terça-feira, agosto 31, 2010

Eye Candy!

Zoe Saldana

Twesday.

twesday
  • Colecionar é se escravizar.
  • 500 dólares é barato por ela. http://bit.ly/9clXen (pena que não tenho 500 dólares)
  • Qdo um smoking tem um evento especial pra ir, sabe o que ele veste? O George Clooney.
  • O certo seria dizer "o velhinho com osteoporose subiu no telhado". Dai sim a situação seria grave.
  • Mulheres, dane-se se vcs tem celulite ou estrias, nós nos preocupamos mesmo é se vcs tem senso de humor.
  • "Se tiver de escolher entre o amor e a individualidade, opte pelo segundo." http://bit.ly/9BZRHe #temqueler
  • "Yeah, I know, it's Hollywood tres chic to spend a million dollars to look homeless." // Do genial editor de Egotastic.
  • Há uma fina linha entre a dúvida e dívida.
  • Li um texto e achei uma merda. Dai vi que era do Verissimo. Li de novo. Achei bom. Tenho vergonha de mim mesmo.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Kit Segunda

Hoje começa o Kit Segunda, minha pequena colaboração para encararmos melhor esse fatídico dia.

O Kit Segunda é formado por uma música, um vídeo, uma imagem, uma risada e um texto. Espero que faça suas segundas começarem um pouco melhores.

Uma música:


Um vídeo:


Uma imagem:

Va todo tan rapido

Uma risada:



Um Texto:

Dia desses, eu estava sentada no sofá de casa, lendo, quieta, desprevenida, quando percebi que ela foi chegando, se aproximando devagarzinho, até que se acomodou, me abraçou e ficou. Não sei se você tem isso, talvez todos nós tenhamos, uns mais, uns menos – essa companhia inesperada de uma tristeza que vem sem avisar, sem querer saber dos planos para aquele dia.

Eu me lembro de quando era criança e vinha essa tristeza, essa visita sempre muito repentina, muito exterior a mim. Eu estava brincando, feliz – até hoje, sou dessas que costumam estar felizes –, e chegava essa penetra, essa intrometida, que vinha sem avisar e também não avisava quando ia embora. E ela ficava, e meu ânimo, minha vontade, esses iam embora, e o jeito era aceitar.

Tristeza sem motivo. Aceito sem reclamar. Quando adolescente, eu tentava fugir, correr – depois voltei a aceitar, como na infância. Se a tristeza sem motivo me abraça, eu a abraço de volta, que nosso encontro é menos dolorido.

A tristeza sem motivo é interessante. É bem diferente da tristeza com motivo. Minhas tristezas com motivo, eu sempre tento curá-las com raciocínio. Pode ser vício, cálculo, pretensão. Mas eu tento e, muitas vezes, funciona. Se estou triste porque algo não deu certo, me convenço com argumentos de que foi melhor assim. Se, definitivamente, não foi melhor assim, faço um esforço para relativizar a questão. Humilho minha questão pessoal, colocando na frente dela os problemas do mundo. Envergonho minha questão temporal, esfregando na cara dela o tempo. Ou simplesmente rio da minha questão séria, fazendo pouco dela. Forço, o tempo todo, um duelo entre minha razão e meus sentimentos. Às vezes, leva tempo, mas a razão ganha. Sempre ganha. E lá estou eu, feliz de novo, felicidade nem sempre espontânea, alegria muitas vezes conquistada à força.

Mas com a tristeza sem motivo, esse método não funciona.

Não há espaço para duelos. Não há argumento que intimide uma tristeza tão pura, tão desconectada de raciocínios. Ela é tão distante de qualquer pensamento que não o entenderia, ela não se encaixa em pensamentos, ela não ri deles, ela nem os vê. Se tento argumentar, ela não me responde de volta. Se insisto, ela me abraça mais forte, me aperta, tenta me machucar. Melhor não competir. Melhor, nessas horas, deixar a hora para ela. Porque qualquer palavra é inútil, qualquer racionalização é cansativa e boba, e o tempo, afinal de contas, vai passar, e ela vai acabar indo embora, sem dizer a que veio, sem explicar se foi motivada por nada ou por todas as coisas juntas.

O bom é que, notei recentemente, a tristeza sem motivo gosta de chá quente.

Não sei a sua. A minha gosta.

Ela ignora qualquer argumento, ela não se deixa distrair facilmente por livros e filmes, ela não entende o mundo, mas se acalma com uma boa xícara de chá quente. Não cappuccino ou café: chá quente. Sopa, também. Já reparei. Ela se estressa com palavras, mas se acalma com sopa. E com abraços. Ela se sente incomodada com o mundo, mas talvez seja mais com o mundo adulto, porque aceita um gibi. Ela gosta de sol, de ar fresco. De ficar próxima à natureza – perto do mar, de um rio, uma montanha. Ela gosta, se acalma, agradece e vai embora.

