sexta-feira, dezembro 26, 2008

Mulher de gravata


Mulheres, usem gravata. Os homens podem até não gostar de usar, mas em vocês (como tudo) fica bem melhor.

Além é claro de ser uma ótima ferramenta para beijos roubados.

Dicas de como usar aqui no site da Gloss.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

2008, modelo 2009


Não sabia bem o que dizer hoje, apesar de ter um milhão de pensamentos na cabeça, não consegui focar em apenas uma coisa. Tenho vivido tanta coisa diferente, tanta coisa boa, que seria injusto dar atenção para algo em especial. A real é que esse último trimestre foi uma montanha russa das boas. Muita coisa ao mesmo tempo, uma surpresa a cada curva, um frio na barriga a cada descida, uma overdose de adrenalina a cada looping.

Olhando o ano inteiro, vejo que conquistei algumas coisas que pretendia. Não necessariamente coisas que estivessem na famosa lista de resoluções de fim de ano, mas até mais importantes. Foi ano passado, mais ou menso nessa mesma época que eu fiz minha quinta tatuagem, o símbolo gráfico de parágrafo, que além de ter um significado claro da minha ligação com a escrita, também carregava o peso de me lembrar que esse ano queria mudar de assunto. Queria trocar de parágrafo na minha própria história. E é aí que fui bem sucedido.

Entro em 2009 sem pendências (fora algumas dívidas, não sou de ferro), não tenho coisas a acertar, problemas antigos a serem resolvidos, dilemas a confrontar. Tudo que enfrentarei no novo ano é relativamente novo, ainda que não trabalhe com o que gosto, já me acertei com essa condição e devo mudá-la aos poucos. Decidi não mudar de apartamento e estou felicíssimo com a decisão. Entendo que tudo que tenho por aqui é o que preciso, não me falta nada e ainda não me mato para pagar as contas.

Foi no setor pessoal que percebi maior evolução. Em família, vi evoluções que nem esperava, com meus amigos fortifiquei os que estavam próximos e me reaproximei dos que havia negligenciado. Fechei o ciclo de um namoro que posso reclamar pouco, com civilidade e a promessa de um dia transformar numa boa amizade.

A cada dia que passa adoto novos e antigos hábitos. Sem o desespero de fazer tudo ao mesmo tempo agora, mas no mínimo fazendo uma coisa diferente de cada vez. Tenho muita sorte em conhecer pessoas novas interessantes, cada uma com sua história, com seu jeito, imensamente ricos de informação e experiência.

Escrever tem me dado cada vez mais prazer, tanto por sentir que desenvolvo de alguma maneira meu hobby, quanto pelos inúmeros comentários, emails, msns de vocês que a cada dia que aparecem me enchem de alegria. Já disse em particular para alguns leitores, mas gostaria de dizer mais uma vez que mais prazer do que ser elogiado por um texto, é saber que o que escrevo por aqui ás vezes ajuda alguém que passa por situação parecida, que tem questionamentos similares ou que apenas precise saber que tem mais alguém por aí com os mesmos problemas.

2008 já está com cara de 2009, e ainda que não seja o maior dos otimistas, sinto que é um ano que promete muito, que terei muito o que comemorar e contar. Sempre analiso meus anos pelos seus highlights, se tenho poucos foi um ano ruim, do contrario bom. E nada tira da minha cabeça que 2009 será cheio de highlights. Feliz ano novo a todos, desejo muitos highlights a todos.

Obrigado Tha Roque, Ka, Tha Nunes Fê, Andarilho, Sally, Francisco, Camila, Márcio, Érika, wall, Túlio, ASA, Helô, Fernanda Tinem, Ciça, Gui, Limão, Sylvain, Lorena, Volponi, Bruna, Imara, mc, Ângela, K., Tica, santocasto, Karen, P.R.A., Ro Clemente, Ingrid, babi, Sandra de Paula, Lia, Fujii, Pedro Barcellos, Ana Helena, Cris, Paulo, MM, Willyan Cordeiro, Diandra, Kelvin Wallace Souza, Nane Néri, Ana Paula, Lenon Mendes, Murilo, todos anonimos e todos os outros que posso ter passado batido. Vocês verdadeiramente fazem a vida deste blogueiro melhor.

PS: Esse blog entrará em recesso (com alguns posts programados) a partir de hoje, e a não ser que tenha algo muito importante a dizer, volto dia 5.

Eye Candy!

Beleza é fácil se comprar. Já charme...

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Cada um tem o que merece.



Essa é uma das maiores verdades que já ouvi na vida. Só temos o que merecemos mesmo, seja bom ou ruim. A vida não é injusta, o mundo não é injusto, seja lá o que passarmos, merecemos isso. Pra mim é mais fácil ainda, visto que sou espírita e acredito que tudo tem um porquê.

Mas você pode pensar que por muitas vezes viveu coisas muito ruins, que não fez nada para merecer isso. Maomeno. Como já discuti aqui, a história do Livre Arbítrio nos coloca um grande poder e consequentemente, responsabilidade nas mãos. Ao mesmo tempo que podemos fazer o que bem entendermos, somos responsáveis por isso. E não fazer nada é opção também, não é obrigação.

Tendemos a achar que não temos opção, que a situação que estamos é inevitável, e que devemos aceitar nossa realidade. Mentira. Seja lá qual for sua dificuldade, esta pode ser superada. Pode ser um milhão de vezes mais difícil do que para outras pessoas, mas é possível. Ainda acha que é impossível, e que no seu caso realmente não tem opção? Assista para-olimpíadas, eles tem um bom argumento.

Isto posto, vimos que nossa realidade só depende de nós, e consequentemente, quem decide o que merecemos somos nós mesmos. Se vivemos infelizes em nossos trabalhos, merecemos essa infelicidade por não termos coragem e força de vontade de procurar outro melhor, se sofremos num relacionamento, a mesma coisa. Assim como, quando estamos uma fase em que tudo parece dar certo para nós, devemos ter a consciência de que graças a nossos esforços chegamos a isso, não é sorte, não é facilidade, é fruto de nossa postura e conduta.

Acredito então, que cada vez que eu me der mal, que estiver triste por algum motivo, devo parar pra pensar porque estou fazendo isso comigo mesmo. Porque deixei que decidissem por mim o que eu merecia, me lembro da responsabilidade que tenho pelas minhas decisões e analiso o que ando achando que mereço.

Sou seguro o suficiente para saber que mereço muito, que tenho defeitos claro, mas que pegando pela média, eu mereço muita coisa boa. Portanto, não paro de pensar que minha realidade ainda está longe da que mereço, não aceito viver na fantasia de uma vida ideal, vou atrás dela, porque sei que é nela que devo viver, sem pensar no fim da vida que aceitei muito menos, e perceber que eu mesmo acreditei que mereci isso.

Não é bobagem de correr atrás de seus sonhos, de buscar o sucesso, apenas busque o que é seu por direito, o quanto você sabe que vale, se não buscar entenda que voc6e mesmo foi quem decidiu que valia menos. Se não se conformar com isso, faça alguma coisa, batalhe, tente, se mexa, só não espere que as coisas caiam do céu, pois não haverá surpresa. Cada um tem o que merece.

Mood of the Day!

Terceiro clipe do NX Zero dirigido pelo Laganaro.

Nx Zero - Daqui pra Frente

UPDATE: Vai a letra pras quem quiser cantarolar junto...

Estou aqui pra dizer que eu jamais
Imaginei te ver sofrendo assim
Te ver chorar vai me fazer sofrer ainda mais
Estou aqui pra dizer que eu jamais

Quis te ver assim (quis te ver assim)
E escrever aqui (escrever aqui)
Tudo o que senti

Mas espero que daqui pra frente
Tudo se renove pra nós dois
Nossas vidas são tão diferentes
Viva agora tudo o que sonhou
Muita coisa ainda está por vir
Muita coisa ainda vai mudar
Eu espero que daqui pra frente

Estou aqui pra dizer:seu coração
Vai te mostrar exatamente pra onde ir (que, que, que)
Que temos muito o que viver
Enganar o tempo não dá mais
Estou aqui pra dizer que eu jamais

Quis te ver assim (quis te ver assim)
E escrever aqui (e escrever aqui)
Tudo o que senti

Mas espero que daqui pra frente
Tudo se renove pra nós dois
Nossas vidas são tão diferentes
Viva agora tudo o que sonhou
Muita coisa ainda está por vir
Muita coisa ainda vai mudar
Eu espero que daqui pra frente

Eu sigo o meu caminho
E você siga o seu
E acho que isso é mais forte que eu
Tive minha chance
E não sobrou mais nada
Que possa fazer você ficar

Mas espero que daqui pra frente
Tudo se renove pra nós dois
Nossas vidas são tão diferentes
Viva agora tudo o que sonhou
Muita coisa ainda está por vir
Muita coisa ainda vai mudar
Esse é meu preço pra deixar você ir...

quinta-feira, dezembro 18, 2008

After-Taste


É muito difícil falar o que eu mais gosto em uma mulher. Afinal a obra completa é perfeita. Mas sempre tem algumas coisas que te encantam mais. A delicadeza, os trejeitos, a pele perfeita. Tudo aquilo que nós homens não temos nunca. Mas uma das coisas que mais gosto de uma mulher é o seu after-taste.

