sexta-feira, dezembro 28, 2007

05!

Dizem que temos que ter tatuagens em números ímpares. Do contrário você terá azar. Eu acho que isso é uma grande bobagem, mas por via das dúvidas acrescentei uma a família.

Comecei a brincadeira há uns 7 anos. A primeira é sempre a primeira. Não fugindo do clichê fiz junto de 4 amigos. A tatoo continua comigo. Dos amigos sobraram 2.

Um símbolo do Om. Aquele que você vê nos adesivos de quem quer mostrar que pratica Yoga. O que isso tem a ver comigo? Nada! Mas precisava começar com algo e os unicórnios estavam muito feios.

A coitada está aqui no lado interior do meu vergonhoso bíceps direito. Meio apagada e muito mal feita, aguardando aparecer um desenho bacana para cobri-la. Depois dela fiz coisas que gradativamente significavam muito mais pra mim. A segunda foram duas letras japonesas. Era pra ser uma, mas acabei eternizando um laço de amizade fazendo a segunda. Valeu muito a pena. A terceira foi meu logo, fruto de inspiração? O filme Triplo X. Gostei da idéia de ter um logo seu tatooado. Desde então aplico o logo onde posso. Como a foto do meu perfil do orkut. A quarta foi ano passado. Quatro letras nas costas. L, M, C e V. São as iniciais dos integrantes da minha família. Leoncio, Marilene, Cristiano e Vanessa. Não porque seja super ligao a eles ou fanático por famílias, apenas porque foi dai que eu vim, e por causa deles principalmente sou o que sou hoje. Tanto as partes boas cmo as ruins. Adoro minhas partes ruins.

A última, feita nesse dia 26 quase foi feita ano passado, mas não estava pronto ainda. O principal problema era o local onde ia colocar a danada. No antebraço. Hiper-super-ultra aparente. Todas as minhas outras ficam escondindas por uma camiseta (interior do bíceps direito, exterior do bíceps esquerdo, exterior do bíceps direito, e centro superior das costas, cronologicamente).

Hoje no lado interior do meu antebraço direito deita-se a mais nova tatoo. a 05. A 05 foi uma das que mais me fez ficar ansios e vibrar depois de pronta. A adrenalina de finalmente me expor como um tatooado de verdade colaborou, mas o significado provavelmente foi que mais me moveu.

Um parágrafo. Tive a idéia em 2006, logo após terminarmos (eu e os cronistas reunidos)de escrever o Almanaque do Macho Moderno, livro que só será lançado agora em 2008. O Paulão colocou logo apo's o título do livro o símbolo do parágrafo, e desde então fiquei convencido de que seria uma ótima tatoo. Aos poucos os outros detalhes vieram. O antebraço direito foi a escolha óbvia, devido a ser a mão que uso pra escrever. Inicialmente o significado era uma mistura do meu apreço pela escrita assim como esse fantástico grupo de amigos que tenho chamado Cronistas Reunidos. Até pouco tempo era esse meu motto.

Fazendo as últimas pesquisas para saber qual tipografia usaria, tamanho etc, me deparei com a definição abixo para o símbolo. E cosmicamente serviu perfeitamente na minha vida. Como não tinha percebido antes?

Esse ano não foi dos mais fáceis pra mim. Comecei sem expectativas e honrei isso. Nada aconteceu, já que não havia planejado nada. Mas coisas que nem havia imaginado aconteceram e viraram tudo de ponta cabeça. Perdi as poucas certezas que tinha a voltei a navegar a deriva.

Não preciso de um ponto final, não tenho a necessidade de encerrar nada. Só preciso mudar de assunto. Quero continuar escrevendo a história da minha vida, e ainda que seja sedutor dar um ponto final, sem ter que sepreocupar com o que os leitores vão achar não é isso que quero fazer. Preciso continuar escrevendo, mas só se for um novo assunto. Preciso de coisas novas, de um plot-point. Novos personagens, cenários, conflitos. Tudo novo para deixar essa história interessante. Não quero escrever por anos uma história que não leve a lugar nenhum. Preciso mudar de assunto. Preciso de um novo parágrafo. Assim quem sabe logo mais não começo um novo capítulo?

quarta-feira, dezembro 26, 2007

§

O símbolo para parágrafo, representado por §, equivale a dois esses (S) unidos.

