quinta-feira, dezembro 13, 2007

Homens não choram. Caem em prantos.

Adoro cinema. Sempre coloco naquelas fichas onde deve-se listar seus hobbies. Nunca tenho uma coisa legal pra colocar como wakeboarding ou hiking. Então vai o default, cinema, musica, conversar com os amigos, ir em barzinhos e viajar. Mesmo que não vá ao cinema desde o lançamento de Jurassic Park, escute apenas sons das antigas, não tenha amigos e não viajo desde um congresso que participei em Foz do Iguaçu.

O fato é que gosto de verdade de cinema. Mesmo não indo tanto. Baixo, compro, assisto na TV. Gosto de praticamente todos os gêneros, assim sendo não descartaria da minha DVDteca as comédias românticas. Esse estilo água com açúcar me agrada muito, cheias de humor inteligente e impossíveis cenários perfeitos.

Nessa época de amigos secretos, é sempre bom checar aquele DVD que desejamos há tanto tempo mas não compramos. No meu caso lembrei do desejo antigo de fazer minha própria coleção Hugh Grant. Um dos maiores expoentes do cenário das comedias românticas (e do sexo em público), este inglês, assim como muitos outros atores sempre interpreta assim mesmo. Como se fosse uma versão Live Action da boneca Susi. Lembram? Susi Praia, Susi Patinadora, Susi Casa de Massagens. Ou quase isso.

Enfim, Hugh Grant é sempre Hugh Grant, e eu adoro. Cara de boa vida, meio atrapalhado e louco por mulher. Obviamente queria ser Hugh Grant quando crescer, então fico sonhando quando assisti seus filmes. Essa semana, voltando ao amigo secreto, fui bisbilhotar no submarino os dvds que não tenho dele e descobri vários por 12,90. Foi um passo para eles chegarem na minha casa e começar a sessão “Não, eu só leio a Nova para ver as propagandas de lingerie”.

O Novo Entertainment Center teve um ótimo desempenho, não tanto no som em que o filme não colabora, mas muito uando a Keyra Knightley aparecia em cena. Não eram passados 10 minutos do filme quando aconteceu a primeira vez. Na cena do casamento em que toca All you need is love já estava perdendo completamente a compostura. A fase, a situação e a qualidade da história fizeram um homenzarrão a própria versão masculina de Bridget Jones.

Assim foi até o fim, quando já não me constrangia comigo mesmo e deixava as lágrimas rolarem. Lavei a alma, fui dormir mais leve, o suficiente para ter ao menos um dia menos tenso. Um pouco mais sonhador, um pouco mais romântico, um pouco mais Hugh Grant.

Homem que é homem chora muito. Pois tem a coragem de se entregar aos seus sentimentos e ver que eles estão lá dentro, e uma hora ou outra tem que sair.

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso é que é homem de verdade e isso é que é macho moderno!
Parabéns pelo texto. Muito bem escrito!
Deu vontade de correr para o sofá com baldes de pipoca e comédias românticas.

Beijos