Mulheres comuns não tem after-taste, as ruins deixam um gosto amargo, como aquele que se sente apos uma balada cheia de cigarro e whisky. Mas as boas não, elas deixam um rastro de marcas, sabores, cheiros, que prolongam a experiência. Nossos sentidos continuam estimulados por horas, dias, anos.

Por mais que nos deparemos com inúmeras mulheres bonitas na vida, não são todas que ficam gravadas na sua memória. Estas, deixam marcas, patenteiam posições, sorrisos, rostos ao dormir, de modo que não conseguiremos desligar essas imagens de suas donas. Se conseguirmos.

Se tem mulheres que abrem a boca só para estragar seus rostos e corpos bonitos, outras fazem exatamente o contrário. Complementam com palavras, ruídos e gemidos o que nossos olhos contemplam. Isso não está diretamente relacionado com inteligência, por mais que seja igualmente afrodisíaco. Tem a ver com sintonia, com dizer as coisas certas, com o jeito de pronunciar algo sem graça e ainda assim provocar eco em nossas cabeças.

O contato que temos com a mulher é das coisas mais esperadas. É a última coisa a que temos acesso total. Desde a primeira vez que esbarramos um braço “acidentalmente” até o momento em que ela puxa os cabelos da parte de trás de sua cabeça passionalmente. Aqui o que mais me encanta é a iniciativa, a intenção em se manter perto, em mostrar que está aproveitando, ou que não quer que você pare de fazer seja lá o que estiver fazendo.

Indiscutivelmente, cada mulher tem um sabor. A mistura de seus cremes, a bala que gosta, a bebida que toma, sua pele, sua saliva. Esse coquetel fantástico constrói a coisa mais fantástica que qualquer homem pode provar na vida. Haja paladar para apreciar todas as notas e sutilezas. O gosto permanece grudado no céu da boca, fazendo com que seus dias sejam muito mais saborosos.

Por último, e na minha opinião, o mais importante. O cheiro. A fragrância de uma mulher está muito ligada ao seu sabor. Porém, diferente do sentido que seduz a língua, tem a capacidade de permanecer para sempre em nós com facilidade. O cheiro de uma mulher impregna nosso pescoço, nossa roupa de cama, nosso carro. Nos faz acordar mais feliz quando a primeira coisa que sentimos ao acordar, antes mesmo de ver a luz do sol, é sentir seu cheiro e lembrar do que passou. Como after-taste, nada mais forte que o cheiro. Vira e mexe sinto cheiros que me levam para uma década atrás, e me faz sentir exatamente como estava, como se fosse um sonho, que consegue fazer você reviver algo, mesmo sendo uma pessoa completamente diferente.

Feliz Roupa Nova.


Chega o Natal e o Ano Novo, e qualquer homem que se preocupa com o visual pensa no que vai usar nas festinhas de fim de ano. Eu nunca sei se uso branco, preto, bermuda, calça. Ainda não decidi, mas a Diandra compilou ótimas dicas. Dê uma olhada lá no Homens Modernos.

DJKast #029 - Merry Xmas!


Ho, Ho, Ho. O Natal chegou e é hora de cantar músicas bonitas que dizem o mundo é lindo. O primeiro bloco tem três músicas da trilha sonora de Esqueceram de Mim 2, um dos melhores filmes de natal de todos os tempos. Pelo que me disseram. O segundo é mistureba de Pop que por algum motivo faz sentido em estar aqui. Espero que gostem, bom natal e feliz ano novo a todos. Fui.

Rolaram:

New York Coral - Christmas Star
Louis Armstrong - White Christmas
Jingle Bell Rock
Madonna - Give it 2 Me (Paul Oakenfold Remix)
Britney Spears - Womanizer
U2 - New Year's Day
Whigfiled - This Christmas

Para ouvir no computador clique aqui e para adicionar no iTunes clique aqui.

Caso clicar acima não adicione o feed automaticamente no seu iTunes, para adicionar o feed "na raça", basta abrir o programa, ir na opção "Advanced", daí clicar em Subscribe to Podcast e inserir esse link na caixinha: itpc://web.mac.com/cristianoarruda/DJK/Podcast/rss.xml

Como sempre, se tiver qualquer dúvida, ou quiser pedir alguma música, basta me mandar um e-mail.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Entre Tapas e Beijos.


Nunca entendi esse tipo de relacionamento. Desses que o amor e o ódio dividem curva a curva pra ver quem ganha. Exemplos não me faltam, diversos amigos e amigas viveram e vivem relacionamentos em que os beijos e tapas são constantes. Não raro, esses são os mesmos casais que terminam a relação um milhão de vezes.

Adoro o que não entendo, encaro como desafio, comprender algo que nunca fiz ou faria. Portanto sempre me pergunto por que as pessoas se submetem a esse processo de dor por tanto tempo. Sim, processo de dor, pois justamente ter amor no meio, as porradas doem muito mais quando chegam.

A explicação mais comum é dizer que tentam porque apesar de tudo, se gostam muito e querem que o relacionamento dê certo. Muitas vezes as brigas acontecem por motivos bobos, que sem perceber viram grandes batalhas de quem consegue ofender mais o outro. Se a briga é muito feia, terminam, e saem provocando um ao outro mesmo quando estão separados. Mas o sangue baixa, eles conversam e acabam voltando.

Deixar alguém de que se gosta não é nada fácil, fica difícil se convencer disso, por mais que o relacionamento esteja um inferno. Afinal, o “maior motivo” para se estar com alguém é o amor não é? Até é, mas não é o bastante. Ás vezes as coisas simplesmente não funcionam, parecem enroscadas. Situações que deveriam ser simples e indolores, são fardos de conflito. Que por mais que aconteçam por motivos bestas, acontecem. Fazendo uma análise rápida, sabe-se quais desses conflitos são esporádicos e quais tendem ao infinito.

Se o amor é razão suficiente para tentar manter uma relação, o ódio é o bastante para se desistir dela. Não tem como se cegar e não perceber que, a partir do momento que você xingou a pessoa que você ama por mais de duas vezes na história, é sinal de que algo está muito errado. Insistir numa relação turbulenta é investimento de alto risco, e quanto mais tempo se fica, maior será o prejuízo para todos.

Há esperança? Sim, a danada é imortal, já presenciei casamentos, filhos, aniversários, entre pessoas que só faltavam se espancar. Todos os dias. Aparentemente conseguiram encontrar um maneira de convivência razoavelmente pacífica, em que os conflitos fossem controlados. Se são felizes eu já não sei.

O que sei é que se dá tanto trabalho pra dar certo, não vale a pena.

Mood of The Day!

Em homenagem a meus amigos comprometidos.



Cesar Menotti & Fabiano - Ciumenta

Eye Candy!

A Elle de Heroes (e também de Veronica Mars)

Mais aqui.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Como dizer não?



Nesse joguinho que os homens jogam com as mulheres todos os dias, as regras mudam todos os dias. Movimentos que um dia foram impensáveis se tornam procedimento padrão, tacadas de gênio se transformam em aquecimento. Não é a toa que o jogo é tão complicado, decorar um imenso manual de instruções em transformação permanente não é fácil.

Uma das regras relativamente novas, está relacionada ao primeiro movimento. Antes, como no xadrez, onde as peças brancas sempre começam, era dos homens a responsabilidade de iniciar o jogo oficialmente, por mais que de certa maneira os “adversários” já estivessem se estudando através de posições, olhares e leves contatos. O homem, da maneira que lhe fosse mais conveniente, fazia o primeiro contato, e daí pra frente começava a partida.

Numa analogia besta, em que um sim significava vitória e o não derrota, o homem era especializado apenas na técnica de ouvir a resposta, cabia a mulher falar. Positiva ou negativa, homens ao redor do mundo aprenderam (melhor ou pior) a decifrar o veredicto de suas pretendidas, enquanto as meninas se viravam para arranjar desculpas quando queriam encerrar a partida.

Pois bem, voltando as regras novas, hoje a história de que o homem sempre dá o primeiro movimento é passado. Ambos os lados estão livres para iniciar o jogo ou esperar pelo movimento do adversário. Vai da preferência, humor ou clima de cada um. Meninas mais atiradas não precisam mais esperar garotos tímidos, podem fazer “a parte deles” e viabilizar algo que nem depois de cem anos aconteceria. Os homens por outro lado podem brincar de ser desejados, fazer charme e provocar a mulher até que ela faça alguma coisa.

Não sou contra mudanças que deixem o jogo mais interessante, porém até nos adaptarmos às novas regras, as partidas podem ficar um tanto turbulentas. Com a mudança, homens estão aprendendo a dizer e mulheres a escutar, e por muitas vezes percebemos que estamos longe de dominar essas novas técnicas. Foi duro o suficiente aprender a lidar com os “nãos”, mas conseguimos. Agora temos que aprender a dizer, e se tem uma coisa para que não fomos programados, foi para recusar mulher.