Estas letras são as iniciais das palavras latinas na expressão "signum sectionis", abreviatura que significa "sinal de separação" ou "seção". Este símbolo é o precursor da mudança de linha e do espaço hoje convencionalmente usados para se introduzir um novo parágrafo.

sábado, dezembro 22, 2007

Presente de Natal

Nesse natal eu queria ganhar um pouquinho só de estilo.

De uma olhada aqui a matéria que a GQ fez sobre os 50 homens mais estilosos dos últimos anos.

A matéria mostra uma imagem, uma resenha da personalidade e uma dica de moda de acordo com o estilo de cada. É uma mina de ouro para quem se preocupa com aparência.


Acima: Tom Brady, Quarterback dos New England Patriots e o sortudo que pega a Gisele.

Via: C'est hypercool

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Trauma de infância

Infância. Na mesa, sempre rolavam abobrinhas, chuchus e fígados. Eca. Credo. Caca. Mas era batata: meu pai pegava esses trecos, jogava no meu prato, e ficava olhando a minha cara, depois da primeira garfada.

“Experimenta, moleque!”
“Humpf…. grrr… eca… não gostei, pai”
“É PRA COMER TUDO!”

E ficava no meu pé, o almoço inteiro, até eu engolir tudinho.

Um belo dia, no alto dos meus 7 anos de experiência de vida, tive uma idéia.

“Experimenta, moleque!”
“Humm… é, gostoso, pai”

Ele ficava satisfeito, continuava almoçando, e não enchia o saquinho de ninguém. E eu só precisava dar a primeira garfada, ele nem se importava com o resultado final do prato, que invariavelmente tinha sobras — grandes! — de abobrinhas, chuchus e fígados.

Isso durou um bom tempo. Quase um mês. Até o dia em que ele percebeu, pela minha cara marota, que tinha pilantragem no ar. “Gostoso, pai”. Ele olhou pra minha cara, viu que eu não gostava mesmo, e que tinha dado um baile nele, durante um bom tempo. E deu uma pusta risada.

Desse dia em diante, “Gostoso, pai” virou piada à mesa. E senha pra dizer “puta, eu odeio esse chuchu!”.

Por Rodrigo Volponi

PS: Força irmão!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

O Suicida e o Computador

Depois de fazer o laço da forca e colocar uma cadeira embaixo, o escritor sentou-se atrás da sua mesa de trabalho, ligou o computador e digitou:
"No fundo, no fundo, os escritores passam o tempo todo redigindo a sua nota de suicida. Os que se suicidam mesmo são os que a terminam mais cedo."

Levantou-se, subiu na cadeira sob a forca e colocou a forca no pescoço. Depois retirou a forca do pescoço, desceu da cadeira, voltou ao computador e apagou o segundo "no fundo". Ficava mais enxuto. Mais categórico. Releu a nota e achou que estava curta. Pensou um pouco, depois acrescentou:
"Há os que se suicidam antes de escapar da terrível agonia de encontrar um final para a nota. O suicidio substitui o final. O suicídio é o final."

Levantou-se, subiu na cadeira, colocou a forca no pescoço e ficou pensando. Lembrou-se de uma frase de Borges. Encaixa, pensou, retirando a corda do pescoço, descendo da cadeira e voltando ao computador. Digitou:
"Borges disse que o escritor publica seus livros para livrar-se deles, senão passaria o resto da vida reescrevendo-os. O suicídio substitui a publicação. O suicídio é a publicação. No caso, o livro livra-se do escritor."

Levantou-se, subiu na cadeira, mas desceu da cadeira antes de colocar a forca no pescoço. Lembrara-se de outra coisa. Voltou ao computador e, entre o penúltimo e o último parágrafo, inseriu:
"Há escritores que escrevem um grande livro, ou uma grande nota de suicida, e depois nunca mais conseguem escrever outro. Atribuem a um bloqueio, ao medo do fracasso. Não é nada disso. É que escreveram a nota, mas esqueceram-se de se suicidar. Passam o resto da vida sabendo que faltou alguma coisa na sua obra e não sabendo o que é. Faltou o suicídio."

Levantou-se, ficou olhando a tela do computador, depois sentou-se de novo. Digitou:
"No fundo, no fundo, a agonia é saber quando se terminou. Há os que não sabem quando chegaram ao final da sua nota de suicida. Geralmente, são escritores de uma obra extensa. A crítica elogia sua prolixidade, a sua experimentação com formas diversas. Não sabe que ele não consegue é terminar a nota."

