segunda-feira, novembro 03, 2008

Me empresta sua namorada?


Uma vez o Laganaro (é, mais uma vez ele) escreveu um texto engraçadíssimo. A base da história era de uma amigo pedindo a namorada dele emprestada. A premissa, aparentemente maluca, se desenvolvia com o amigo “pedinte” explicando que não queria a namorada do amigo para nada demais. Não ia beijar, não ia transar, nada de sacanagem, ele só queria estar um pouco com uma namorada. O porquê? Esse final de semana eu entendi.

Quando li o texto, ainda namorava, e achei bem divertido, mas não havia pego o sentimento envolvido, o que o levou aquela idéia. Afinal, pegar uma namorada emprestada não é um pensamento que passa por nossas cabeças normalmente, no máximo, algum pervertido pensaria nisso, e ainda assim, com fins sexuais.

Mas não é o caso, no texto fica bem claro (acho que é melhor vocês lerem, pois é grande demais para eu colocar aqui) que o negocio é diferente. Não sei se vou conseguir colocar em palavras, mesmo porque, como eu disse, eu não tinha completamente entendido até sentir. Tem a ver com intimidade mesmo. Com conforto, ficar com a “guarda baixa” como o Ricardo mesmo sempre diz.

Fui pra praia nesse final de semana e a noite subimos para a cobertura. Sentamos nas cadeiras, dois casais e quatro solteiros. Ficamos na maioria do tempo em silêncio, fumando nossos charutos, ouvindo Dave Matthews, de certa maneira estávamos todos na mesma, os casais não estavam se pegando nem nada, como nós, apenas aproveitavam o raro céu estrelado. Mas era diferente.

Tenho certeza que a experiência deles foi mais completa do que a nossa. Ainda que eu mesmo pregue, que para ser feliz, todos temos que conseguir primeiramente ser felizes sozinhos, certas coisas precisam ser feitas em companhia. Algumas coisas com amigos, outras com companheiras. Sejam namoradas, amantes, esposas, seja lá o que for. Por mais que pareça piegas, ou que não se perceba o valor disso no momento, assim se tem um momento perfeito.

Não é o sexo, não é o beijo, nem a conversa, é o “estar”. É uma mistura estranha de cumplicidade, intimidade, sentimento e presença que, sem precisar se manifestar de nenhuma maneira palpável, está lá.

Nesse sábado eu senti isso, estava sozinho e só queria uma namorada emprestada.

6 comentários:

Alex Sami de Arruda disse...

Risos ! Talvez agora você entenda, pq. sempre ficavamos desorientados atrás de uma "namorada" a qualquer custo. He,he,he ! Claro que nem sempre era pra ver as estrelas do céu... mas ... era mais ou menos para essas coisas. Abraços Manolo.

Kris Arruda disse...

Sem dúvida entendo muito melhor. Nada como amadurecer...

Ricardo Laganaro ... disse...

Muito bem, Mamute. Welcome to the club! :-)
Como dissemos no café ontem à noite : ter alguém pra ficar (e ser) encostado.
Mas é isso, enquanto não encontramos um serviço de aluguel de namoradas (eu disse namoradas!) vamos improvisando.
Abraço e valeu pela referência!
Mamute

Anônimo disse...

REALMENTE EXISTEM MOMENTOS QUE SÃO MUITO LEGAIS SE FOREM DIVIDIDOS COM UM NAMORADO!ESTOU SOLTEIRA E SERIA LEGAL SE ESSA IDÉIA PEGASSE!!!'NAMORADO EMPRESTADO'!!!
SE ESSA IDÉIA PEGA...RSRSRSRS!!!
BEIJINHOS E TENHA UM LINDO DIA,COM MUITA LUZ,PAZ,SAÚDE E SORTE!!!

Kris Arruda disse...

Olha, o mundo já está complicado demais sem isso....espero que continue só no mundo das idéias hehehe...

Bjos e tudo de bom pra vc tbém Sandra.

Kris Arruda disse...

Mamute, o improviso quebra o galho mesmo...