quarta-feira, setembro 30, 2009

Sentimental eu sou...


Macho que é macho não chora. Mas com Macho Moderno não é bem por aí. E problema da mulher que não gostar. Se você é homem e também se incomoda com isso, não dou a mínima. Eu choro muitas vezes como uma criança, outras só marejo, mas tem vezes que são realmente constrangedoras. Abro o berreiro, fazendo careta e tudo. Por que? Porque sim.

Se tem uma coisa que o Macho Moderno aprendeu é que segurar os sentimentos é inútil. Não sei se foi a liberdade, a pressão ou os roteiristas de seriados que melhoraram, mas atualmente, cada vez mais e mais homens deixam correr as lágrimas quando sensibilizados por algo.

Sinto isso há anos, mas como com muitos assuntos, só me sinto a vontade em falar sobre, quando o papo chega a mesa de bar. Para minha surpresa, meus amigos mais mamutes confessaram abertamente que sim, dependendo do comercial de margarina, saem choramingando pro banheiro fingindo cisco no olho.

O processo pra mim ocorreu há uns bons 6-7 anos. De uma hora pra outra comecei a sentir esse aperto no peito, que cada vez mais rápido sobe para os olhos. A época coincide com meus primeiros passos em direção a adultescência, a estar por mim mesmo, a pagar por minhas escolhas.

O choro do macho Moderno nada tem a ver com fragilidade, ou feminilização. Ainda saímos de uma reunião em que tomamos uma comida com raiva, ainda mandamos pro inferno quem nos ofende e dizemos coisas impublicáveis quando nos cortamos abrindo uma lata.

É a empatia que nos pega. É enxergar em outros algo que nos atingiu, é presenciar um sonho nosso, realizado por alguém, é saber que alguém fez o que não temos coragem de fazer.

Não contando “Coração Valente”, que até o Predador choraria assistindo, não me emocionei com nada em minha adolescência. As coisas eram legais ou chatas. Boas ou lixo. Não possuía repertório, não havia construído meus valores, não sabia ainda que meus sonhos eram sonhos.

Só uma coisa me fazia chorar quando menor e acredito que fará para sempre. O amor. Em relação a isso nunca poupei lágrima. Sempre que senti vontade me acabei, tentei expelir lágrimas como se pudesse esvair junto todo aquele sentimento. Fosse para me livrar dele ou contagiar outros.

Esse choro eu cultivo pra sempre, e quem disser que nunca chorou é porque nunca sentiu algo intenso como o que já senti. E por vocês, eu choro.

DJKast #043 - No topo do mundo.


Nação Cronista em festa! Na semana do grande lançamento editorial do ano, ou quase isso, o DJKast traz um bloco só de versões acústicas. Músicas de gêneros diferentes interpretadas no melhor estilo "conquistador tocando violão no luau". O Segundo bloco é moderninho, cheio de atitude querendo provar que o futuro já chegou. No fim, o hino Cronista para a semana. Estamos no topo do mundo.

Rolaram:

Foo Fighters - Times Like These (Acoustic)
Jose Gonzalez - Teardrop
Iron & Wine - Love Vigilantes
The Kills - Sour Cherry
La Roux - Bulletproof
Digitalism - Pogo (Shinichi Osawa Remix)
Dean Martin - I'm Sitting in The Top of The World

PS: Vá ao lançamento do livro, otherwise "I'll hunt you down and kick your ass".


Para ouvir no computador clique aqui e para adicionar no iTunes clique aqui.

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segunda-feira, setembro 21, 2009

O Almanaque!


É isso. Depois de anos na batalha, os Cronistas Reunidos finalmente
serão autores publicados.

O Almanaque do Macho Moderno (título que deu origem ao nome do meu
blog) terá grande lançamento no dia 01 de Outubro de 2009. Um pequeno
passo para os Cronistas, um gigantesco passo para quem mora longe do
Shopping Morumbi.

Portanto, em breve colocarei por aqui mais detalhes do evento. Por
ocasião do lançamento, o endereço www.machomoderno.com.br será
cedido para promoção do livro por um tempo. Mas não se desesperem, o
blog continuará atendendo no antigo endereço,
machomoderno.blogspot.com

Por agora é só. Aguardem por mais detalhes em breve.

UPDATE:

A partir de amanhã, quando vocês acessarem www.machomoderno.com.br já cairão na página de promoção do livro. Portanto, por esse período acessem o blog por http://machomoderno.blogspot.com

sábado, setembro 19, 2009

DJKast #042 - I'll let you finish...