O caso aqui não tem nada a ver com querermos pegar todas, e sim por termos vivido por anos batalhando por “sims” e de repente temos a oportunidade de decidirmos nós mesmos. Como se controlássemos a resposta das mulheres. O reflexo é o “sim”. Se vencemos nossos reflexos (ou seja, estamos sóbrios o suficiente), ficamos sem jeito em como dizer o “não”. Não queremos ser rudes, grossos, metidos, apenas queremos mostrar que não estamos interessados, mas nem sempre a mensagem é bem recebida. Afinal, as mulheres também ainda estão aprendendo a ouvir. Assim como nosso reflexo é dizer sim, o delas é de acreditar que ainda mandam na situação.

Como isso se resolverá eu não sei, mas entendo muito mais as mulheres hoje em dia, e prometo fazer tudo que for possível para salvá-las de homens inconvenientes, que se recusam a aceitar que o jogo acabou, impedindo qualquer outra partida mais interessante.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Eye Candy!

O tempo passa, e ela só fica melhor.

Jennifer Aniston na capa da GQ de Janeiro.

UPDATE: Achei mais duas. Maiores inclusive, clique na foto para ampliar. Vale a pena.

Contando os dias.



Nunca fui fã de calendários, dou todos que ganho, fora um classudo do James Bond que ganhei ano passado (mas fica de decoração na minha estante), não vejo muita utilidade para calendários mesmo. Posso ver os dias no computador e telefone, então, enquanto não abrir uma borracharia, permaneço assim.

Por outro lado, hoje vi lá no Hypercool o calendário de 2009 da Vogue Paris. A coleção de modelos é fantástica como se pode imaginar, incluindo a brasileira Aline Weber. As fotos são do badalado Terry Richardson, que as clicou como pinups. Dá pra ser melhor?



Para ver todos os meses dá um pulo lá no blog do Sylvain.

PS: Eu quero!

O Amor tem Idade?

Direto do Agridoce eu pergunto: O Amor tem Idade?


Minha ex-ex tem 7 anos a mais do que eu, minha ex tem 7 a menos. Obviamente nunca vi problema em diferença de idade para me relacionar com alguém. Ainda que a diferença pareça ser pequena, na minha idade ainda é bastante relevante. Afinal, quando namorava com a mais velha tinha acabado de sair da pós-adolescência e ela chegando a idade de ter filhos. Já no caso da mais nova, o contrario aconteceu. Começamos quando ela ainda estava no colegial e eu já preparava o terreno para aquietar.

Foi só após o final do segundo relacionamento que percebi, que de certa maneira, meus dois relacionamentos terminaram por causa da tal diferença de idade. Os motivos do fim, a falta de motivação em continuar, foram bem diferentes, mas de uma maneira ou de outra, estavam ligadas a estarmos vivendo em fases diferentes da vida. Numa estranha inversão de papéis sofri o que provoquei e provoquei o que sofri. Foi a diferença de idade que mudou a sintonia entre eu e elas.

A culpa foi da idade? Não. Foram diversos os motivos para o fim de ambos relacionamentos, mas por diversas razões, a idade transformou problemas contornáveis em situação insustentável. Não há como brigar com objetivos, desejos, interesses, energia. Não com todos esses ao mesmo tempo pelo menos. Em ambos casos tive a impressão de que a falta de amor não foi o problema, nem a convivência a dois, faltou combinar o ritmo, e isso só poderia acontecer de vontade dos dois se estivessem na mesma fase da vida.

Mas não acredito que a diferença inviabilize uma relação, e sim a fase. Tenho vários amigos que vivem fases de vida diferentes das que sua idade acusaria. Uns tem quarenta e querem farra, outros tem vinte só procuram sossego. Enquanto existem mulheres que com vinte e três querem casar e ter filhos, outras querem mesmo é experimentar, conhecer, serem completamente livres para se encontrarem.

Existem muitas exceções, mas ainda são exceções, normalmente as pessoas vivem as fases da vida que suas idades sugerem, e não tem como fugir disso. Não dá para pular nenhuma fase, todas tem que ser vividas, pois se não for hoje, uma hora elas voltarão com força total e as opções se reduzirão a vivê-las ou ser eternamente infelizes. E ninguém são escolhe pela infelicidade.

Acredito que se relacionar com alguém de idade diferente é sempre mais complicado, ainda que possível, desde que ambos saibam que já viveram o que tiveram que viver, que a partir do momento que se juntaram tem de estar em sintonia próxima um do outro, do contrario, o ruído será inevitável.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

DJKast #028


O programa de número 28 traz algumas coisas que achei muito legais baixadas na última semana, e o segundo bloco pra quem curte uma fossa, ouvir uma música deprê de vez em quando. Além é claro de um flash diferente, resgatado do fundo do baú. Aproveitem

Rolaram:

Beirut - Elephant Gun
The Killers - Human
Katy Perry - Hot N' Cold
Sarah McLahan - Angel
George Michael - Tonight
Nine Inch Nails - Something i Can Never Have
Ronaldo e os Impedidos - O Nome Dela

Para ouvir no computador clique aqui e para adicionar no iTunes clique aqui.

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Como sempre, se tiver qualquer dúvida, ou quiser pedir alguma música, basta me mandar um e-mail.

"Sachisfação"

Ok, estou ausente daqui porque a gripe me pegou de jeito e mal consigo fazer o que me pagam. Mas creio que amanhã volto ao normal, ou quase isso.

De qualquer maneira amanhã tem texto no Agridoce e DJKast por aqui. Eu espero.

Beijos e abraços, não me deixem só.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

O Sorriso de Seu Corpo



Preciso criar vergonha na cara, mais um texto perdido porque não consegui terminar nada a tempo.

Para quem não a conhecia, como eu, ela era séria. Imponente, semblante austero, toda de preto. Nunca sorria. Cuidava de tudo, tinha as coisas sob controle, chamava a responsabilidade. Não foi surpresa quando ela começou a dar as cartas de como as coisas seriam dali pra frente.

A noite começou calma, como ela, controlada, sem olhar para ninguém, não por falta de segurança infantil ou “charminho”. E sim porque ela era assim, como a noite, não sorria feito boba alegre, feito o dia. Não recebe a todos de braços abertos, nem te dá calor. Apenas te aceita, você que aprenda o que fazer com ela.

Ao mesmo tempo, os níveis se elevaram, etílico e volume, e todos os corpos começaram a exteriorizar sua graça (ou falta dela). Ela e a noite finalmente começaram a se mostrar, a mostrar o que tem de melhor. Nunca deixando de lado sua face de certo modo opressora, intimidadora. Ninguém se aventura pela noite e sabe o que vai encontrar. É ela quem decide. Se você vai enxergar onde tinha que virar ou parar.

Sempre gostei da noite, o dia é útil, a noite é divertida, interessante. Assim a admiro, observo, perco os olhos tentando descobrir onde ela começa e termina. Mas noite não liga pra ninguém, se move como e quando quer, amanhece quando lhe apetece ou quando o autoritário dia resolve aparecer.

Ela sorri. Não com os lábios, isso seria muito óbvio. Mas de alguma maneira ela sorri, consigo enxergar finalmente, ela não é séria, já faz tempo que ela está sorrindo, mas eu não percebia. Não está estampado no rosto como acontece com o sol num desenho infantil. Seu sorriso é complexo, aparece em fragmentos, se constrói em uma coreografia coordenada. Ela sorri com o corpo.

O semblante não parece mais austero quando se enxerga o todo, sua boca pode estar selada mas isso não a impede de falar e sorrir. Consigo ver finalmente que ela está feliz, que se diverte com tudo que acontece e principalmente que não está impassível, só dá bola para o que quer. Sim, ela sorri, pra quem quer.

Não bastasse o mistério, agora seu sorriso me encantava, me chamava, me fazia querer sorrir junto, na mesmo velocidade, com os mesmos descompassos, no mesmo lugar. O ritmo era completamente diferente, os olhos agora só enxergavam ela e o espaço que a contornava. O espaço que eu invejava. Coloquei um pé, e logo depois o outro, não fui expulso, o sorriso já não cabia no corpo, se alastrava pelas paredes e garrafas do bar.

Logo a mão, o peito, o cheiro e em alguns minutos os lábios selados começaram a cantar, sorrindo, junto com seu corpo todo. Louco de curiosidade, louco de whisky, louco, eu me aproximava cada vez mais. Até o ponto que me encaixei em seu sorriso, fazendo de conta que agora fazia parte de tudo aquilo, da austeridade, do mistério, do sorriso que se move.

A noite gostou de mim. Aquela noite, ela gostou de mim.

domingo, dezembro 07, 2008

Mood of the Day!


Katy Perry - Hot N'Cold

You change your mind
Like a girl changes clothes
Yeah you, PMS
Like a bitch
I would know

And you over think
Always speak
Cryptically

I should know
That you're no good for me

{CHORUS}
Cause you're hot then you're cold
You're yes then you're no
You're in then you're out
You're up then you're down
You're wrong when it's right
It's black and it's white
We fight, we break up
We kiss, we make up
(you) You don't really want to stay, no
(but you) But you don't really want to go-o
You're hot then you're cold
You're yes then you're no
You're in then you're out
You're up then you're down

We used to be
Just like twins
So in sync
The same energy
Now's a dead battery
Used to laugh bout nothing
Now your plain boring

I should know that
you're not gonna change

{CHORUS}

Someone call the doctor
Got a case of a love bi-polar
Stuck on a roller coaster
Can't get off this ride


You change your mind
Like a girl changes clothes

sexta-feira, dezembro 05, 2008

“Sou legal, não tô te dando bola”.