Não me pergunte por quê.

Mas, como dizia Clarice Lispector, não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento… Se você costuma receber uma tristeza que não quer ser entendida, não sei. Mas eu costumo e, quando ela aparece, ofereço-lhe uma boa xícara de chá.


domingo, agosto 29, 2010

Beatificação


Todo mundo sabe, todo mundo sente, basta alguém morrer para se iniciar o processo de beatificação daquele que não está mais por aqui. Nos esquecemos, relevamos, ou nos sentimos cruéis em apontar os defeitos de quem não mais pode se defender.

Bem, eu tento não ser assim. Hoje, o primeiro cão a fazer parte da minha vida deu seus últimos suspiros. Sei que para quem não tem animais de estimação, é difícil entender a importância que esses tem em nossas vidas, mas sem medo de errar, é a mesma importância de um membro de família. Se não maior.

Cães, diferentemente de pessoas, não são capazes de fazer o mal. Por mais que ataquem, mordam, o fazem instintivamente, sem ter a mínima noção do que é certo ou errado.

Jazz era mais um cão. Como todos, o mais esperto do planeta, para seus donos, mas era um cão comum. Vendido como pinscher, cara de Fox Paulistinha, legítimo espírito de Vira-lata. Sua principal característica, gula. De porte pequeno, chegou a comer bolos, pães e seu recorde oficial, um Panettone inteiro. (Mad Respect).

Claro que essas coisas nos deixavam fulos da vida. Não faz muito tempo, ele roubou o hamburger de um Mexican Italian que havia pedido no América. E eu estava faminto. Dávamos bronca, deixávamos de castigo. Pais e filhos.

O fato é que agora, começou a beatificação do Jazz. Ele aparece em nossa memória como um lorde, o exemplo de cão a ser seguido. O que obviamente é uma bobagem. Ele era plebeu mesmo, combinava com sua família.

Então penso, porque temos essa mania de beatificar os que se vão. Sejam parentes falecidos, bichinhos ou até ex-namoradas(os) que de certa maneira, morrem em nossas vidas. Por que deixamos de lado tudo que um dia nos enervou tanto? E só lembremos dos bons momentos, das qualidades.

O primeiro raciocínio me faz acreditar que é a covardia. É a falta de sinceridade, autenticidade, de falar que um canalha vivo continua canalha depois de morrer. Mas as pequenas coisas, bem, essas me fazem pensar.

Hoje no café da manhã, após voltar do Hospital, comia lembrando de como o Jazz se apoiava em nossa perna pedindo qualquer migalhinha que fosse. Quando por acidente derrubávamos uma lasca de pão, ele ferozmente mandava goela abaixo, numa velocidade que acredito eu, beirava a 99,9% da velocidade da luz. Sério.

Lembrando de tudo isso, minha vontade era abrir a geladeira, agarrar a parte de cima da porta e traze-la abaixo deixando cair sobre o chão tudo que estivesse dentro, invadir a dispensa e arrastar com o braço esticado todos os pacotes de bolacha, macarrão e chocolates disponíveis, polvilhar o bolo Pullman que sobrava na bancada por toda a área de serviço. Tudo para que o Jazz aparecesse, devorando aquele banquete. E nós ficaríamos ali, observando sua festa, sua orgia gastronômica, percebendo que ficar bravo era besteira. Que isso não importava, que afinal a maioria das coisas que nos irritam no dia-a-dia, não vão fazer a mínima diferença no final das contas.

quinta-feira, agosto 26, 2010

terça-feira, agosto 24, 2010

Twesday.

twesday

É terça de novo. Então vamos aos tweets mais interessantes da semana.


- No #missuniverso o negocio é entrar de salto alto, jogar baixo e não vestir a camisa.

- Se tivesse prova de traje de banho no debate de presidenciaveis. Quem ganhava? Voto Marina!

- RT @
kitsunenoir: Be warned, YOU WILL NEVER UNSEE THIS: http://bit.ly/dhsvhR

- Amigo que é amigo não precisa de saudação inicial para começar a falar.

- E meu amigo, que tem Narcolepsia sexual.

- Quando vc diminui o sal, consegue sentir o verdadeiro sabor dos alimentos. E ele é ruim.

- Qta surpresa, a palavra que mais leva ao meu blog é Megan Fox.

