quarta-feira, dezembro 17, 2008

Entre Tapas e Beijos.


Nunca entendi esse tipo de relacionamento. Desses que o amor e o ódio dividem curva a curva pra ver quem ganha. Exemplos não me faltam, diversos amigos e amigas viveram e vivem relacionamentos em que os beijos e tapas são constantes. Não raro, esses são os mesmos casais que terminam a relação um milhão de vezes.

Adoro o que não entendo, encaro como desafio, comprender algo que nunca fiz ou faria. Portanto sempre me pergunto por que as pessoas se submetem a esse processo de dor por tanto tempo. Sim, processo de dor, pois justamente ter amor no meio, as porradas doem muito mais quando chegam.

A explicação mais comum é dizer que tentam porque apesar de tudo, se gostam muito e querem que o relacionamento dê certo. Muitas vezes as brigas acontecem por motivos bobos, que sem perceber viram grandes batalhas de quem consegue ofender mais o outro. Se a briga é muito feia, terminam, e saem provocando um ao outro mesmo quando estão separados. Mas o sangue baixa, eles conversam e acabam voltando.

Deixar alguém de que se gosta não é nada fácil, fica difícil se convencer disso, por mais que o relacionamento esteja um inferno. Afinal, o “maior motivo” para se estar com alguém é o amor não é? Até é, mas não é o bastante. Ás vezes as coisas simplesmente não funcionam, parecem enroscadas. Situações que deveriam ser simples e indolores, são fardos de conflito. Que por mais que aconteçam por motivos bestas, acontecem. Fazendo uma análise rápida, sabe-se quais desses conflitos são esporádicos e quais tendem ao infinito.

Se o amor é razão suficiente para tentar manter uma relação, o ódio é o bastante para se desistir dela. Não tem como se cegar e não perceber que, a partir do momento que você xingou a pessoa que você ama por mais de duas vezes na história, é sinal de que algo está muito errado. Insistir numa relação turbulenta é investimento de alto risco, e quanto mais tempo se fica, maior será o prejuízo para todos.

Há esperança? Sim, a danada é imortal, já presenciei casamentos, filhos, aniversários, entre pessoas que só faltavam se espancar. Todos os dias. Aparentemente conseguiram encontrar um maneira de convivência razoavelmente pacífica, em que os conflitos fossem controlados. Se são felizes eu já não sei.

O que sei é que se dá tanto trabalho pra dar certo, não vale a pena.

3 comentários:

Eterna Aprendiz disse...

Não... não existe amor e ódio, tapas e beijos...

O que existe é falta de amor-próprio e medo de ficar sozinha.

Além de não saber lidar com o sentimento de perda.

Amor, namoro, relacionamento em geral tem que ser algo prazeroso, que dê alegria, que faça a gente acordar sentindo-se mais leve.

Ui! Fiquei inspirada...kkkkkkk....

beijos

Anônimo disse...

dolorido esse texto....
principalmente p quem já passou ou ainda passa por esse "vai e vem".

Memos assim, vc ajuda a exergarmos o relacionamento de fora, e de repente, ver, o qnto estamos errando.

Mas, acredito SIM, q ainda há esperanças, por mais tropeços q um casal possa dar.... vai de cada um, é muito pessoal p julgar.

Adorei... lindo texto.
Ciça

Kris Arruda disse...

É, falar de fora é mais fácil. Quem sabe um dia ainda passe por isso.