Na primeira vez que vi essa comunidade no orkut pensei: Mentira! Mulher que fala isso está mentindo. Mas apurei meu raciocínio e reconsiderei. Não é mentira, é meia-verdade, ou no mínimo um nome mal construído. Na verdade, o que elas querem dizer é “Sou legal, não quero ficar com você”.

Minha experiência com mulheres não é a maior do mundo, mas suficiente para dizer que sim, as mulheres sabem muito bem quando estão dando bola ou não. Afinal, desde que começaram a olhar para os meninos lá no ginásio, estão acostumadas a serem abordadas por homens interessados nelas com segundas intenções. Falando então de mulheres da minha idade, na faixa dos 30, são no mínimo 15 anos de observação. Não é possível que não tenham entendido ainda o que nos faz as abordar.

Acredito não ser possível porque mulheres são bem diferentes dos homens. Elas mesmo vivem dizendo que a maioria de nós somos iguais. E em parte é bem verdade. Ainda que tenhamos diferenças claras, na essência temos os mesmo instintos. Diferente das mulheres que tem cada uma seu “princípio-ativo”. Homens não entendem, nem nunca entenderão as mulheres, podem entender algumas, mas todas? Nunca.

Homens são simples, faça o teste, apareça pelada na frente de qualquer um, se você não for algo exageradamente diferente do que o atrai, a reação será a mesma. Mulheres não, tem cada uma seu processo, seus pedaços, seus pontos fracos. Por mais que também dividam algumas características com as outras de sua “espécie”, manifestam de maneiras completamente diferentes.

Isto posto, aguardo argumentos que comprovem que uma mulher não tenha como saber se está dando bola ou não. Não são todos os homens que tem discernimento para entender que uma mulher pode muito bem dar bola sem querer ficar com ele.

Mulheres que dão bola sem querer nada, o fazem por diversas razões. Algumas querem que todos babem por ela, outras querem apenas atenção, mas a maioria não pensa nas conseqüências do que está fazendo. São naturais, são elas mesmas, e acabam pagando por isso. Justo? Não sei, mas por séculos, foi responsabilidade do homem cortejar a mulher, e fazemos isso no escuro, com a ajuda no máximo de um olhar, portanto não sejam duras conosco, não é fácil saber o que vocês querem.

Meninas legais do mundo, nós te entendemos, mesmo dando bola, podemos relevar e não julga-las por insinuar algo que na verdade não querem. Mas nos agüentem, ou prestem mais atenção quando quiserem chamar um homem para jantar, dançar sensualmente, pegar demais ou ligar para eles quando estiverem bêbadas. Não lemos mentes, e já que é para adivinhar algo, vamos pensar no que for mais interessante para nós.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Silhueta



Hoje não consegui escrever, daí achei esse texto perdido nos arquivos. Li e achei bom, então não custa publicar.



Cheguei em casa e já era amanhã. Uma faixa dourada no horizonte me lembrou você. Não que você a notaria, mas o súbito interesse em saber porque não notava como eu. Eu apontava maravilhado, mas você só se maravilhava com o meu rosto.

Cheguei em casa pensando em ontem. Qual “ontem” não tem importância, era apenas o referencial do que passou pros sentidos mas não pros sentimentos. Ontem peguei sua mão que apesar de não estar ainda é. Sua mão fazia a minha melhor.

Cheguei em casa e negava o hoje. Hoje não existe nada, não existe eu ou você, existe a lembrança do que foi e do que poderia ter sido. Hoje, eu queria que fosse ontem e desdenhava do amanhã. Mesmo que ontem não tenha sido perfeito, sei que amanhã também não será.

Em casa me sinto fora, a faixa dourada se foi e sobrou o lençol amarrotado. Ele vai tentar, mas nunca será páreo para seus braços. Ele pode tentar me esquentar, me envolver, me receber. Mas nunca me livrará do frio, do desolamento, do vazio.

Na cama eu sou só carne. Minha alma anda por aí, procurando o rumo, sem saber muito bem para onde. Nem por isso pára de andar, ás vezes tenta achar o caminho de casa, outras pega a estrada para longe daqui. Eu aguardo, não mando, não ordeno, apenas espero, quem sabe um dia acorde e esteja deitada comigo.

Sinto sua falta. Sinto que era o que me fazia e tenho medo de nunca mais ser. O sol não deixou de brilhar, continua invadindo minhas pálpebras preguiçosas, continua revelando o que sou, continua clareando minha calçada só não sei muito bem pra que.

Cheguei em casa e já era amanhã. Uma faixa dourada acabou de esvair no horizonte. A luz é tênue, derrama-se sobre os lençóis amarrotados, que caprichosos compõem uma silhueta. Não sou eu, não é você, é apenas uma silhueta que por si só ficará lá por alguns minutos. A cada dia esses minutos diminuirão, pouco a pouco, até mudar a estação, até minha alma voltar e tomar seu lugar.

DJKast #027



O número 27 é especial para mim já há algum tempo. Não sei porquê, nem quando isso começou, mas é. Nada de fascinação ou superstição, só gosto mesmo. Por isso nesse programa toquei o que mais gosto, pelo menos no momento. Espero que curtam.

Rolaram:

AC/DC - If You Want Blood (You've Got It)
Korn - Freak On A Leash (Feat. Amy Lee)
Bon Jovi - Wanted Dead or Alive
Alabama - Dixieland Delight
West Rocky - Três Whiskies
Garth Brooks - Ain't Go Down (Till The Sun Comes Up)
Space Cowboy - I Would Die
Moony - I Don't Know Why
Bomb The Bass - Beat Dis
Cover Girls - Show Me

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quarta-feira, dezembro 03, 2008

A Pessoa Ideal



Qualquer sonhador que se preza, já pensou em quem seria a pessoa ideal para si próprio. Idealizamos as roupas que usaria, os lugares que iria, a música que gostaria, como usaria o cabelo, etc. Pintamos baseados em nós mesmos, nossas metades, que se não espelham nossas qualidades, compensam nossos defeitos.

Eu nunca tive um ideal de pessoa traçado. Até “ter” as pessoas. Hoje consigo muito bem enxergar as similaridades das pessoas que tive, e viciado que sou, achar um padrão nos comportamentos e posturas. Obviamente não sei até onde essas pessoas possuíam essas qualidades ou mudaram de postura. As escolhi porque eram assim ou simplesmente as transformei no que queria?

A melhor maneira de descobrir isso é observar o que as pessoas se tornaram após se separarem de mim, mas mesmo assim, a perda de intimidade e seus novos relacionamentos podem facilmente contaminar meu julgamento. Então acabo ficando com minha capacidade de observação para teorizar.

Baseado nisso, enxergo algumas coisas que tem maior ou menor chance de pertencer às pessoas, para assim, desenhar o que pode se parecer com a minha pessoa ideal. Evitando qualquer tipo de projeção ou comparação, vejo o que eu queria que mudasse ou não em meus antigos relacionamentos, cruzo as informações e encontro os pontos importantes nas relações que vivi, coisas que gostaria de ter independente de fase ou pessoa.

O físico me importa pouco. Não que a atração seja dispensável, mas não tenho preferência clara por nenhum tipo específico. Tenho amigos que namoram com cópias de ex-namoradas. Uns sempre namoram loiras, outros, magrelas. Mas eu não, já namorei magrela, gordinha, loira, morena, alta ou baixa. Acredito que seja porque para mim, o que conta é o charme. A mulher pode ser maravilhosa e gostosa, se não tiver charme, não me atraio nem um pouco.

A cabeça me importa muito. Não preciso que seja super dotada, mas não rola namorar com uma “porta”. Me interesso por muita coisa e sempre quero aprender, se a pessoa que está do meu lado não demonstra interesse em nada, tenho sérios problemas para lidar com isso. Não que seja errado, afinal, sei que não sou como a maioria, geralmente temos interesses específicos e nos aprofundamos neles. Eu sou o errado que quer saber de tudo.

A vaidade é ponto primordial. Não é segredo de ninguém que sou vaidoso, tenho prazer em escolher a roupa que vou colocar de manhã, gasto uma fortuna para cortar o cabelo num lugar bom. Mais uma vez, nada de ser o homem padrão que veste o que estiver mais fácil e apara o cabelo no barbeiro. Por isso mesmo, mulher para mim tem que ser muito vaidosa. Tem que conhecer, se interessar, se cuidar mais do que eu. Não posso ser o mais vaidoso da relação.

Tudo isso, além de qualidades essenciais como lealdade, respeito, boa educação, fazem com que eu admire uma pessoa o suficiente para a querer “vesti-la” todos os dias. Para achar que nada ficaria melhor em mim do que ela. Por mais que isso não seja prova de que o relacionamento dê certo.

Eye Candy! (with a twist)

Sempre coloco mulheres maravilhosas nos posts entitulados assim, mas hoje o que me pegou não foi a beleza da moça, e sim sua elegância. Mulher que sabe se vestir com estilo é sonho de consumo de qualquer homem.