O programa dessa semana está tão bom que não aguentei e tive que soltar no sábado mesmo. O primeiro bloco relembra o início dos anos 90, quando tudo que tocava vinha de Seattle. O segundo traz novidades boas, com participação especial do Kanye "Jackass" West. Espero que gostem!

Rolaram:

Pearl Jam - Even Flow
Stone Temple Pilots - Wicked Garden
Screaming Trees - Nearly Lost You
Jay-Z - Empire State of Mind
Mr Hudson - Supernova (Feat. Kanye West)
MIKA - We Are Golden
Betty Boo - Where Are You Baby

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segunda-feira, setembro 14, 2009

DJKast #041


41 está aqui. Programa bom com pops de rádio e um revival das músicas que fizeram das batidas quebradas ( al la Timbaland) o sucesso que é hoje. Espero que gostem.

Rolaram:

The XX - Shelter (Them Jeans Drum Edit)
Kings of Leon - Use Somebody
Madonna - Celebration
Pink - There You Go
Usher - My Way
Ludacris - Number One Sopt
Chocolate - Ritmo De La Noche

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PS: A imagem não quer dizer nada.

terça-feira, setembro 08, 2009

Sejamos todos Supernovas.


Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas com mais de 10 massas solares, que produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis. Em apenas alguns dias o seu brilho pode intensificar-se em 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia, mas, com o passar do tempo, sua temperatura e brilho diminuem até chegarem a um grau inferior aos primeiros.
A explosão de uma supernova pode expulsar para o espaço até 9/10 da matéria de uma estrela. A partir daí, uma sequência de eventos promove o colapso total da estrela, dando origem a uma singularidade no espaço-tempo, conhecida como Buraco Negro, cuja Velocidade de Escape é um pouco maior do que a velocidade da luz.

Os dados científicos, se passarem batido, são apenas dados. Informaçoes irrelevantes ao dia-a-dia de pessoas comuns como eu e você. Mas se pararmos um segundo para refletir, veremos que esse papo de sermos feitos de poeira das estrelas, de vez em quando até que faz sentido.

Não é difícil fazer o paralelo entre nossos astros cheios de luz e nossas próprias vidas mundanas. A partir do momento que consideramos nossos relacionamentos, feitos, indivíduos como objetos e eventos brilhantes, nos indentificamos com as supernovas.

Nascemos assim, brilhantes, explodindo para nosso próprio universo, e desde desse momento, lentamente vamos apagando, nos consumindo. Esse é nosso ápice, ninguém faz nada maior do que nascer, todo o resto é consequência. Por mais que briguemos, por mais que façamos a diferença, nada é mais impressionante do que começar a existir.

Poderia falar sobre todos as ramificações de nossas existência, apontando sempre um momento que ofusca todos os outros. Como sempre, prefiro falar sobre as relações humanas, razão pela qual não nos extinguimos de vez, logo após nascer.

Em todos nosso relacionamentos, basta pararmos um segundo pra pensar, podemos identificar esse momento. Seja um primeiro beijo, uma tarde na praia, uma ligação na madrugada. São esses pequenos instantes que nunca conseguimos esquecer, que com sua luz ofuscante nos marcou como fossemos negativos.

Não adianta brigar ou espernear, perfeito mesmo, só esses instantes, que ás vezes duram milisegundos, quando com sorte, alguns minutos. O resto é apenas uma grande torrente de imperfeição, em intensidades diferentes.

Isso não é motivo para tristeza ou depressão. A busca desses momentos, tem seu brilho próprio e ascendente. Por mais que não ofusquemos toda uma galáxia, por mais que não tenhamos a sensação que o universo inteiro nos admira, sabemos que estamos ali, grudados no firmamento, esperando nosso grande momento, para depois aceitar as leis da “física” e começarmos a nos apagar.

Somos todos buracos negros em potencial, prontos para transformar tudo de bom que expelimos em destruição própria, inconformados com a aparente falha de constituição.

Mas querer brilhar mais que toda uma galaxia, pra sempre é pedir demais. É querer ser Deus, é pretender ser a força mais absoluta do universo. Aceitemos nosso papel no espaço, o papel de compor um universo, esse sim perfeito, em que, por nossa sorte, temos a opção de ser pequenas estrelas anãs, quase insignificantes, temorosas em brilhar demais sabendo do destino de quem brilha, ou lutamos para sermos supernovas, que tem os dias contados, mas dias que farão a diferença. Para toda uma galáxia.

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