ao lavatório. Johnny passou o resto das melecas que tinha pra passar nos fios agora bem mais retos, e quando passou o controle para Andréa a caribenha voltou para a cadeira. Inferno.

Depois de aproveitar uma massagem capilar de mãos femininas voltei a cadeira. O cabelo escorrido (fica assim só por alguns minutos, logo se revela, ainda que mais timidamente, sua descendência Afro) cai no rosto e pareço um vocalista de grupo Emo, o que não ajuda muito minha situação. Johnny faz sua mágica, o cabelo fica bacana, penso que valeu a pena toda a humilhação, mas ainda voltarei para casa com o orgulho ferido.

Na última lavagem antes de ir embora me encontro novamente com a caribenha no lavatório, não para de falar, sua voz estridente domina o ambiente, me fazendo imaginar como ela vai tirar barato da minha cara com as amigas, mas aos 45 do segundo tempo Johnny corre para me salvar. Meio de longe ele faz um sinal para a moça, que se faz de desentendida. Obrigando ele a verbalizar o gesto.

- Carol, e o Buço? Vai depilar?

segunda-feira, outubro 22, 2007

Espelho, espelho meu...



Troquei uma idéia com o espelho e a conclusão foi a seguinte. Meu espelho só tinha uma coisa a me dizer.

"Larga de ser bicha!"

Entendi o recado!!!

sexta-feira, outubro 19, 2007

Eu e meu espelho

Estou ausente, eu sei queridos 4 leitores. (Eram 7 mas 3 abandonaram depois dessa pausa). Não sem razão. Deixa eu me explicar.

Desde que comecei o Módulo 2 da Vida de Margarina minha vida pessoal tem passado por uma gigante reviravolta. Uma das coisas mais importantes da minha vida se encerrou depois de 3 anos e 2 meses, e isso não é fácil pra ninguém. Principalmente quando você não sabe o porque. A sensação é de que as coisas nunca vão ser resolvidas direito. Mas depois de horas seguidas de reflexão e conversa percebemos que só o tempo pode consertar isso mesmo.

Na nova vida solo, ainda estou me achando, fui pra balada, bar, fiquei em casa, fiz de tudo. Mas nada me convenceu. Não sei quem sou eu sozinho. Namorei por 5 anos e meio praticamente na seqüência, comecei com 22, nunca fui adulto de verdade e sozinho. Isso tem mexido bastante comigo, tanto na vida pessoal como na profissional. Na pessoal sou uma bagunça, comportamento bi-polar a todo tempo. Na profissional me falta foco e comprometimento. Ou seja, não ando fazendo nada direito.

Por isso, nesse final de semana resolvi fazer uma terapia de choque. Vamos para a praia, meu espelho e eu. Seguindo as idéias do livro não publicado (por opção) do meu amigo Marcelo Mello, vou encarar a mim mesmo para ver o que meu reflexo tem a me dizer. (Se quiser saber do que se trata essa “teoria” entre no site va para a seção crônicas e clique no arquivo em espelho.)

Quero saber o que quero, de verdade, sem me preocupar em viabilidade, ideais ou protocolos. Preciso saber se já realmente desisti dos meus sonhos românticos ou me conformei numa atitude derrotista. Preciso saber o que raios se passa na minha própria cabeça. Na verdade saber eu já sei, mas preciso me ouvir dizendo isso para me convencer.

Portanto me desejem sorte, espero que tenha escolhido a pessoa certa para me acompanhar nessa viagem, ouvi dizer que ele é uma pessoa difícil de se conviver.