- “The best things in life aren’t things.” - Art Buchwald

- Eu vou votar no Claudir!
http://ow.ly/2s6XQ // via @rafaeluyeda

- Ok, inspirado na idéia de @
ildefonsoabad , nasceu, The Centrorialist. "Estilo" direto do Centro de SP. http://thecentrorialist.blogspot.com/

- Ri muito alto! // José Serra, o maior comedor do Brasil!
http://migre.me/15xLf via @Neto @cavallini

- "Regras foram feitas para serem quebradas". Na verdade não, o nome disso é biscoito da sorte.

terça-feira, agosto 17, 2010

Twesday.

twesday

Ok, essa é uma experiência. Toda terça-feira vou postar aqui uma seleção dos tweets mais bacanas da semana. Sejam de autoria minha ou de pessoa que sigo. Vamos ver se rola.

- Nao falar "eu avisei" é muito mais difícil que não coçar catapora.

- Se vc está adiantado, está no horário. Se está no horário, está atrasado. / via @youareagrownman

- Um documentário sobre ser feliz. http://youtu.be/JcMQmuvzPmI

- BoHe-Man Rhapsody http://www.youtube.com/watch?v=aeFH-QoAPCk

- Esse japa faz umas motos com uma pegada steampunk. Maravilhosas. http://bit.ly/bKgpMX #WANT

- Quão legal é esse vídeo de casamento? http://vimeo.com/13479182

- RT @FrasesDoCalvin: Tem dias que nem minha cueca de espaçonave da sorte consegue melhorar...

- Ela: "Meu namorado não veio pq dá aula amanhã." e eu crente que o cara era professor. #personaltrainer

- Tiffanny é que nem puteiro. Vc não entra só pra ver. (via Gui.)

- "Namoro a distância é bom pros quatro." Genio! // via @thiago128 @meninaquejoga @gabibianco

- Hj vou tentar de novo, pq sou brasileiro, e superestimo minha capacidade.

- Duvido que o Bill Gates chegaria onde chegou, se aos 15 anos tivesse um monte de mulher querendo dar pra ele.

terça-feira, agosto 10, 2010

Na alegria, na saúde, na riqueza e tá bom assim.


Quem não conhece os famosos votos do casamento católico?

"Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe."

Todos conhecemos, nem que pelos capítulos finais das novelas globais. O voto é bonito, simboliza parceria, cumplicidade, entrega. Mas não a toa termina com a frase “até que a morte os separe”.

Apesar de nunca ter casado, posso dizer que fora a parte da morte, já vivi sob o juramento católico. Sempre achei que isso era o certo, o bonito, o justo. E principalmente, a única opção.

Mas e se não? E se eu nao quiser viver dessa maneira? E se eu quiser dividir apenas as coisas boas. Sem egoísmo, um trato justo, você cuida de suas doenças, eu me viro com minha pobreza e nos encontramos para curtir o que temos de bom? Sem exageros é claro, sem desamparo, sem levar ao pé da letra. Afinal, se você gosta de uma pessoa nunca vai abandoná-la na doença. vai querer estar a seu lado. O mesmo serve para a pobreza, etc. Isso é bom senso.

Mas se pensarmos no voto como o símbolo de "você TEM que estar junto a mim, haja o que houver, até no aniversário da minha Tia Mirtes". O que seria se não precisássemos nunca mais aguentar a chata da Tia Mirtes? Como seria esse relacionamento?

Não, não seria bonito, mas justo sem dúvida, e certo, bem, quem somos nós para dizer o que é certo. Eu sei bem que minha concepção de certo difere muito da dos outros.

Como um exercício, pensemos na possibilidade de todos nos virarmos sozinhos, sem ninguém para ajudar por convenção ou obrigação. Sem transformar nossos próprios problemas em problemas dos outros. Em não estragar o dia do parceiro porque o nosso foi por água abaixo.

Mas você vai dizer “isso não é relacionamento”. Bem, você é burro, é sim. Afinal, se temos duas pessoas se relacionando, seja lá como for, temos um relacionamento. O modelo, sem dúvida é diferente. Mas não seria mais legal se usássemos a alegria do outro para amansar nossa tristeza? E só?

Afinal, estamos prontos para apontar o dedo na cara do outro, em gritar “egoísta” quando nosso cônjuge não quer participar de uma coisa chata de nossa vida. Mas e nós mesmos? Não somos mais egoístas ainda de querer que eles façam isso? De querer que se sacrifiquem por um capricho nosso?

Ok, se sentir desamparado num compromisso “mala” não deve ser nada legal, mas pense que a recíproca é verdadeira. Não ter que ir a algum lugar que não queiramos. Nunca mais. Ok, nunca mais é exagero, ainda trabalhamos e temos de pagar as contas. Mas de resto, somos nós mesmos quem escolhemos. (o que sempre complica as coisas).

Não decreto assim o fim do relacionamento tradicional, cheio de coisas boas e ruins. Mas apenas paro pra pensar até onde essa troca é boa, ou se apenas acaba fazendo mal e desgastando os dois e no máximo, no máximo, agradando a Tia Mirtes.