Via: The Sartorialist

terça-feira, dezembro 02, 2008

Estou ficando. (Louco)



Não fossem complicadas o suficiente, temos deixado cada vez mais complexas as relações amorosas. Antes era simples, se casava. Depois se namorava e se casava. Mas hoje, poderia encher uma página só de modalidades de relacionamento. Estas variam de definição, tempo, intensidade, intimidade, seriedade. Impossível cravar qual se está vivendo caso não seja uma das modalidades antigas. Enquanto um está de rolo o outro está ficando, e isso pode, ou não, significar a mesma coisa.

Um dia desses, um amigo meu sofreu na pele as conseqüências desse tipo de confusão. Após sair com uma mulher umas quatro vezes (sendo que na última bastante íntima), a encontrou num bar enquanto estava com outra mulher, que já ficava há alguns meses. Não perguntei qual rótulo ele deu pra cada, mas no meu conceito, ele estava de rolo com a moça que conhece há meses e ficando com a fulana dos quatro encontros. Obviamente elas não entenderam assim e não sei até hoje como ele resolveu, se resolveu, esse problema.

É mais uma situação de problema na comunicação, que acredito eu, não é facilmente resolvida. Nenhum homem ou mulher gosta de chegar para uma pessoa e dizer, veja bem, eu fico com você quando rola, mas no meio tempo eu pego outras. O mesmo acontece ao contrário, não é fácil chegar para o outro e dizer, olha, eu não sei você, mas eu estou levando isso a sério, quero logo namorar, então faça o favor de aquietar. Os dois lados perdem e ganham na situação, mas nem sempre na mesma proporção.

Nos namoros e casamentos, ainda que diferentes, conhece-se um código de ética básico, sabe-se quais são os protocolos da relação e a maleabilidade não é tão grande. Já nesses novos tipos de relacionamento, como saber o que é certo e o que é errado? Até onde pode-se cobrar, esperar, fazer? A linha que separa os velhos, dos novos relacionamentos é fina, e vivemos pisando do outro lado sem querer.

Segundo minha definição, todos os relacionamentos novos tem uma elasticidade enorme, afinal, os protocolos não são conhecidos e a compreensão fica mais fácil. As coisas só se complicam quando chegamos no "estamos de rolo" ou "estamos ficando". Como meu amigo bem sabe.

Quando se está ficando, ou de rolo, as coisas se complicam pela possibilidade de se evoluir a relação para algo mais. Afinal, existem mil razões para se “testar” um relacionamento. As pessoas podem querer se conhecer melhor, podem estar em épocas da vida diferentes, podem querer saber se o sexo é bom, ou podem estar apenas com um medo desgraçado de assumir o rotulo de namorados.

Conversava com outro amigo esses dias sobre isso, e perguntei pra ele, qual o prazo máximo que ficantes podem ficar sem se ver, para nutrir algo que pode dar em alguma coisa. Ele foi taxativo: uma semana. Eu dei muita risada pela exatidão de sua informação. Alguns dias depois eu ouvi uma mulher dizendo que tinha ficado 14 dias sem ver seu “ficante” e que a próxima vez que isso acontecesse, nunca mais se veriam.

Vivendo e aprendendo.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Oh Captain, My Captain!



Esse final de semana, durante um churrasco daqueles que confrontam solteiros e casados, um amigo meu casado, apos ouvir as recentes “aventuras” do time dos solteiros levantou uma teoria interessante que eu batizei de: O solteiro alpha.

A questão levantada pelo meu amigo é muito bem fundamentada observando o comportamento dos solteiros de nossa turma na última década. Nesses dez anos, casais se juntaram e separaram, num revezamento natural entre os times. Em alguns momentos um grupo supera o outro, mas em boa parte do tempo existe um razoável equilíbrio.

Mas seja lá qual for a época, sempre existe alguém que chegou antes. O que está solteiro há mais tempo. Os que chegam depois dele vão se aglutinando, formando o time do qual o veterano é o capitão. Os lugares, turmas, horários, estilo de vida em geral, é naturalmente adotado pelos novos integrantes, afinal, estes não sabem muito bem o que fazer no novo estado civil.

O solteiro alpha é quem decide como as coisas vão ser, é aquele que todos ligam, é o que “tem os esquemas”. Mas não é um centralizador, apenas define os padrões, aceita de bom grado as idéias e eventos propostos pelo resto do time. Sendo estas propostas compatíveis com o modelo implantado, não há conflito. Só não dá para vir com cinema no sábado a noite para um alpha que sempre vai pra balada. E vice-versa.

A figura de um “capitão” facilita a vida do time de novatos, que estranhando a nova realidade ficam perdidos a maioria do tempo. Com um solteiro “norteador” a adaptação é menos dolorosa, é questão de tempo para criar um novo universo onde os novatos possam se sentir confortáveis novamente. E deixem de ser novatos.

Obviamente, essa irmandade pode dificultar as coisas se você resolva trocar de time de novo. Mas nada egoísta ou maldoso. Um solteiro alpha que se preste, sabe avaliar quando deve ceder seu jogador para o outro time. Por mais que não colabore tanto quando continua o chamando para todo tipo de partida possível, é um observador que já jogou em outros lugares, entende que esse negócio de amor a camisa é besteira, e que toda dividida, todo desarme, todo gol que marcamos em nas peladas que disputamos, tem apenas um motivo. Conseguir uma boa transferência para o time onde queremos nos aposentar.

Mood of the Day!

Segunda-Feira é dia de Nine Inch Nails. Jájá vem texto.


Nine Inch Nails - Something I Can Never have

I still recall the taste of your tears.
Echoing your voice just like the ringing in my ears.
My favorite dreams of you still wash ashore.
Scraping through my head 'till I don't want to sleep anymore.

[Chorus:]
You make this all go away.
You make this all go away.
I'm down to just one thing.
And I'm starting to scare myself.
You make this all go away.
You make this all go away.
I just want something.
I just want something I can never have

You always were the one to show me how
Back then I couldn't do the things that I can do now.
This thing is slowly taking me apart.
Grey would be the color if I had a heart.

Come on tell me

[Chorus]

In this place it seems like such a shame.
Though it all looks different now,
I know it's still the same
Everywhere I look you're all I see.
Just a fading fucking reminder of who I used to be.

Come on tell me

[Chorus]

I just want something I can never have

quinta-feira, novembro 27, 2008

Mood of the Day!

Ouvir rádio brega faz vc escutar as músicas bregas que gosta. Essa fazia tempo que não ouvia...


Toni Garrido - Sou Você

Super-exposto.



Em fotografia (ou cinema) dizem que algo ficou super-exposto quando por algum problema (e ás vezes de propósito) a imagem aparece muito clara. Deixaram entrar muita luz, seja por espaço ou tempo demais. A imagem fica “lavada”, esbranquiçada, o que impede que se veja o retrato como ele realmente é, com todos seus detalhes, defeitos e qualidades. Por muitas vezes essa imagem pode parecer melhor ou pior do que verdadeiramente é, mas independente disso, uma coisa é certa, é diferente do original.

Por aqui, me exponho cada vez mais, deixando entrar a luz que for, nunca me preocupando muito com tempo ou velocidade. Prefiro pecar pelo exagero, melhor ver uma realidade brilhante mais clara do que é do que escura e indecifrável. Não tenho problemas com isso, acho o preço baixo pelo prazer que tenho com os muitos comentários positivos que recebo. E não falo (exclusivamente) daqueles que elogiam meus textos, e sim daqueles que se identificam, e de alguma maneira não se sentem sozinhos, quando passam por dificuldade e indagações como as minhas.

O fato é que eu não estou sozinho nesse mundo e não sou anônimo. De diversas formas, o que escrevo aqui pode influenciar minhas relações sociais. Como já disse um tempo atrás, o que escrevo aqui, genericamente ou não, pode ser entendido como o receptor quiser. Pode vestir a carapuça ou vestir em alguém. Além disso, minhas opiniões, atitudes, credos, criam uma persona que não necessariamente sou eu.

Como uma imagem super-exposta, o meu retrato aqui não corresponde exatamente ao original. Tem a mesma silhueta, mas esconde o que não quero mostrar e destaca o que nem é tão notável assim. Aparento aqui o que quero, ajusto a câmera para mostrar o que acho mais interessante, respeitando duas coisas. A vida alheia, que não me pertence, o que é interessante para os leitores, ainda que não seja a coisa mais marcante ou importante para minha vida.

Não gosto de desagradar aqueles que me acolhem e vivem a minha volta por causa da imagem difusa construída aqui, mas espero que todos que passam por aqui, lêem, analisam, entendam que escrevendo, sou quem preciso ser, dou o que me pedem, não sou melhor ou pior, sou uma pessoa extremamente comum. O mais importante para aqueles que me conhecem é entender que um dos maiores prazeres da minha vida é escrever, é sentir que ajudei alguém, fiz rir, se emocionar, sonhar, mesmo que seja apenas uma pessoa, isso sou eu, e se for errado ou atrapalhar a vida de qualquer um, tentem me perdoar, não quero perder vocês, afinal, sem tudo que eu vivi e vivo com todos vocês nada existiria.

