quinta-feira, setembro 28, 2006

Fino, Chique e Classudo.

As mulheres, sempre elas, nos levaram a procura incessante por adjetivos subjetivos que elas dizem valorizar muito. Quando pediram para sermos cultos fomos ler, se o caso era financeiro fizemos um empréstimo, sem reclamações, é para isso que estávamos aqui. E ainda estamos. De repente elas dificultam tudo e querem estilo, charme e classe? Se você colocar as palavras “charme” e “comprar” no Google o máximo que acha é um bouquet cafona a venda. Será que é isso?

Não se pode comprar algo desse tipo. Estilo pode ser alugado por meio de um personal stylist, mas de manhã após alguma horas enfiado nos lençóis ele não vai te ajudar muito. Então, já que comprar e alugar não funciona, como resolver esse problema? Como agradar as mulheres? O que se pode fazer?

Nada. Não tem jeito, essas coisas estão com você ou não. A notícia boa é que a grande maioria dos homens possui tais ingredientes em sua composição. De alguma maneira, com o passar dos anos montamos o repertório necessário para o desenvolvimento de tais características em nós mesmos. A notícia ruim é que, não necessariamente, seu estilo, charme ou classe serão compatíveis com os da pretendida.

Ás vezes todo seu estilo só joga contra. Não adianta se vestir com as últimas tendências, passar um perfume discreto e marcante, hidratar o cabelo quando seu alvo gosta de homem sujo. Num caso desses ou você tenta convencê-la que é muito menos asseado no fundo (o que pode não pegar muito bem), mas na minha opinião, caso você chegue de gel e ela goste de rasta, esteja com cheiro de sabonete e ela goste de cigarro, tenho se barbeado há algumas horas e ela ainda queira uma barba de gnomo: desista, essa menina é uma porca.

Charme, antes de ser o programa de Adriane Galisteu, era a graça sedutora própria de pessoa que agrada, cativa ou mesmo deslumbra. Ou seja, “tchans”. Tem pessoas que não tem, são bonitas, inteligentes, simpáticas, mas na hora H, não tem o “tchans”. Já o inverso também ocorre. O cara é feio, chato, burro, mas pega todas, ninguém sabe porque. Porque tem o “tchans”.

Já a Classe é relativa. O país, horário, ambiente entre outros influi na linha que limita a classe. Enquanto começar a comer antes da terceira pessoa ser servida num grande jantar formal pode ser considerado de extrema falta de classe, oferecer minhocas para sua acompanhante comer é extremamente bem visto entre sobreviventes de desastres aéreos. Eu mesmo no ultimo desastre aéreo por que passei fiz questão de oferecer minhas roupas de baixo para a construção de nossa cabana. Classudo.

Pensando muito sobre tudo isso entendo que esses três fatores são o que compõem o acaso. As mulheres mais importantes da vida de um homem aparecem ao acaso, não são matematicamente comprovadas como seu par ideal. Sempre irritam e amam demais, falam ou calam demais, deixando tudo isso demais. Mas caso não queira depender do acaso invista onde acredite ser melhor, eu por exemplo, em desastres aéreos sou o máximo.

terça-feira, setembro 19, 2006

Orgulho e dignidade

Hoje peguei um ônibus errado. Simplesmente porque não perguntei se ia para onde eu queria ir. Achei que perguntar me faria perder a dignidade.

Depois de andar 8 quarteirões de volta ao ponto de origem percebi que na verdade o que senti no ônibus era orgulho. Só quando cheguei suado, descabelado e atrasado no trabalho entendi o que era perder a dignidade.

(to be continued...)