1+1=2 ou 1+1=1 ?

De um tema para os textos semanais lá no Marcelo Mello nasceu essa brincadeira que gostei mas não tinha onde colocar. Como esse lugar é uma "feira livre", resolvi depositar aqui mesmo. O tema é o do título desse post. Que traduzindo, pergunta se casais devem viver como um só ou como dois indivíduos separados. A resposta está nas equações abaixo.

Desafiar a matemática não é astúcia, é perda de tempo. Apesar de sempre ter me afeiçoado muito mais às ciências humanas, não desdenho ás exatas.

1+1 sempre será igual a 2. A matemática não erra, não existe interpretação de operação, apenas de resultado. E é isso que temos que atentar.

Tendo por premissa a verdade absoluta que 1+1 é igual a 2, como poderíamos chegar a uma interpretação de que o resultado da soma proposta é 1?

Equação numero 1. X+Y=2. X a primeira variável é a mulher (pra não dizer que sou machista e coloco os homens em primeiro) e Y, a segunda, é o homem. 2 é o resultado final. Assim sendo, as variáveis tem um universo de valores.

Não trabalhando com a hipótese das variáveis terem valores negativos, X ou Y tem valores complementares de 0 a 2. Exemplificando: Se X=2, Y obrigatoriamente tem de valer 0 e vice-versa. Assim, mesmo o resultado final sendo 2, percebemos que Y é dispensável, não agregando nada a operação. Não há complemento real, apenas uma variável sem valor.

Em outro cenário, X pode valer 0,5, obrigando Y a ter o valor de 1,5. Assim, o resultado permanece inalterado, porém a soma final tem contribuição de ambas variáveis, nas devidas proporções.

O cenário ideal, proposto no titulo, pressupõe que X e Y tem valores idênticos. Ambos valem 1. Somados, resultam o valor de 2. A contribuição de X e Y para o resultado é igual, afinal, sem X ou Y, ainda teríamos dois valores separados.

Olhando todos os cenários, percebemos que a matemática não erra mesmo. Portanto, numa observação final em que o valor 2 representa o casal, atribuímos a este a variável Z. Z sempre valerá 2 (exceto em paises onde a poligamia é legal ou no caso de X ou Y resolverem acrescentar uma variável oculta).

Enfim, se Z sempre é igual a 2, acreditar que o resultado pode dar 1 é interpretar Z como um valor isolado que não partiu da soma de duas varáveis. Z, sem X ou Y não é Z. E se ainda assim há a impressão de que Z é igual a 1, pode ter certeza, uma das variáveis é nula.


PS: Sobre o mesmo tema escrevi também (como disse no início) no site do Marcelo Mello e no Cronistas Reunidos