DJKast #026 - I Love You Honey Bunny



Chegamos violentos essa semana. O Primeiro bloco é composto por músicas de filmes do Tarantino (2 como diretor e 2 como roteirista), uma melhor que a outra. O segundo só múscias novas de bandas grandes que há pouco soltaram albuns inéditos. Espero que gostem.

Rolaram:

Dusty Springfield - Son Of A Preacher Man
Stealers Wheel - Stuck In The Middle With You
The Blasters - Dark Night
L7 - Shit List
Guns N' Roses - Catcher in The Rye
Oasis - Waiting For The Rapture
AC/DC - Rock N Roll Train
Co.Ro - Because The Night


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quarta-feira, novembro 26, 2008

Eye Candy!



Megan Fox. Speechless

You can’t, always give what you want



Apesar de adorar aprender, e observar o comportamento de todos o tempo todo, certas lições demoro para pegar. Talvez porque não queira, talvez porque demore a aceitar que estou errado. Mas seja lá o que for, quando aprendo levo pro resto da vida. Não esqueço nem faço corpo mole.

Algumas dessas lições foram: amigos não são pra sempre, amores não são pra sempre, não espere dos outros o que você faz por eles, não confie em ninguém. Ao longo dos anos fui aprendendo de maneiras dolorosas tudo isso. Mas fui incorporando ao meu jeito de viver, mesmo discordando internamente, entendo que são conceito imprescindíveis para meu bom convívio social.

A última lição que tive foi a de que nunca devo dar mais do que me foi pedido. Posso ainda ser surpreendente, encantar como quiser, mas se concentrar em dar o que as pessoas estão pedindo tem de ser o foco principal. E isso funciona em todas as esferas. Lembro bem de um amigo me falando que em sua empresa, tinha um funcionário que depois de vinte anos de casa, ainda insistia em “fazer as coisas certas”. Na hora morri de dar risada, e não entendi o que havia de errado. Ele explicou que as coisas não são assim, o funcionário não é contratado para fazer as coisas da maneira certa, e sim para fazer o que lhe foi pedido. Dessa maneira ele será útil de verdade, do contrario será apenas um chato.

No âmbito pessoal acredito que isso seja verdadeiro também. Cansei de dar ás pessoas todo meu melhor, meu respeito, carinho, companheirismo, tentando ser o mais próximo do parceiro ideal. O parceiro ideal no meu ponto de vista. O homem que passaria mais segurança, cuidado, que trataria suas mulheres como princesas num pedestal. Ou quase isso, afinal sexo não entra nessa equação.

O problema é que sempre achei que isso era o bastante, que se falhasse em outros pontos, essa base sustentaria o relacionamento. Errado. Ainda que mulheres sejam seres indecifráveis, basta parar para ouvi-las com atenção que se entende o que querem. E muitas vezes, querem algo muito mais simples do que você oferece. Nenhuma mulher quer de verdade um príncipe encantado genérico, de cavalo branco e armadura reluzente. Ás vezes o cavalo é dispensável, afinal, o que ela gosta é de andar mesmo, e a armadura pode ser enferrujada, desde que limpinha.

A real é que o homem dos sonhos de qualquer mulher é aquele que a escute de verdade, que entenda o que é importante para ela em cada momento, que supra suas necessidades, seja uma aliança no dedo ou um porre no bar da esquina. Não importa, basta ouvir e se possível ser companheiro.

Portanto, parei de pensar no que eu acho que seja melhor para elas, apenas escuto com atenção, e dou o que me foi pedido, assim como não espero que me ofereçam o que acham melhor para mim, e sim o que manifesto que quero. Usando das palavras de meu amigo Jagger, com uma pequena mudança:

You can’t, always give what you want
But if you try sometimes, you give what you’ve been asked.

terça-feira, novembro 25, 2008

Livre arbítrio.



Deus estava indo bem, criou o universo, como toda sua variedade de planetas, criou as estrelas que deixam o céu muito mais interessante de se olhar, a diversidade de plantas que nos dão de tudo alem de embelezar o mundo, os bichos que fazem o que os bichos fazem, e criou o homem e a mulher para tocar isso pra frente. Estava tudo bem, até ele dar uma qualidade a nós que jogou tudo por água abaixo. O livre arbítrio.

Deus, onisciente que é, sabia que sendo sua imagem e semelhança, mas não tendo seus poderes, não saberíamos lidar com essa liberdade toda. A maça coitada, foi a primeira de milhões de decisões “erradas” que faríamos. Nem vou entrar aqui nas grandes questões de guerra, poluição, genocídio, entre outras. Vou me deter a falar das pequenas coisas.

O livre arbítrio, apesar de direito, na maioria da história da humanidade foi muito bem monitorado. Para manter o povo sob controle inventaram diversas igrejas, leis, maldições, histórias do bicho papão. Isso não nos impediu de fazer muita besteira, mas nos colocou em trilhos com menos desvios e penhascos gigantescos. Transgredir era para os muitos corajosos. E os corajosos sempre vão pra fogueira.

Hoje vivemos num mundo muito mais tolerante, afrouxaram as rédeas, e ainda que reclamemos, não convivemos com muitas restrições. Trocaram os trilhos por largas e intermináveis estradas, repletas de vicinais, estradas de terra e atalhos. Podemos ir onde quiser. Ou seja, enfim, grande parte dos humanos podem usufruir completamente do tal livre arbítrio. Sem medo de punições, regras centenárias ou cabrestos. Somos livres, mas não temos idéia do que fazer com isso.

Basta observar bem a geração dos que tem de 50 anos pra baixo. Conheço muito poucos que estejam completamente tranqüilos com o que estão fazendo com as próprias vidas. Seja no setor profissional ou pessoal. Todos andamos de um lado para o outro sem saber o que estamos fazendo, por que ou mesmo pra que. Nos questionamos o tempo todo sobre o que é certo.

Não digo que antigamente não houvesse questionamento, mas para o público geral, eram apenas sussurros. Não tínhamos direito ou coragem de expressar descontentamento, fazíamos o que tínhamos o que fazer. Casamentos arranjados, heranças de negócio dos pais e aceitação de quem mandava. Era horrível, sim, não podíamos viver nossas próprias vidas, nem questionar o que achássemos errado. Mas era cômodo. Bastava viver.

Não acho que a liberdade seja ruim, de jeito algum, adoro o rumo que as coisas tomaram conceitualmente falando, mas também tenho certeza que estamos completamente perdidos e que sem onisciência vai demorar um bom tempo para nos acharmos.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Beber, cair, levantar.



O álcool é o melhor amigo do homem. E da mulher também. Na minha adolescência, bebia whisky como se fosse, bem, whisky. Toda noite, toda balada, toda tarde ensolarada, na verdade tudo era desculpa para beber. Fosse cervejada da faculdade, whisky com energético numa quinta a noite ou chopp num fim de tarde de Domingo. O fato é que eu bebia muito. Mesmo que menos que muitos amigos.

Depois que comecei a namorar, aos poucos fui largando o hábito, não tinha mais tantas festas, já havia me formado, e o principal, não precisava pegar mulher. Sou um cara tímido afinal. Então minha resistência pra bebida foi caindo, até o ponto em que três chopps já me deixavam tonto. Quando me metia a beber mais do que isso, o céu caía sobre minha cabeça, e tinha ressacas homéricas. Sinal dos tempos.

O fato é que estava tudo sobre controle, até eu ficar solteiro de novo. Ao contrario de alguns amigos, que por muito tempo foram solteiros e não eram de cair na balada, e ás vezes nem eram de beber, eu sempre me acabei. Faz tempo, mas era assim. Saía todas as noites que fosse possível, bebia o quanto fosse possível, dançava o quanto possível. Esse sempre foi meu natural, nunca fui caseiro quando solteiro, apesar de adorar ser caseiro namorando.

Pois bem, eis que foi inevitável, acabei voltando para essa vida, aos poucos é verdade, e mais maduro. Não preciso mais “pegar alguém” pra me divertir, posso simplesmente aproveitar a balada com um bando de bons amigos, até colegas de balada. Não me prendo ao que costumava fazer e tento conhecer lugares novos, pessoas novas, ambientes novos. Mas isso já é velho.

Agora estou na fase de analisar o que é essa vida. O papel do álcool no lance todo, a necessidade de estar sempre fazendo alguma coisa, o quão efêmeras são as sensações e experiências. Sem hipocrisia, viver cada noite de uma vez, não saber onde vai chegar é bem legal, mas depende muito da presença de pessoas especiais, ou mesmo de experiências inusitadas, sonhadas. E todos sabemos quão raras são essas situações.

A impressão é de que na maioria das noites, o conteúdo absorvido é ínfimo, que se coleciona risadas como goles, e só. Nada te faz crescer, amadurecer, evoluir. Patinamos numa realidade tão difusa quanto nossa vista dobrada devido ao álcool. Essa coleção cresce e é super divertida de se contar, de se viver, mas nada mais do que isso.