Desta vez não se levantou. Ficou olhando para a tela, pensando. Depois acrescentou:
"É claro que o computador agravou a agonia. Talvez uma nota de suicida definitiva só possa ser manuscrita ou datilografada à moda antiga, quando o medo de borrar o papel com correções e deixar uma impressão de desleixo para a posteridade leva o autor a ser preciso e sucinto. Tese: é impossível escrever uma nota de suicida num computador."

Era isso ? Ele releu o que tinha escrito. Apagou o segundo "no fundo". Era isso. Por via das dúvidas, guardou o texto na memória do computador. No dia seguinte o revisaria.

E foi dormir.

Luis Fernando Veríssimo

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Homens não choram. Caem em prantos.

Adoro cinema. Sempre coloco naquelas fichas onde deve-se listar seus hobbies. Nunca tenho uma coisa legal pra colocar como wakeboarding ou hiking. Então vai o default, cinema, musica, conversar com os amigos, ir em barzinhos e viajar. Mesmo que não vá ao cinema desde o lançamento de Jurassic Park, escute apenas sons das antigas, não tenha amigos e não viajo desde um congresso que participei em Foz do Iguaçu.

O fato é que gosto de verdade de cinema. Mesmo não indo tanto. Baixo, compro, assisto na TV. Gosto de praticamente todos os gêneros, assim sendo não descartaria da minha DVDteca as comédias românticas. Esse estilo água com açúcar me agrada muito, cheias de humor inteligente e impossíveis cenários perfeitos.

Nessa época de amigos secretos, é sempre bom checar aquele DVD que desejamos há tanto tempo mas não compramos. No meu caso lembrei do desejo antigo de fazer minha própria coleção Hugh Grant. Um dos maiores expoentes do cenário das comedias românticas (e do sexo em público), este inglês, assim como muitos outros atores sempre interpreta assim mesmo. Como se fosse uma versão Live Action da boneca Susi. Lembram? Susi Praia, Susi Patinadora, Susi Casa de Massagens. Ou quase isso.

Enfim, Hugh Grant é sempre Hugh Grant, e eu adoro. Cara de boa vida, meio atrapalhado e louco por mulher. Obviamente queria ser Hugh Grant quando crescer, então fico sonhando quando assisti seus filmes. Essa semana, voltando ao amigo secreto, fui bisbilhotar no submarino os dvds que não tenho dele e descobri vários por 12,90. Foi um passo para eles chegarem na minha casa e começar a sessão “Não, eu só leio a Nova para ver as propagandas de lingerie”.

O Novo Entertainment Center teve um ótimo desempenho, não tanto no som em que o filme não colabora, mas muito uando a Keyra Knightley aparecia em cena. Não eram passados 10 minutos do filme quando aconteceu a primeira vez. Na cena do casamento em que toca All you need is love já estava perdendo completamente a compostura. A fase, a situação e a qualidade da história fizeram um homenzarrão a própria versão masculina de Bridget Jones.

Assim foi até o fim, quando já não me constrangia comigo mesmo e deixava as lágrimas rolarem. Lavei a alma, fui dormir mais leve, o suficiente para ter ao menos um dia menos tenso. Um pouco mais sonhador, um pouco mais romântico, um pouco mais Hugh Grant.

Homem que é homem chora muito. Pois tem a coragem de se entregar aos seus sentimentos e ver que eles estão lá dentro, e uma hora ou outra tem que sair.

Árvore de Macho!

Esse é o terceiro natal que eu passo morando sozinho. E como já disse aqui acho o natal um saco, ma adoro as decorações. Porém nunca tive saco de fazer decoração na minha própria casa. No primeiro ano não fiz nada, no segundo montei uma arvore meio grande mas não coloquei nem um enfeite. Só um jogo de 100 pisca-piscas (que no meu caso nunca piscam porque não gosto) distribuido mal e porcamente pelos galhos.

Esse ano mudei a tática. Decidi ter uma árvore pequena e bonita. A idéia surgiu da epifania de que, já que nõ posso pagar um apartamento maior precio ter menos coisas. Ainda que logo após esse epifania tenha comprado uma TV maior e um home theather com design parecido com as caixas de som de 1985. Enfim, estou tentando.

