sexta-feira, setembro 10, 2010

A síndrome do conformismo e a fuga da culpa e responsabilidade.

Sorte • Revés

Não tem jeito, eu não consigo (insira aqui algo que queria fazer).

Quantas vezes você já ouviu e disse isso? Pode colocar dentro dos parênteses acima: emagrecer, viver sozinho, parar de fumar, ir para o Japão, assoviar et cetera.

Obviamente, isso é algo que não consigo entender. Afinal, fomos todos criados iguais, uns com maior QI, outros com corpo atlético, mas essencialmente iguais. Um cérebro, uma boca, dois olhos, você entendeu onde quero chegar.

Ainda assim, alegamos que não somos capazes de fazer algo que outros humanos - como nós - fazem. Pior do que isso, vemos pessoas que não tiveram a sorte de ser perfeitos como a maioria, e ainda assim fazem tão bem, ou melhor, algo que queríamos fazer.



E qual a diferença entre eles e nós? Culpa em vez de desculpa. Vivemos nos desculpando, nos conformando. Quando apontamos culpados, o alvo nunca somos nós mesmos. Nossa criação, nossos genes, nossas contas bancárias, escolha seu culpado favorito. Já quem conquista sucesso, alcança objetivos, coloca a culpa em si mesmo. Chama a responsabilidade. Não perde tempo com “se” ou “quando”. Pensa apenas em “como”.

Não podemos nos iludir, nem confundir capacidade com força de vontade. Se ainda não conseguimos, devemos entender que é porque não quisemos o bastante, não tivemos coragem o bastante. Não somos incapazes. Para outros pode ser mais fácil? Sem dúvida, mas isso não é desculpa.

Temos que entender, de uma vez por todas, que nossa vida é responsabilidade nossa. Se estamos tristes, felizes, ricos, pobres, somos responsáveis por isso, a culpa é toda nossa. Todo e qualquer fator externo estabelecido é irrelevante. Emprego, corpo, família, nada nos impossibilita ou nos deixa incapazes, afinal, podemos mudar tudo, nesse exato segundo.

Existem sim, metas irreais, você nunca vai ser um ginasta olímpico com 98 anos, mas esse não é o tipo de desafio com que vivemos em nossos cotidianos. São as coisas simples e difíceis que nos angustiam.

Para alcnaçarmos o que queremos precisamos apenas de duas coisas: força de vontade e sorte. Mas não essa sorte idealizada. A sorte não trabalha sozinha e não é absoluta. É apenas mais um ingrediente de uma trajetória de sucesso. Não a toa, adoro a tradução de sorte para o francês. Chance. Ter sorte é ter chance, oportunidade. Oportunidade não é algo obscuro como sorte. É algo possível de ser buscado. E no momento que a encontrarmos, basta estarmos ainda com força de vontade. Esta que vai ter nos preparado para melhor aproveitar essa chance.

Esqueçamos a soluções mágicas e fáceis, assim, depois de muito trabalho duro e sorte, alcançaremos o que queremos.

Bonne Chance.

2 comentários:

Anônimo disse...

=)

musiqmax disse...

"Esqueçamos a soluções mágicas e fáceis, assim, depois de muito trabalho duro e sorte, alcançaremos o que queremos."

O X da questão é justamente saber o que queremos.

Grande texto. Ótimo blog.