Se divertir é uma das coisas mais importantes da vida, sem dúvida, mas e o danado do equilíbrio? E a construção de algo, e o sentimento de que se está indo para algum lugar, o desenvolvimento pessoal? Não sei, por enquanto não vejo isso, logo tento cada vez mais investir nas pessoas e experiências especiais que encontro, por mais que não sejam as mais loucas ou legais de contar. Do contrario, acredito que a vida vai acabar tendo tanto conteúdo quanto meu décimo copo de chopp no final da noite.

sexta-feira, novembro 21, 2008

quinta-feira, novembro 20, 2008

DJKast #025



DJKast #025 traz a vocês uma seleção esquisita. No primeiro bloco três músicas que independente da língua que você fale, não entende nada. No segundo somos solidários a todos os paulistanos que trabalham nessa quinta e aqueles que sequer tem feriado hoje. Por isso trago a praia até vocês. Espero que gostem.

Rolaram:

Snow - Informer
Shaggy - Boombastic
Raimundos - Nêga Jurema
Bob Marley - Waiting in Vain
Jack Johnson - Breakdown
Bobby Mcferrin - Don't Worry, Be Happy
Claudja - Brand New Day (Accoustic)

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Mysterious Ways



Sabe quando você está pensando em comprar um carro e por isso o começa a notar na rua? Parece que tem muitos não? Então, quando se termina um relacionamento é a mesma coisa. Parece que o carro de sua ex é o mais vendido do planeta. E lá vai você, automaticamente olhar a placa pra saber se é ela. Pra que? Não sei, já que se for o caso não pense em buzinar, gritar ou bater no carro dela. Mas acredito que tem a ver com a angustia/ansiedade do primeiro encontro pós-término.

Pois bem, ontem ele aconteceu, e não dependi do trânsito para isso. Após uma sucessão de fatos estranhos e peculiares, acabamos nos encontrando sem preparação nenhuma. O lugar nos era conhecido, mas não era público, e quando mal percebemos, lá estávamos só nós dois, tendo que lidar com a estranheza da situação.

Como o fim do namoro não foi litigioso, a civilidade estava intacta, e lentamente começamos a conversar, iniciando pelas bordas de um copo bem cheio. Contamos 3 meses de coisas acumuladas, coisas que só o outro poderia entender, mas que pelas leis não escritas, não contamos.

Mergulhamos no copo e chegamos em nós, reviramos nossos conteúdos, discutimos adaptação, novas realidades, novas vontades, novos costumes, coisas que nos permitimos desde que nos separamos. Descrevemos sensações, rotinas, horários, como se ainda quiséssemos dar satisfação um para o outro, não por dever, e sim por uma mistura estranha de hábito e respeito.

Quase chegando ao fundo do copo falamos tudo que ouvimos um do outro nesse tempo separados, e essa hora foi de longe a mais desagradável. As pessoas se provam cada vez mais maldosas, insensíveis e mentirosas. Falam o que não sabem, o que não devem, o que inventam, e assim mancham uma relação que nunca sofreu com mentiras ou falta de comunicação. Confiar em ninguém é a única solução, melhor ainda se conseguir se blindar de qualquer notícia que dê margem a desconfiança e má interpretação.

Não chegamos a bater no fundo do copo, onde estariam as razões de termos nos separado, os frutos de nossas diferenças ou mesmo nossos sentimentos. Afinal, isso já foi discutido o bastante, e não tem motivo para ser mexido. Estamos bem com nossas decisões e posições, agora resta nos preservar para evitar desgaste desnecessário.

Isso tudo foi muito bom pra mim, tinha muito medo de que nos tornássemos estranhos completos. Nada me machuca mais do que olhar uma pessoa que já fui tão íntimo, como alguém que nunca teve relevância em minha vida. O encontro me provou que não há raiva, rancor, mágoa, desdém, ou qualquer coisa parecida. Confirmei que no fundo somos as mesmas pessoas, apenas em lugares diferentes.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Mood of the Day!


Lobão - A Vida é Doce

Com a mesma falta de vergonha na cara eu procurava alento no
Seu último vestígio, no território, da sua presença
Impregnando tudo tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone não
Com a mesma falta de vergonha na cara eu procurava alento no
Seu último vestígio, no território, da sua presença
Impregnando tudo tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone não
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa,
Tão depressa, tão depressa
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram depressa, depressa demais
A vida é doce, depressa demais.
A vida é doce, depressa demais.
A vida é doce, depressa demais.
E de repente o telefone toca e é você
Do outro lado me ligando, devolvendo minha insônia
Minhas bobagens, pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega
Que pousou na tua sopa. Me perdoa daquela expressão pré-fabricada
De tédio, tão canastrona que nunca funcionou nem funciona
E de repente o telefone toca e é você
Do outro lado me ligando, devolvendo minha insônia
Minhas bobagens, pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega
Que pousou na tua sopa. Me perdoa daquela expressão pré-fabricada
De tédio, tão canastrona que nunca funcionou nem funciona
Me perdoa,
Me perdoa, a vida é doce,
Me perdoa, me perdoa, me perdoa...
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa,
Tão depressa,
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram depressa, depressa de mais
A vida é doce, depressa demais...
A vida é doce, depressa demais...
A vida é doce, depressa demais...
A vida é doce, depressa demais...

terça-feira, novembro 18, 2008

Cinto de castidade.



Ontem coloquei aqui o comentário do santocasto sobre meu texto sobre fidelidade. Hoje queria comentar o seu comentário. Se você não leu clique aqui, do contrário não entenderá nada.

Gostei muito do comentário, principalmente porquê na maioria das citações o leitor concordou comigo, quando não complementou com muita eloqüência. Até então tudo estava previsível, um leitor que pensava como eu. Até no final do comentário, santocasto explicou o porquê de seu nick.

A decisão dele obviamente me chocou, não por a achar infundada ou insana. Mas não menos radical. Usar um cinto de castidade, realmente impede que façamos qualquer besteira provocada por bebedeira ou sem-vergonhice. Alem disso é uma prova de comprometimento inquestionável, aprisionar nosso melhor amigo por uma pessoa é de se admirar.

Já fui de fazer nenhum, muitos e hoje menos sacrifícios para o bem de uma relação. Mas invariavelmente a balança pendia para algum lado. Antes retirava todos e todas da minha vida, mas não cedia um milímetro do outro lado. Depois aprendi a ceder mais e consequentemente receber mais. Hoje já não sei. Não tenho idéia como vou encarar meu próximo relacionamento fixo. Ás vezes acho que vou ceder menos, tentar achar alguém que demande menos, mas por outro lado ainda mora em mim uma vontade de entrega total, de mergulhar de cabeça.

A questão da fidelidade, apesar de ser um problema de todos, nunca me causou grandes problemas. Não tive problemas ou fins de relacionamento por causa disso, pelo menos não que eu saiba. E prefiro não ser muito curioso a esse respeito. A fidelidade que poderia ser quebrada na verdade sempre foi um fantasma, daqueles que aparece no momento em que está mais acuado. A tentação, a provação só existiu de verdade em momentos em que as coisas já não caminhavam bem, o que me faz acreditar que foram conseqüências, nunca causas.

Então, parando um pouco pra pensar, a fidelidade em si não me incomoda tanto, muito menos a ponto de ter que usar um cinto de castidade. No meu caso, se chegasse a esse ponto sei que teria problemas mais sérios do que o passarinho engaiolado. Saberia que se tivesse que chegar a esse ponto alguma outra coisa estava muito errada. Ainda que eu acredite que ninguém é fiel, ainda acho ser possível ficar fiel por um tempo prolongado. Isso resolve a questão? Não, ainda viverei assombrado, mas que a assombração sirva de sinal de que tenho que arrumar alguma coisa.

O texto do santocasto foi bom de cabo a rabo, mas ele pecou em um ponto. Em certo ponto ele fala sobre evolução, sobre se adaptar aos novos tempos. Pois bem, como vamos usar um artifício inventado há séculos para resolver um problema atual?

Eye Candy!

Sessão de fotos da Victoria's Secret em algum lugar abençoado...

segunda-feira, novembro 17, 2008

Casto.

Semana passada escrevi um texto sobre fidelidade conjugal, onde questionava a existência desta como a conhecemos. Se você já leu sabe minha opinião, se não leia. O negócio é que no fim da semana, recebi um comentário interessantíssimo do santocasto. E como nem todos entram nos comentários estou o publicando aqui. Acredito não haver problema, visto que ele comentou publicamente.

Ia responder nos comentários mesmo, mas acho que ele merece um texto inteiro. Então amanhã vou publicar meus comentários aqui. Leiam o texto pois vale a pena, é muito bem escrito, coerente e com um final melhor ainda.

Sem mais...

Em primeiro lugar boa noite!

Primeira vez nessas paragens, mas gostei e acho que vou voltar, se puder...

Meu apelido é casto, rs* e eu queria compartilhar umas coisas com vocês todos sobre fidelidade, digo fidelidade "forçada", uma experiência muito pessoal. Gostei desse tópico, ok, então...

"...acho nosso modelo de relacionamento tradicional impraticável..." Me too!

" O ser humano simplesmente não nasceu para monogamia..." Yes! Mas temos que mudar, porque o mundo mudou, evoluiu! O homem só consegue ser feliz e se realizar plenamente, se e quando "ESTÁ" em estado monogâmico. O egoísmo é péssimo para o homem. Já a abnegação...

"... ninguém é fiel, apenas está fiel" Totalmente verdadeiro.

"Fidelidade é uma coisinha por si só, bem relativa, até onde pode-se ir sem trair?..." Nossa exatamente!