Bom, aqui está a foto do meu feito. Uma pequena árvore pra o mundo, mas uma imensa árvore para meu apartamento.



Eu sei o que vocês estão pensando. Que meus ornamentos natalinos não são muito variados, mas é isso mesmo. Porque árvore de macho tem mesmo é que ter bolas!

terça-feira, dezembro 11, 2007

TYLER DURDEN



this is your life
the dust brothers



and you open the door
and you step inside
we're inside our hearts
now imagine your pain
is a white ball of healing light
that's right, feel your pain,
the pain itself,
is a white ball of healing light
i don't think so

this is your life
good to the last drop,
doesn't get any better than this
this is your life, and it's ending
one minute at a time
this isn't a seminar
and this isn't a weekend retreat
where you are now
you can't even imagine
what the bottom will be like

only after disaster
can we be resurrected
it's only after you've lost
everything that you're
free to do anything

nothing is static,
everything is appalling (evolving),
everything is
falling apart

you are not a beautiful and unique snowflake
you are the same decaying
organic matter as everything else
we are all a part of the same compost heap
we are the all-singing,
all-dancing crap of the world
you are not your bank account,
you are not the clothes you wear
you are not the contents of your wallet
you are not your bowel cancer
you are not your grande latte
you are not the car you drive
you are not your fucking khakis

you have to give up

you have to realise that someday you will die,
until you know that you are useless
i say let me never be complete
i say may i never be content
i say deliver me from swedish furniture
i say deliver me from clever art
i say deliver me from clear skin and perfect teeth
i say you have to give up
i say evolve, and let the chips
fall where they may

i want you to hit me as hard as you can

welcome to fight club
if this is your first night
you have to fight

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Fim da novela. Provei o bolo.



Aí está, sem photoshop ou maquiagem o polêmico bolo. Ou não.

Bem, a pergunta básica seria:

- E aí? É o melhor bolo do mundo mesmo?

Numa resposta curta e grossa; não. Mas sim.

O fato é que o tal bolo é muito bom e vale a pena ser experimentado. Maaasssss. E esse é um grande "mas". Não é um bolo. Pelo menos na minha visão provinciana.

Sou fanático por bolo de bolo. Sabe, aquele sem gosto de nada? Na minha casa se chama "Bolo da Mamãe", tá lá, escrito na receita. Ele é insuperável, ainda mais se feito pela mamãe. Não dura uma madrugada.

O que mais gosto no "Bolo da Mamãe", e em bolos em geral, é a textura. A massa molhadinha, a borda crocante. Isso é um bolo pra mim. Não me venham com bolo mousse, bolo de sorvete. Posso até adorar, mas não vou chamar de bolo.

Esse é o caso do "Melhor Bolo de Chocolate do Mundo". Não é um bolo, tem uma calda muito boa, um recheio muito bom, circundado por o que aparenta ser um suspiro. Muito bom também.

Enfim, não é melhor bolo de chocolate do mundo, mas pode-se dizer talvez que é o melhor suspiro com chocolate do mundo.

Em via das dúvidas encomendei um pro natal. É um bom papo para aquele bando de gente que se encontra só no natal.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Um ponto vinte e um gigawatts!

Tem coisas que ninguém quer. Mas precisa. Afinal nunca vi ninguém mega empolgado para comprar papel higiênico. No máximo apressado.

Tem coisas que não servem para absolutamente nada. Mas todo mundo quer. Ou pelo menos as pessoas estranhas como eu.

Mas é justificável, quem não queria ter um Capacitor de Fluxo, aquele que o Doc inventou quando caiu e bateu a cabeça lá em 1955?



Gostou? Compre aqui

Go Speed Racer, Goooooo!!!!

Há algum tempo que venho acompanhando as novidades sobre o filme do Speed Racer.

Pra quem não sabe, este está sendo filmado com a direçao dos irmãos Wachowski (Matrix), Emile Hirsch (Os Reis de Dogtown) fará o famoso piloto acompanhado de elenco recheado (Susan Sarandon, John Goodman, Chrstina Ricci e Mathew Fox).

Hoje saiu o primeiro trailer. É beeeeem diferente do desenho, mas não deixa de ser muito interessante. Tratando-se dos diretores só tenho boas referências, agora é só esperar.

Assista o trailer aqui