"...se o namorado ver uma Playboy já está de certa forma traindo..." Claro que está, sem dúvida... Sem falar em masturbação e nas fantasias que passam na nossa mente quando gozamos. A punheta é uma traição muda, a pior de todas...

"...Nossos instintos são incontroláveis..." Com certeza!


"Minha visão já foi muito pessimista em relação a isso..." A minha também, aliás, ainda é! Precisamos de AJUDA para quebrar esse modelo, parar de trair e aprender a viver felizes dentro da monogamia.

Bom, agora vou dizer o que penso. Todo homem mente e trai. Nós somos programados de fábrica para isso. DNA, cultura, seleção natural, sei lá, chamem vocês do que quiserem, lamentem, mas não neguem somos assim. Somos criados por nossas mães para sermos assim! Mas podemos mudar. Podemos ser mais felizes e realizados. Não é mais para ser assim... O mundo já mudou acordemos! Que mulher que gosta de um sujeito traira?

Mas por outro lado, nenhuma mulher tem ou pode ter certeza absoluta que o companheiro É fiel. DIGO CERTEZA ABSOLUTA! Podem no máximo ter certeza que ele NÃO É FIEL (pior caso) ou que ESTÁ FIEL.
(como vc sabe que teu namorado não está te traindo nesse instante?)

Mas te garanto que nenhum homem se sente bem traindo, sendo egoísta, mentindo para a companheira (só se for um crápula), se masturbando e fantasiando com a Melancia...

Mas se trair ainda é um ato instintivo, não é intencional e isso não nos deixa felizes ou orgulhosos, apenas culpados... Fato: nada nos impede de fazer novamente, porque somos fracos. Sim somos fracos

Eu fui muito infeliz porque saia com várias mulheres, traía minha garota, porque não conseguia conciliar minha paixão, amor, dedicação com a luxúria, com meu desejo de "pegar todas".

Como saí desse ciclo de mentira, traição, desejo, incompletude, arrependimento? Bem, um dia contei tudo para ela, disse que a amava e pedi ajuda. Bom, na época já estávamos brincado com algemas, vendas e algumas coisinhas do tipo... Logo surgiu a idéia de eu usar um cinto de castidade masculino 24h por dia... Sério, tô sendo sincero, não tô de sacanagem não. Foi a melhor coisa que fiz. Deixei ela me trancar em um cinto de castidade (CB3000). Desde aquele dia, ela decide quando, onde e como transamos. Não posso sair sem ela abrir o pequeno cadeado. Não posso mais trair, não posso mais me masturbar e fantasiar com outras.

Gente sou muito, muito mais feliz assim. Não posso tocar no meu pau, as vezes rola uma frustração, mas ela tá tão feliz...

Só o uso "forçado" do cinto de catidade pôde acabar com a minha compulsão de trair... Não é pra todo mundo, mas quem quiser tentar eu assino em baixo ... É isso aí! Viva a monogamia.

santocasto

Mood of the Day!

A música parece que foi composta pela Xuxa, o vídeo editado pela Sasha. Mas como estou muito feliz em descobrir que sertanejo tá na moda, acho que a vida é boa!


Victor e Leo - Vida Boa

quinta-feira, novembro 13, 2008

Quais são seus planos?


Meus? Em que sentido? Pra quando? Não sei. Não tenho planos, só consigo dizer no máximo o que vou fazer no final de semana. Mais do que isso só planejo aniversários, festas de casamento, batizados, etc. Que na verdade planejam pra mim. Quando se trata da minha decisão, não tenho planejado nada.

Vejo as pessoas falando sobre Natal, Ano Novo, Férias, e eu não sei de nada. Tenho uma proposta ali, uma idéia aqui, mas plano de verdade não tenho. Nunca fui de planejar a longo prazo, mas tinha uma idéia vaga do que faria ou não. Era só decidir. Hoje o leque é muito aberto, o que, pra variar, é bom e ruim.

Bom, porque tive ótimas experiências com decisões em cima da hora, convites inesperados, ser pego desprevenido. Não acho que é lenda que as melhores viagens, baladas, encontros são decididos no momento. Planejar restringe, cria expectativa e torna tudo muito mais previsível. Elementos que podem prejudicar a experiência quando o que se quer é o novo.

Ruim, porque rola aquele medo de acabar não aproveitando as oportunidades. E se eu acabar não fazendo nada? E se sobrar eu em São Paulo? E se o ponto alto das minhas férias for assistir filmes no pay-per-view? Já deixei de aproveitar oportunidades, e mesmo que a experiência não tenha sido traumática, a sensação de vazio incomoda.

No final das contas, acabo me lembrando de que nunca estamos satisfeitos. Lembro quando tinha uma turma grande e inseparável, sempre tínhamos o que fazer, sempre sabíamos pra onde iríamos. E era sempre o mesmo lugar. Fosse bar, praia, campo, restringíamos – por uma porção de motivos – muito nossas opções, e isso me incomodava um pouco. Adorava a turma mas queria um pouco de surpresa, um pouco do novo.

Hoje tenho isso a minha disposição, posso fazer o que eu bem entender, e provavelmente vou me surpreender com o que virei a fazer. Mas até lá, fica a impressão de que tudo vai dar errado e passarei em branco todas as festividades. Até o momento que o inesperado se manifestar. Inesperado? Você está aí?

DJKast #024 - It's only Rock & Roll but i like it.


O programa dessa semana traz o primeiro bloco em volta da palavra Rock & Roll. 4 músicas que tem o nome do genêro no título. O segundo musquinhas de rádio, hits chiclete que não saem da nossa cabeça, com destaque para a música da M.I.A que sempre propões algo diferente. De brinde essa semana temos dois flashs dos bons. Espero que gostem.

Rolaram:

Joan Jett - I Love Rock'n Roll
Led Zepellin - Rock and Roll
The Ramones - Rock & Roll High School
The Subways - Rock & Roll Queen
Estelle - American Boy (Feat. Kanye West)
M.I.A - Paper Planes
David Guetta - Tomorrow Can Wait
Ken Lazlo - Whatever Love
Mc Saar & The Real McCoy - Love & Devotion

Para ouvir no computador clique aqui e para adicionar no iTunes clique aqui.

Caso clicar acima não adicione o feed automaticamente no seu iTunes, para adicionar o feed "na raça", basta abrir o programa, ir na opção "Advanced", daí clicar em Subscribe to Podcast e inserir esse link na caixinha: itpc://web.mac.com/cristianoarruda/DJK/Podcast/rss.xml

Como sempre, se tiver qualquer dúvida, ou quiser pedir alguma música, basta me mandar um e-mail.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Independente da dependência


Ontem encontrei uma amiga que há tempos não conversava. Na verdade, acredito que nunca havia conversado tanto com ela na vida. Ela é de fora de São Paulo e logo após nos conhecermos, perdemos contato. Como está passando uma temporada aqui pelas nossas terras, resolvemos tomar um café para colocar o papo em dia. E quanto papo.

A peguei no trabalho e nos três primeiros quarteirões, já percebemos que ainda que nossas vidas tenham tomado rumos completamente diferentes, nossa realidade, nossas indagações eram as mesmas. Eu morando sozinho e solteiro e ela morando sozinha fora de sua cidade tínhamos dois pontos em comum. Lidar com a solidão e a dependência.

Lidar com a solidão já é assunto batido por aqui. Não poder contar com alguém 100% do tempo, não ter o porto seguro, seja ele a família, a turma ou namorada(o). Mas no caso da dependência, que está intimamente ligada com a solidão, tivemos discussões interessantes.

Todos passamos, em algum momento, por situações em que nos perguntamos se dependemos de outra pessoa para ser feliz. Eu passei algumas vezes e independente da resposta, sabia que isso era inaceitável. Já faz tempo que tenho convicção de que não podemos colocar nossa felicidade nas mãos de outras pessoas. Precisamos nos bastar.

Mesmo com essa consciência, vira e mexe, por aqui mesmo, me questiono sobre a necessidade ou não em ter alguém. Não consigo ignorar que sinto falta de alguma coisa, que preciso de mais do que já tenho sozinho. Como amigos e família estão razoavelmente presentes, a conclusão óbvia é de que falta um amor.

Mas esmiuçando isso com minha amiga, ambos concordamos que na grande maioria das vezes, apesar de projetarmos alguém, não é esse alguém em específico de que sentimos falta. Sentimos falta do alguém genérico. Queremos uma pessoa e ponto. A projeção é baseada em nossas experiências recentes, em modelos próximos de ideais, mas que por algum motivo não vingaram.

A prova disso, se consegue com um exercício simples. Basta trocar, no momento desse sentimento de falta, a pessoa projetada por modelos parecidos. Se pensar que seria tão bom quanto, ta provado que o genérico serve, se não, é caso mal resolvido em sua cabeça mesmo.

Sentir falta de alguém genérico não é sinônimo de dependência de pessoas e sim de sentimentos. Se sentir cuidado, seguro, amado. Ás vezes apenas saber que alguém está pensando em você, se preocupando onde você está. Por instinto sempre nos agrupamos, vivemos em bando, mas num mundo onde cada vez mais temos que nos separar para crescer, saber que alguém está pensando em você é o melhor remédio para solidão.